Capítulo 20

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Jake

Quão difícil poderia ser falar com o pai de uma mulher? Eu era um homem adulto querendo casar com o amor da sua vida, não um adolescente nervoso esperando ter sorte na noite do baile. Eu estava andando para lá e para cá na frente da casa nova de Allan, tentando obrigar-me a bater à porta. Allan e eu tínhamos nos despedido amigavelmente, se eu me lembrava corretamente. Ainda assim, havia aquela pequena dúvida cintilando de que ele não me daria sua bênção, que ele não achava que eu era bom o suficiente para sua família.

"Dunfort!" Sua voz me fez pular. Eu não o tinha ouvido vir para o lado de fora. "Você vai fazer um buraco na minha porta de entrada. Traga sua bunda aqui dentro já".

Limpei minha garganta nervosamente. "Prazer em vê-lo novamente, Allan." Ele já estava de uniforme, isso significava fácil acesso à arma. Eu sabia que ele não me mataria. Eu era um homem com filhos. No entanto, levar um tiro na perna, ou algo assim, não soava como algo que eu queria experimentar também. Respirei fundo e segui-o para dentro, fechando a porta atrás de mim.

Ele acenou para eu tomar um lugar no sofá. "Como estão as crianças?" Ele perguntou educadamente.

"Elas estão ótimas." Eu respondi. "Os meninos conseguiram ficar fora de problemas na maior parte do tempo. Leo não teve problemas para se adaptar à nova escola. Eu acho que estar na mesma classe com Ethan ajudou, e Sophie fez vários amiguinhos na pré-escola. Tenho certeza que minha casa será invadida por meninas de três e quatro anos a qualquer momento".

Allan riu um pouco, mas isso não fez nada para me relaxar. "Deseja algo para beber?" Ele perguntou.

"Estou bem, obrigado." Respondi. Eu provavelmente só derramaria sobre mim mesmo, de qualquer forma.

"Então vamos direto ao assunto." Allan disse, inclinando-se em sua cadeira. "Você não dirigiu todo o caminho até aqui só para dizer olá".

Merda. "Não, senhor." Respondi educadamente. "Estou aqui para pedir a sua bênção".

"Para?" Ele perguntou, ainda que ambos estivéssemos conscientes de que ele sabia a resposta.

"Espero me casar com S/n e ser o pai de Leo." Eu respondi. "Eles já fazem parte da minha família. Quero tornar isso oficial".

O homem estava olhando-me de cima abaixo e a sala estava prenchida com um silêncio tenso. Finalmente ele pegou o controle remoto e ligou a televisão. Eu estava confuso. Ele realmente iria assistir um jogo em um momento como este? Então ele pegou um controle remoto separado. Sem uma palavra, ele ligou em um filme caseiro.

"Ângela, agora provavelmente não é um bom momento." Allan disse tenso.

"Meu bebê está tendo um bebê. Você acha que eu vou perder isso?" Ângela respondeu de trás da câmera. A adolescente S/n estava rangendo os dentes e respirando profundamente pelo nariz. Ela parecia que estava pronta para matar alguém enquanto ela segurava nas barras da cama do hospital. "Sorria, querida!"

S/a olhou para a câmera. "Mãe." Ela resmungou.

Ângela recuou. "Eu simplesmente vou sair do caminho." Ela disse. Ela fez exatamente isso, mas manteve a câmera em S/n enquanto Allan chegava ao seu lado.

"Pai." S/n parecia em pânico agora. "Papai, eu não posso fazer isso. Eu não posso ter um filho. Eu vou estragá-lo. Eu sou muito jovem e estúpida demais para ser uma mãe".

"S/a." Allan conseguiu erguer uma das suas mãos soltas e segurou-a na sua. "Eu era muito jovem e estúpido demais para ser pai, mas olha o quão boa você se tornou".

"Eu estou tendo um bebê de um homem misterioso! Sou dificilmente algo que você deve se vangloriar." Ela respondeu, ainda mais em pânico do que antes.

S/n Bloomgate: KidnapperOnde histórias criam vida. Descubra agora