Sharon acordou com o som irritante da campainha. Porque diabos seus pais não atendiam logo aquela porta? A garota levantou da cama irritada, pisando firme no tapete preto pelo quarto. Colocou seu roupão preto e desceu a escada furiosa.
- O que foi, porra? - Perguntou cruzando os braços ao ver Monica ali parada.
- Eu quero falar com você. - Disse entrando sem ser convidada, fazendo Sharon a olhar incrédula. - É sério, Sharon.
- Ok, então...- Revirou os olhos fechando a porta. - Espero que seja algo importante, porque quem atrapalha meu sono da tarde merece morrer.
- Eu acho que estou gostando de você. - Disse desviando seus olhares. - Isso me irrita.
Era tudo que Sharon precisava ouvir. Seu plano estava dando certo.
- Porque acha? - A garota perguntou fingindo estar muito interessada. - Eu também acho que estou gostando de você. - Sorriu forçado e Monica a olhou na mesma hora. - Os opostos se atraem.
- Você não entende, é algo errado. As meninas odeiam você, e elas vão me matar. Eu vim aqui pedir para se afastar da gente, não tente se aproximar de novo.
- Tudo porque você tem medo de querer me beijar? - Perguntou convencida, fazendo a garota revirar os olhos. - Eu não quero me afastar de você. - Mentiu perfeitamente bem, e Monica estava acreditando em tudo aquilo. - Realmente gosto de você, porque acha que estou tentando acabar com a briga que tenho com suas amigas?
Monica sabia que aquilo era algo que suas amigas nunca iriam aceitar, sabia que gostar da Sharon estava sendo um erro. Mas aquela gótica imbecil sempre a atraiu, até mesmo quando eram amigas.
-.Por muito tempo escondi o que sentia por você. - Monica falou olhando em seus olhos. Sharon estava tão chocada que nem sabia o que falar. - Desde que éramos amigas, antes de você virar uma completa idiota mental.
- Uau...- A garota falou quase boquiaberta, mas resolveu mentir mais um pouquinho. Se aproximou de Monica e colocou a mão em sua nuca, olhando em seus olhos. - Eu também sempre gostei de você...- Sorriu de lado, rindo por dentro. Monica sorriu boba e fechou os olhos antes de suas bocas se tocarem.
Sharon beijou a garota com toda a vontade do mundo, estava tão feliz por ela ter caído em sua mentira que até suspirou durante o beijo. Monica não acreditava que estava finalmente beijando aqueles lábios, abraçou a cintura dela e sorriu contra sua boca. Sharon finalizou o beijo com alguns selinhos, pois já estava achando chato.
- E agora, como vai ser?
- Juro que mudei, Monica. - Mentiu colando suas testas. - Eu quero muito tentar ser amigas da suas amigas, para fazer com que eu e você dê certo e elas aceitem isso. Quero me desculpar com a Natasha e com a Wanda.
[...]
Eram cinco da tarde e o casal Wantasha continuava dormindo serenamente na nova cama da morena. Natasha acordou no peito da namorada, ergueu a cabeça e viu seu rostinho lindo enquanto dormia. A ruiva sorriu e deixou um pequeno beijo em seus lábios, levantou com cuidado do seu corpo, e da cama. Deu uma última olhada em Wanda, para ter certeza que ela dormia bem, e saiu do quarto.
Enquanto caminhava até a sala algo consumia seu corpo, era como se estivesse andando em câmera lenta. Era como se seu corpo a mandasse parar de andar, e assim ela fez, parou e ficou no topo da escada, olhando para baixo. Era de vidro, alto, perigoso. Era um ótimo lugar para se jogar, pensou ela, mas logo arregalou os olhos e negou com a cabeça por pensar algo assim. Natasha tentou descer um degrau, mas seu corpo a mandou andar até seu quarto e trancar a porta. A garota olhou para cama ao lado da sua e respirou fundo passando as mãos pelo rosto. Sentou na ponta da cama de seu irmão e esticou o braço para pegar seu travesseiro cheiroso. Levou até seu nariz e inalou aquele cheiro do Nathan, ela amava o cheiro do irmão, e mesmo não tendo mais seu cheiro ali, ela sentia milagrosamente naquele travesseiro. Seus olhos encheram de lágrimas e ela não segurou o choro, afundando o rosto no travesseiro macio e chorando de saudade do irmão.
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Trust me
FanfictionNatasha Romanoff entra tem depressão profunda após perder seu irmão gêmeo em um acidente de carro. Não fala, não sai de casa, não quer comer e não, quer viver há sete meses. Os pais da garota não sabem mais o que fazer. Depois de tantos psicólogos e...