O desconhecido não é mais desconhecido, mas ainda assim, não quero o definir. E nem sei se tenho tamanha liberdade. Talvez ele pudesse me dizer o seu nome, seu apelido, ou qualquer coisa.
O desconhecido era fascinante. Me libertei da inércia por curiosidade no desconhecido, queria o obrigar a falar comigo. Queria descobrir seus segredos e seus anseios, queria sua atenção. O mesmo tinha correntes pesadas que contornava seu corpo, ele estava inerte a si mesmo.
Qual a consequência que eu teria por lhe soltar? Iria se rebelar e me matar? O desconhecido era fascinante. Mandou seu ego embora por ele não conseguir lhe libertar? Ou por receio da inércia?
Ansiava pelas respostas quando soltava todas as suas amarras. Diante de mim uma besta se soltou. Era bruta e forte. Seus olhos confusos sobre o próprio caos agora estavam sólidos, pacatos. Não carregavam mais caos, carregavam crueldade.
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Besta fera, mas minha
PoetryEssa obra carrega uma história de aceitação e repulsa, onde o caos é procurado para cessar o ébano do vazio. Os opostos são singulares no âmago, há algo que compartilham, há partes perdidas um no outro. Temos que nos perder, para nos encontrar. E é...