o menino que sobreviveu

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Harry acordou cedo na manhã seguinte, embora soubesse que já era dia, continuou com os olhos bem fechados.
"Foi um sonho", disse a si mesmo com firmeza. "Sonhei que Yelena veio me dizer que eu ia para uma escola de magia. Quando abrir os olhos estarei em casa no meu quarto."

De repente ouviu um ruído alto de batidas. "É a tia Amarilis batendo na porta", pensou Harry, desanimando. Mas, ainda assim, não abriu os olhos. Tinha sido um sonho tão bom.

- Harry! - ouviu-se uma voz estranha o chamar, imaginou ser tia Amarilis.

Bum. Bum. Bum.

- Está bem - resmungou Harry. - Já estou levantando.

Ele se sentou e esfregou os olhos, estava no seu quarto como o imaginado mas alguma coisa chamou sua atenção na janela.

Alguém jogava pedrinhas nela.

Harry pulou da cama e se dirigiu até lá, abriu e quase foi acertado por uma pedrinha, olhou para baixo vendo Adhara ali.

- Vamos, Harry! - a menina riu. - Temos que ir logo, rápido.

E saiu correndo em direção à casa dela.

Harry escovou os dentes rapidamente e trocou de roupa, em cima da cabeceira havia um envelope meio amarelo endereçado com tinta verde que chamou sua atenção.

Seu nome estava ali.

Então, tudo pareceu ter se encaixado.

Não era um sonho, Yelena realmente disse a ele que era um bruxo, guardou a carta no bolso e olhou para fora.

Desceu as escadas correndo, para sua surpresa os Dursley já estavam na cozinha. Tia Amarilis o encarou por alguns segundos, Duda se encolheu e tio Válter fez uma careta.

- Os White, querem ver você. - disse meio contra gosto.

Ele acenou e saiu correndo da casa, parou em frente a porta deles que estava entre aberta.

- Dhara? - chamou olhando para os dois lados, ninguém respondeu.

"Será que foram?" pesou Harry desapontado, seguiu em direção a cozinha e se surpreendeu quando quatro pessoas gritaram "surpresa" para ele.

Um bolo com 11 velinhas estava em cima da mesa, balões e uma faixa escrita "Feliz Aniversário, Harry" enfeitavam a parede.

Harry sorriu radiante para cena.

- Apague as velinhas, Harry. - Pietro apontou, ele se adiantou e as assoprou.

- Pra quem é o primeiro pedaço, Harry? - Adhara perguntou ansiosa.

Harry olhou para Yelena, e então para Pietro, moveu seus olhos para Remus e então eles chegaram em Adhara.

- Hum, pra você. - disse timidamente, a garota sorriu e o abraçou. - Então, é verdade? Eu sou um... bruxo?

- A mais pura verdade, Harry. - Remus concordou.

- O que quiseram dizer com "Eu não conhecer minha própria história?" - se virou para Yelena, ela suspirou.

Lyra o levou para sala, assim como havia feito com Adhara.

- Olha, havia um bruxo que virou... mal. - ela começou a dizer. - Ele não virou, ele sempre foi mal essa é a verdade. - Adhara se sentou ao lado dele também querendo saber sobre a história.

- Quem? - perguntou curioso.

- Voldemort. - Lyra disse. - Nunca tenham medo de dizer o nome dele, entenderam? O medo de um nome só faz aumentar o medo da própria coisa. - os dois acenaram. - Ele começou a procurar seguidores, e conseguiu alguns por medo, outros porque queriam ter um pouco do poder dele, porque ele estava ficando poderoso. - Remus abaixou a cabeça e James respirou fundo. - Foram tempos sombrios, Harry, ninguém sabia em quem confiar, ninguém se atrevia a ficar amigo de bruxas ou bruxos desconhecidos... coisas horríveis aconteciam. - Lyra mordeu o lábio. - Ele estava tomando o poder, é claro que algumas pessoas se opuseram a ele, e ele as matou. Um dos únicos lugares seguros que restaram foi Hogwarts, acho que Dumbledore era o único de quem Voldemort tinha medo. Não ousou se apoderar da escola, não no começo, pelo menos.

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