𝙷𝚒𝚐𝚑𝚜 - A teoria do caos

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Sentada do lado de fora depois que o horário da próxima aula começou trago mais um maço de cigarros, e a sensação de liberdade e incrível e só e atrapalhada pela presença de alguém 

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Abro meus olhos liberando a fumaça e olho com atenção para o garoto com feições de um bebê, olhos azuis, e cabelos loiros cheios de gel, e com toda a certeza nunca tinha fumado na vida. Dou espaço para que o mesmo se sente ao meu lado e volto a inalar o que sobrava do cigarro, permanecendo em silencio o que foi exatamente o momento em que o garoto decidiu conversar.

-  Eu sou Mike, nunca achei que bela tivesse uma irmã tão bonita  

Afasto o maço da minha boca dando risada da forma em que o mesmo dava em cima de mim e o garoto usa esse momento para tentar tomar o cigarro da minha mão.

- Você só pode estar maluco se acha que vou deixar você dá um trago pela primeira vez justamente comigo, além de que eu sou casada.

Mostro o anel preso a uma simples correntinha e me levanto apagando o cigarro no meu pé e sem olhá-lo lhe digo

- Escuta Mike, cigarro e uma furada e seria bem melhor pra você nunca chegar perto, agora é bom você ir pra aula. 

O mesmo demora um pouco antes de se levantar e entrar rapidamente na escola e eu simplesmente nego acendendo outro maço 

Entro no hospital depois de decidir vim caminhando, a mulher na recepção me entrega uma ficha e a preencho logo depois me sentando. Cerca de dez minutos depois meu nome e chamado e entro em um consultório com duas médicas, ou melhor, uma médica e uma enfermeira.

A médica tinha longos cabelos escuros encaracolados e a pele escura, enquanto a enfermeira ao seu lado era uma loira de olhos gentis.

-  Senhorita Swan, prazer sou a doutora Blake e essa e a chefe de enfermagem Petterson, por favor 

A mesma me aponta a cadeira a sua frente 

- Senhorita Swan a quanto tempo sofre com o tabagismo  

- Sabia que até a alguns anos atras o tabagismo era recomendado pela área da saúde 

A mesma assente e se levanta vindo em minha direção, trazendo uma daquelas máquinas de pressão e daí começa uma tarde repleta de exames.

Já estava exausta de ficar naquele hospital ainda sem poder comer nada, me sentei ao lado da máquina de bebidas e abri uma nova lata de energético fixando meus olhos no ladrilho do piso e só quebro isso quando dois pares de sapato para ali, um feminino e outro masculino

Levanto meu olhar encontrando com a Dr. Blake e um loiro que me olhava com uma atenção redobrada, senti um nervosismo no estomago como a forma que ele me dirigia o olhar

- Giulia esse e o Dr. Cullen e nós queríamos conversar pode ser    

 A mesma passou a me chamar assim depois que eu pedi e entorno mais um gole da minha bebida não muito interessada com que os mesmos tinham a falar, principalmente porque só por vir mais de um médico me dar um resultado de um exame já era o suficiente pra saber.

- Eu estou com fome, essa conversa vai me levar a continuar sem comer 

 Nenhum dos dois me respondeu e suspirei me levantando os acompanhando ao consultório da mulher, olhei os dois se sentarem antes de fazer o mesmo 

- Porque ele está aqui 

Apontei para o homem que em momento algum deixou de me olhar e senti vontade de acender um cigarro para diminuir aquele nervosismo

- Guilia, você sabe todos os problemas que o tabagismo trás certo- não a respondi usando a lata como desculpa - Ou o que o consumo excessivo de cafeína causa

Terminei todo o conteúdo da lata e joguei no lixo próximo a mim 

- Você poderia ser direta 

A olhei e a mesma devolveu o olhar antes de responder em um fôlego só

- Você vai morrer Guilia, cada cigarro que você consome você diminui cinco anos da sua vida, além da quantidade excessiva de cafeína que está em todos os seus resultados, seu pulmão e quase de um fumante de dez anos, se lembra quando começou a fumar

- Não lembro nem o que aconteceu esta manhã, eu já sei que eu vou morrer assim como qualquer ser humana mesmo que eu pare de fumar ou tomar as milhares de latas de energético por dia, posso estar andando na rua e ser atacada, ou tropeçar e bater a cabeça. O ponto esta que eu não deveria diminuir a minha expectativa de vida com a nicotina, o que tem de errado no meu exame 

A mesma olhou para o médico ao seu lado que não devolveu ainda me olhando de uma forma indecifrável e foi ali que eu percebi que eu ainda veria muito aquele olhar.

Acordei com um baita frio hoje, e nem mesmo as milhares de camada de roupa diminuía isso. Abri a geladeira pegando minha bebida e um pedaço de bolo, logo saindo e encontrando com bela e o namorado do lado de fora, entrei no carro acenando na direção do garoto e me mantive em silencio deixando que os dois conversasse.  

 Porém as vezes sentia com perfeição os olhares que o garoto me dava as vezes, principalmente quando eu levava a lata aos meus lábios. 

Chegamos à escola e saiu rapidamente encontrando com os outros da gangue, aceno um cumprimento que é retribuído por todos mesmo que a contragosto vinda de uma das partes e entro naquele lugar sentindo a cada minuto o frio aumentar.

Estava sentada do lado de fora do hospital, deveria encontrar com o segundo médico de ontem que descobrir ser pai das cinco crianças do refeitório, mas assim que cheguei senti que fumar era muito mais importante, então me sentei ali e acabei com dois maços de cigarro, isso a uns cinquenta minutos atras

Agora continuava ali parada debaixo de uma chuva que diminuiu significativamente o frio que senti mais cedo, ou talvez tenha sido a nicotina, balançando meus pés cantarolava uma música que não me lembrava onde tinha ouvido ou em que língua estava, eu so apreendi a cantar e contava da melodia de fundo 

- Por favor, chuva ruim

Não molhe mais 

O meu amor assim

Chove, chuva
Chove sem parar
Chove, chuva
Chove sem parar

Cantarolei até que algo interrompesse isso, até que nada estivesse me molhando, a dando que eu ainda podia ouvir e ver a chuva algo tinha acontecido. Levantei meu olhar encontrando com a figura perfeitamente seca e bem arrumada do médico pai de cinco, o mesmo tinha um guarda-chuva em sua mão que cobria a nós dois

- Você está atrapalhando a chuva de fazer o trabalho dela

- Só estou impedindo você de ter algo com essa chuva, sua imunidade não e uma das melhores e era exatamente o que deveria se comprovar hoje na nossa consulta que você não compareceu 

Me remexi incomodada com a presença do mesmo, aquele frio no estomago novamente voltou, e de certa forma sentia vontade de escutar o mesmo, sua voz era aveludada e calma o que me trazia sensações estranhas. Segurei a vontade que eu tive de espirrar e desviei meu olhar 

- A chuva e boa e eu gosto dela, então eu quero ficar aqui 

O mesmo não disse mais nada e somente vi por rabo de olho o mesmo se sentando ao meu lado ainda com aquele guarda-chuva

- O que você está fazendo 

- O que aconteceu - Franzi o cenho ainda não o olhando, mas sabia que o mesmo me observava - Porque começou a fumar 

- "Nenhum homem escolhe o mal por ser o mal, mas apenas por confundi-lo com felicidade, que e o que ele busca" A teoria do caos 

Finalmente o olho e sinto ser golpeada pela forma que o mesmo me olhava, era tão intensa e carregava tanta coisa, que me deixava quase sem ar e me vi com um só pensamento

Talvez aquele homem fosse o mal