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Olhando para a tela do celular vejo a última ligação feita por Rene, tinha ignorado de proposito, mas agora olhava a mensagem que a mesma tinha me enviado

'Volta pra casa querida '

Nego jogando o aparelho de lado e aproveitando a falta de pessoas na casa desço as escadas decidindo por limpar todo o lugar, começo pela cozinha e depois de limpar cada canto aquele cômodo e começar a fazer uma massa me sinto extremamente cansada, coloco a massa no forno e pego uma lata de energético me sentando no sofá ligando a tv, termino a lata e em pouco tempo acabo caindo no sono.

Acordo não sei quanto tempo depois com uma tremenda falta de ar, tento inalar profundamente, mas era como se algo bloqueasse, minha visão está turva e ao menos consigo ouvir o que acontece ao meu redor, sinto uma movimentação ao meu redor e tento me concentrar, porém mesmo que eu pudesse enxergar o formato de alguém a minha frente não conseguia ouvir uma palavra, ou distinguir quem era. 

Minha visão começa a escurecer e mesmo que todo aquele momento fosse desesperador eu não sentia medo do que poderia acontecer, na verdade eu sentia um tremendo alívio e esperança. E enquanto fechava os olhos só podia implorar pra que tudo isso acabasse.


Assim que abri os olhos e aquela luz quase cegante chegou aos meus olhos não me importei em começar a chorar, não liguei para as perguntas que a mulher me fazia tentando me acalmar, só me sentia extremamente triste, aquele vazio retornou e assim que abri os olhos novamente saltei da cama puxando todos os fios do meu corpo, quase empurrando a mulher a minha frente.

Sai apressada do quarto e comecei a correr quando vi que a mulher vinha atras de mim, meu coração estava extremamente acelerado e minha respiração entrecortada misturada aos meus soluços, me virei crendo ser o corredor para a saída daquele lugar só que acabei me chocando com algo duro e frio que me segurou fortemente para que não caísse no chão.

Levantei o olhar encontrando com seus olhos em um tom de mais escuro, algo como whisky e eles carregavam um fogo e tristeza que quase me fizeram recuar se não fosse por seus braços me segurando, minha voz era baixa e totalmente quebrada 

- O que pensa que está fazendo Cullen

- Disse que não queria que você morresse Lia e farei isso mesmo contra a sua vontade 

Foi então que todo aquele vazio e culpa se transformou em raiva, uma que foi dirigida totalmente ao homem a minha frente, tentei me soltar de seus braços que não teve mudança

- Me solta agora, você não manda em mim, não e nada meu, nem mesmo o meu médico

Seus olhos pareceram ficar ainda mais escuros e o mesmo somente diminuiu o tom de voz  

- É aí que você se engana Lia.

- Eu me engano o caralho, você não é meu médico, nunca estive sobree a sua supervisão, não fui adotada por você e nem somos amigos pra

Sou interrompida pelo mesmo que me tira do chão o que acaba me assustando fazendo com a que minhas pernas envolvam a sua cintura rapidamente com firmeza, sou apoiada contra a parede e agora não a nenhuma diferença de altura quando olho diretamente para os seus olhos. Sua voz sai rígida quase grutual.

- Você não está morrendo Lia, nem que pra isso e precise ser egoísta. E muito menos saindo fugida daqui. Estamos entendidos

Me aproximo do mesmo deixando apenas um palmo de distância entre nós dois

- Eu odeio você com cada parte do meu corpo Carlisle Cullen e nem que eu mesma tenha que jogar meu carro em direção ao penhasco eu vou, principalmente porque você não manda em mim.

Solto minha perna de sua cintura e me debato para que o mesmo me solte antes que o mesmo o faça e eu siga em direção ao quarto onde estava antes.


Um dia depois estava sendo liberada, desde o último episódio com o médico não tinha o visto nem de relance, o que em contrapartida não foi o mesmo que aconteceu com Alice que passou cada minuto que podia comigo. 

Saio do hospital ao lado de Charlie com uma decisão quase certa    

- Pai acho que eu estou voltando pra mamãe- O mesmo para no meio do caminho me olhando totalmente confuso- Ela me mandou uma mensagem.

- Sua mãe e você vivem discutindo

- Vai ser por pouco tempo até eu poder encontrar algo só pra mim  

- De onde você tirou isso,  Guilia eu sei que não passamos tanto tempo juntos, mas

Meu olhar se desvia para o carro que para bem próxima a nós e todo aquele nervosismo retorna misturada com um certo tipo de raiva

- Não e sobre você pai, eu te amo, é simplesmente - O homem olha diretamente nos meus olhos e sinto meu coração parecer um trem de carga -Você não tem nada a ver com essa decisão  

Olho furiosa para o homem que vinha em nossa direção

- Charlie, Lia, vejo que já recebeu alta 

Olho mais uma vez pro homem antes de me virar e entrar rapidamente no carro, Charlie troca mais alguns cumprimentos com o homem antes de também entrar e enquanto estamos saindo posso vê com perfeição a figura do homem parado no mesmo lugar sorrindo

Filho da puta 

𝙷𝚒𝚐𝚑𝚜 - A teoria do caosOnde histórias criam vida. Descubra agora