O FAVOR A MEU VIZINHO

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NÃO É LÁ UM CAPITULO COM ACONTECIMENTO BOMBÁSTICOS, MAS O PRÓXIMO SERÁ PODE APOSTAR... ESSE É MAIS PRA TEREM UM GOSTINHO DAS IDEIAS DA PEQUENA CLEAR!! BJÃO

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'Luci'

Voltei para minha vazia casa e fui direto me trocar e treinar um pouco e quem sabe ver essa minha viagem à Nova Iorque para visitar minha mãe, precisamos conversar e mesmo que ela não possa responder ajuda bastante imaginar que ela pudesse me ouvir.

Depois de treinar um pouco tomo um demorado banho evitando ao máximo ocupar minha mente com meu vizinho, mas claro que é inútil, eu não consigo parar de imaginar em como esse tal de Sofia deve ser, talvez linda como Clear e isso não ajuda muito a controlar a raiva e o bichinho nojento e incontrolável do ciúme.

O que me deixa mais frustrada foi à forma com que Andrew falou comigo quando estávamos juntos, ele me pediu para ser dele, na verdade, ele já disse que eu era sua e eu admiti isso, admiti como uma boba apaixonada e foi como uma boba que eu caí mais uma vez com a cara no chão, talvez eu deixe que ele se explique como meu pai havia pedido, mas no fim disso tudo eu sei que não é comigo que ele vai ficar e eu também não quero isso, não mais. Que se dane Andrew!

Eu estava na sala pesquisando em meu notebook passagens para Nova Iorque e hotéis onde poderia ficar pelo menos por uma noite ou duas quem sabe, faz muito tempo que não vou a minha cidade natal, talvez respirar um pouco o ar de lá possa me ajudar a continuar minha vida, sempre amei aquela cidade e conhecia Manhattan como ninguém já que minha mãe era policial, ela muitas vezes me levou com ela pelos seus turnos quando sabia, claro, que teria reforços caso precisasse e também se o dia estava mais tranquilo e devo dizer que eram os melhores dias.

Sei que soa clichê, mas sim nós comprávamos donuts e me lambuzava toda com a cobertura... sorrio comigo mesma ao me lembrar de como minha mãe era incrível, não há nenhuma fotografia dela na casa por causa de meu pai, se ele tentou botar fogo em minha poltrona imagina na casa? Deixei as fotos guardadas em um compartimento em meu guarda-roupa onde estão seguras.

Bom, mas o que me distraiu foram batidas tímidas na porta (minha casa não tem campainha, adivinha? Sim, por causa do meu pai que chegava bêbado e ficava tocando aquela porcaria, então eu a arranquei de lá), eu me levantei com o coração na mão, porque eu de alguma forma sabia que era ele... só podia ser. Quem mais viria aqui há essa hora?

– Muito bem Lucia, só respire você sabe como se faz isso – cochicho para mim mesma enquanto me aproximo da porta – é só mandá-lo a merda e fechar a porta – continuo tentando arrumar forças para ser fria. Com a mão na maçaneta coloco minha máscara de "To nem ai pra você" ou se preferir a de "Foda-se" e abro a porta pronta para ser grossa, mas o miserável não está sozinho.

– Oi Luci – diz Clear abrindo um sorriso que desmancharia até mesmo uma calota inteira de gelo e claro que sorrio de volta até me abaixo para lhe dar um apertado abraço e ganhar um delicioso beijo estalado no rosto, ela tem cheirinho de morango e chantili que dá vontade de morder, ela já não parece aquela garotinha furiosa de mais cedo.

– Olá pequena, como está? – pergunto ainda abaixada a seu nível, antes de me responder ela olha para Andrew que está feito uma estátua parado ali com um olhar indecifrável e uma postura tensa, mas ainda tem um pequeno sorriso que teima em escorregar do canto de sua boca, seus olhos não estão em Clear e sim em mim, na verdade, ele não os tirou de mim desde a hora que abri a porta e meu corpo traidor está todo formigando e se aquecendo de uma forma nada segura.

– Eu estou bem – responde por fim a pequena e quando volto meu olhara para ela com maior atenção percebo que seus olhinhos pareciam cansados, do tipo que ou está com muito sono ou... ou ela andou chorando.

Meu vizinho tatuado (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora