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Capítulo 32 - Porta Aberta.

Depois que Natasha e Wanda chegaram na mesa, Ivan e Melina alertaram que já iriam ir embora. Então os quatro levantaram e foram até a porta.

- É estranho sair sem pagar. - Wanda falou rindo. - Me sinto uma ladra. - Natasha riu segurando sua mão.

- Essa é a vantagem de ter um restaurante. - Ivan falou rindo.

- Ou namorar alguém que tem um restaurante, sabe.

- Mãe!!! - Natasha a olhou incrédula, fazendo Wanda rir. - Que vergonha. - Colocou as mãos no rosto.

- Wanda, não pense que vou deixar beijar a minha filha e não namorar com ela.

- Pelo amor de Deus, mãe!!!!! - A ruiva queria sair correndo dali. - Para com isso.

- Pode deixar, Melina. - Wanda falou confiante, fazendo Natasha a olhar na hora.

- Assim que se fala. - Melina falou rindo, mas estava feliz por ter ouvido aquilo.

Natasha ficou pensativa quando entraram no carro, será que Wanda realmente queria pedir ela em namoro ou só falou aquilo pra tranquilizar Melina? Ela viu Wanda bocejar e esfregar os olhos com as mãos. Sorriu com a cena adorável.

- Tá com sono, baby? - Perguntou sorrindo e ela concordou. - Vem cá, deita aqui. - Abriu os braços e Wanda se acomodou em seu peito, deitando a cabeça na curva de seu pescoço cheiroso.

Natasha começou a fazer cafuné na morena, e sabia que Wanda iria dormir em seus braços antes delas chegarem em casa. Era tão bom sentir a morena assim colada nela, a respiração leve em seu pescoço fazia a ruiva arrepiar inteira. Ela não queria que aquele carro parasse tão cedo.

Wanda dormiu no corpo de Natasha mas logo foi acordada pela mesma, que fazia um carinho delicado em sua nuca e chamava seu nome baixinho.

- Chegamos, Wanda. - A morena olhou meio confusa pra ela, mas logo sorriu tímida.

- Ah, sim. - Falou meio confusa saindo dos braços da ruiva. - Tchau Ivan, e Melina.

- Tchau, Wanda! Boa noite. - Responderam quase juntos.

- Foi um jantar ótimo e a comida do restaurante de vocês é a melhor. - Disse sincera e a Natasha riu.

- Puxa saco. - Bateu fraco no ombro de Wanda e seus pais riram. - Tchau, Wanda. - Deu um pequeno selinho em seus lábios.

- Tchau, ruivinha. Dorme bem. - Deixou um beijo delicado na testa dela e saiu do carro.

[...]

Eram duas da tarde e Wanda estava na casa da Monica estudando com as meninas, amanhã seria a prova de matemática e estavam as quatro focadas sentadas na mesa de jantar cada uma com uma apostila aberta. Mas Yelena já estava cansada de tudo aquilo, bufou irritada e todas olharam pra ela.

- Já deu, né? - Cruzou os braços.

- Já sabe tudo? - Monica perguntou.

- Sei, e não quero mais ver isso até amanhã.

- Concordo com a Yelena. - Wanda disse. - Daqui a pouco vou me confundir toda.

- Eu acabei de confundir uma matéria com a outra e deu tudo errado. - Agatha resmungou e Yelena riu a abraçando de lado.

- Vocês são muito fracas, nossa. - Monica falou rindo. - Mas se acham que estão 100% então tudo bem, acabamos por hoje.

- ALELUIA! - Yelena ergueu os braços e Agatha fez o mesmo.

- Eu vou pra casa porque quero fazer uma surpresa pra Natasha hoje. - Wanda falou levantando e guardando as coisas na mochila.

- O que vai ser?!

- Eu quero comprar doces e chocolates pra ela, mas aqueles em formato de coração e essas coisas clichês. Quero comprar um urso também.

- Nossa, eu quero uma namorada que nem você. - Yelena falou rindo.

- Só não tem porque não quer...- Agatha murmurou.

- Olha a indireta aí, minha gente. - Wanda falou rindo. - E Natasha e eu não namoramos.

- Eu só convivo com sapatão. - Monica disse fingindo estar com raiva, fazendo as amigas rirem.

Enquanto isso, Natasha estava feliz porque finalmente aprendeu a tocar Tenerife Sea pra Wanda, e se visse a morena hoje iria sem duvidas fazer isso.

Estava sentada na cama com o teclado próximo a ela. Usava seu pijama de cerejas, seu cabelo preso em um rabo de cavalo alto e um pouco solto, em seus pé meias vermelhas porque ao contrário de ontem à noite, hoje à tarde estava fazendo um leve frio.

A ruiva ouviu batidas na porta do quarto e gritou um "Entra", vendo sua mãe.

- Vamos ao supermercado, seu pai quer fazer lasanha de noite. Quer ir com a gente? - Perguntou segurando na maçaneta.

- Não. - Natasha sorriu de lado. - Vou ficar aqui tocando mais um pouco.

- Tudo bem. Se cuida. - Atirou um beijo pra filha, que sorriu adorável e voltou a tocar o teclado.

Melina avisou Ivan que a Natasha não iria ir junto e ele já esperava, mas também não ficou triste porque sabia que a filha estava melhor. Os dois saíram de casa pela garagem e a ruiva ficou sozinha em seu quarto.

Em alguns minutos a campainha tocou e a Natasha não ouviu por causa do teclado. A pessoa tocou na maçaneta e girou pra esquerda lentamente, se surpreendeu ao ver que a porta estava destrancada. Deu um sorriso faceiro e entrou lentamente dentro da casa, olhou todo o cômodo, percebeu que estava vazio ali embaixo, mas prestou atenção no som que vinha do andar de cima. Subiu a escada sorrateiramente e deu um sorriso satisfeito ao parar em frente à porta branca e saber que o som vinha dali.

- Deveria trancar a porta da frente, sabia? - Sharon perguntou rindo e bateu à porta do quarto quando entrou.

Natasha deu um pulo da cama e bateu no teclado, fazendo o mesmo cair no chão com tudo. Merda! Ela não conseguia falar. Seus olhos estavam arregalados pelo susto e por ver que na mão da garota havia a maior tesoura que ela já viu na vida.

- É perigoso deixar a porta destrancada...- Debochou se aproximando da ruiva, que deu um passo pra trás. - Algum louco, ou louca...- Riu. - Pode entrar a qualquer hora querendo machucar você.

Natasha estava com medo de empurrar Sharon e sentir aquela tesoura entrando em sua pele, então ficou quieta vendo a garota se divertir com seu medo.

- Até hoje não acredito que a Wanda me trocou por você. - Olhou a ruiva de cima abaixo. - Não tivemos nada mas você é ridícula, olha essa roupa. - Riu na cara dela. - Isso são cerejas? Céus, que patética. Mas não estou aqui por isso. - Se aproximou um pouco mais e Natasha tentou dar outro passo pra trás, mas bateu as costas na parede e Sharon riu. - Estou aqui porque não deveria ter encostando um dedo em mim. - Passou a ponta daquela tesoura enorme no braço da ruiva, que fechou os olhos com força. - O que foi? - Sharon riu. - Não está tão confiante hoje pra tentar me bater de novo? Eu vou te ensinar a não mexer mais comigo.