Ivan resolveu deixar Natasha sozinha no quarto com a Wanda, já que a ruiva não estava dando a mínima importância pra presença do pai ali, apenas ficava olhando e admirando a morena que segurava sua mão. As duas trocavam olhares como se nada mais existisse no mundo e Ivan estava praticamente segurando uma vela ali.
- Agora pode me contar o que aconteceu. - Wanda falou baixinho, sem desviar seus olhares. - Porque fez isso?
- Wanda, isso não é o que vocês estão pensamento. Eu não quis tirar minha vida, não dessa vez.
Wanda acreditou de primeira na ruiva, sabia que ela não mentiria olhando em seus olhos.
- Porque tomou os remédios? Você quase matou a gente de preocupação. Não acordava, e não se mexia. Natasha, não faça mais isso, eu te imploro.
- Wanda, tá tudo bem. Calma. - A ruiva falou esticando os braços, fazendo Wanda entender que era pra dar um abraço nela, já que não conseguia sentar pela fraqueza em seu corpo.
A morena curvou seu corpo e abraçou Natasha delicadamente, ela não queria machucar a ruiva. As duas suspiraram e Wanda estava tão aliviada por ver que ela estava bem.
- Eu tomei os remédios pra dormir mas passei da conta, eles não faziam efeito nunca. - A ruiva sussurrou durante o abraço. - Acredita em mim, Wanda.
- Eu acredito em você, Natasha. - Deu um beijo delicado na testa da ruiva, que resmungou porque a morena saiu do abraço. - Minhas costas estavam doendo, desculpa.
- Deita aqui comigo.
- Mas você está fraquinha. - Sorriu de lado fazendo carinho na mão da ruiva.
- Mas eu quero que deite comigo. - Cruzou os braços irritada. Wanda riu pela fofura e se deu por vencida, ela queria deitar ao lado da ruiva.
Wanda deitou ao lado dela na maca, Natasha sorriu e abraçou a cintura da morena enquanto escondia o rosto em seu pescoço. Wanda aconchegou melhor a ruiva em seus braços e ficou feliz por ter ela assim abraçada em seu corpo, mesmo estando em uma cama de hospital.
- Wanda...- Falou baixinho contra o pescoço dela, que murmurou um "hm?". - Como foi seu encontro com a Sharon?
Automaticamente a morena lembrou que pensou estar beijando Natasha ao invés da colega, mas a ruiva nunca iria saber disso.
- Legal...- Falou indiferente. - Não quer dormir um pouco?
- Você leu meu pensamento. - Natasha falou sonolenta grudando mais na morena, que sorriu e a abraçou um pouco mais apertado.
- Pode dormir, eu vou ficar aqui com você. - Deu um beijo no topo da cabeça da ruiva. - Você gosta de cafuné?
- Hmmm eu amo. - Sorriu contra o pescoço da Wanda, que iniciou um cafuné delicado em meio ao seu cabelo ruivo macio. - Seu cheiro é gostoso. - Falou derretendo com o carinho, e em menos de 1 segundo pegou no sono.
Wanda não respondeu porque soube que a ruiva havia dormido em seus braços, mas isso não a impediu de sorrir feito boba. Enquanto fazia carinho na Natasha, ficou se perguntando o que aquela ruiva tinha feito com ela desde o primeiro dia em que a viu. Wanda só queria ficar perto dela, e só pensava nela. É impossível uma pessoa se apaixonar em tão pouco tempo, mas naquela cama de hospital, Wanda percebeu que o que sentia pela Natasha estava longe de ser um sentimento de amizade.
[...]
- Acho que devo chamar a Wanda pra ir pra casa. - Magda falou ainda na sala de espera com Ivan e Melina.
- Se quiser levamos ela depois. - Melina falou simpática, ela realmente havia gostado da família Maximoff.
- Wanda é uma garota incrível. - Magda sorriu orgulhosa da filha.
- Ela gostou muito da Natasha, parecem amigas a anos.
- Sinto que ela ainda vai fazer muito bem pra minha Natasha. - Ivan falou sorrindo.
Magda foi até o quarto da Natasha e se deparou com a cena das duas abraçadas enquanto dormiam. Ali ela teve certeza que sua filha estava realmente gostando da vizinha, achou tão fofo que ficou com pena de acordar Wanda.
- Wanda...- Sussurrou pra não acordar Natasha. - Wanda. - A morena abriu os olhos e fitou sua mãe a olhando. - Vamos embora?
- Mas já?
- Faz um tempão que estou esperando você, filha.
- Tudo bem...- Suspirou triste, não queria deixar Natasha sozinha naquele hospital, mas também não queria acordar a ruiva.
Com todo o cuidado do mundo Wanda tirou o braço da ruiva em torno de sua cintura e deslizou aos poucos até sair da cama, pra não fazer a cabeça dela cair rápido no travesseiro. Natasha ficou de lado na cama, e a morena deu um sorriso por ver que ela era tão fofa até dormindo. Cobriu a ruiva com o lençol branco do hospital e deixou um pequeno beijo em sua bochecha.
Magda nunca viu Wanda tão carinhosa desse jeito, ficou sem palavras por ver que ela realmente se importava com a Natasha.
- Vamos? - Falou baixinho, e sua filha assentiu.
Wanda saiu do quarto com o coração na mão, mas precisava ir pra casa e sabia que amanhã Natasha já ia ter alta. Se despediu de Ivan e Melina, assim como Magda.
- Wanda, você e a Natasha tem alguma coisa? - Perguntou concentrada no trânsito, fazendo a filha desviar a atenção da janela e a olhar. - Você fica diferente quando está com ela.
- Mãe, Natasha e eu somos só amigas. - Sorriu e sua mãe a olhou desconfiada. -Ah, tá bom. - Suspirou. - Eu acho que gosto dela.
- Ah, você acha? - Perguntou rindo. - Pois eu tenho certeza.
- É estranho, ela mexe comigo. - Voltou a olhar pra janela. - Às vezes sinto que ela pensa o mesmo que eu, mas ela tem tantos problemas. Natasha é uma garota complicada e, ao mesmo tempo, é tão doce. Eu não sei se ela tem namorado, não sei se tem amigos...Eu não sei nada, mas eu não consigo parar de pensar nela.
- Você fala dela desde aquele dia da cesta, quando saiu ontem pensei que fosse com ela.
- Quem me dera. - Riu de leve. - Quando a Sharon me beijou, eu só consegui pensar na Natasha, por um momento jurava que ela estava me beijando. Mãe... - A olhou. - Eu acho que estou ficando louca.
Como Magda conversou com Melina mais cedo, ela contou que a filha estava lutando contra a depressão. Aquilo deixou Magda chocada, mas não iria contar pra Wanda porque sabia que um dia ou outro, Natasha ia se abrir com ela.
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Trust me
FanfictionNatasha Romanoff entra tem depressão profunda após perder seu irmão gêmeo em um acidente de carro. Não fala, não sai de casa, não quer comer e não, quer viver há sete meses. Os pais da garota não sabem mais o que fazer. Depois de tantos psicólogos e...