Meu vizinho tatuado (COMPLETO)

A AVÓ DO MEU VIZINHO?? SÉRIO??

'Luci'

A água quente do chuveiro levou a tensão do meu corpo e ardeu um pouco contra o lado direito do meu rosto onde aquele cretino bateu, sorrio contra a parede de cerâmica azul do banheiro e mesmo que isso também doa, não consigo parar.

Dá pra acreditar numa história dessas? Ele me salvou, Andrew realmente apareceu lá como meu Batman (sim, eu prefiro Batman a super homem), e socou a cara de Jimmy e o nocauteou e foi incrível e eu me senti realmente a mocinha da história sendo carregada nos braços dele e tudo.

E isso me faz querê-lo sempre por perto, chega a ser assustador a forma como eu o quero agora, não só pela gratidão ou pelo que fez, mas eu realmente preciso dele perto de mim... sentir outro homem me tocando pareceu tão errado e ainda mais repugnante por ter sido Jimmy e eu sei que eu não vou querer mais ninguém pra me proteger e ficar comigo.

Parece meio idiota e talvez seja, mas não é errado eu querer viver meu próprio conto de fadas, é? Bom tirando a parte que o príncipe pode ter já outra 'princesa' chamada Sofia dificulta um pouco as coisas, mas ele disse que explicaria e acho que seria uma boa forma de agradecer pelo que fez se eu o ouvisse no fim das contas e nós ainda temos que conversar sobre o que Clear e eu descobrimos sobre nossos pais.

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O depoimento não me ocupou muito o tempo porque descobri que Jimmy já era suspeito de outros abusos contra mulheres perto de onde morava, mas pelo que parece o medo que elas tinham de denunciá-lo o mantinha a salvo, mas agora que eu pude dizer o que ele fez e denunciá-lo parece que mais mulheres surgiram o denunciando por abuso e agressão... e pensar que já me apaixonei por aquele idiota, tivemos que ir até a delegacia e me cortou o coração ver Jean quase chorando sentado em um banco na recepção.

– Ho preso cura di quel ragazzo¹! – sussurrou contra meus cabelos quando o abracei forte contendo também as lágrimas.(¹"eu que cuidei desse menino").

– E ele não deu valor Jean... vele não merece seu choro nem sua preocupação... ele escolheu assim agora que aguente as consequências – digo – eu amo você Jean, sabe que é um segundo papà para mim, não fique triste, por favor!

– É tio Jean... não fica triste – diz Clear, Andrew e eu não conseguimos segurá-la no hotel, foi impossível convencê-la a não vir para a delegacia. Jean a abraça lhe dando um casto beijo na testa e Andrew se aproxima com um pequeno sorriso acredito que pela estranha afinidade entre Clear e um homem que praticamente acabou de conhecer.

– Jean esse é Andrew irmão de Clear... o amigo que falei – digo sentindo-me estranha por dizer que ele é meu amigo, parecia errado, mas ignorei o sentimento.

– Amigo? – pergunta Jean desconfiado e encarando a Andrew exatamente como meu pai fez quando o conheceu e isso fez um largo sorriso se abrir em meu rosto... até tu Jean?

– Parece que sim – diz Andrew estendendo sua mão para Jean que a apertou firmemente abrindo um pequeno e quase imperceptível sorriso – é um prazer.

– É todo meu rapaz, obrigada por salvar Lucille, jamais me perdoaria se tivesse acontecido algo mais grave...

– A culpa não é sua, tio Jean... é do menino mal – comenta Clear fechando a cara fazendo um bico adorável apesar da cara feia que fez a nós três rirmos um pouco.

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Andrew decidiu voltar comigo e com Clear para San Diego amanhã de manhã dizendo que precisava estar perto de Clear por ela ainda estar um pouco assustada com o que aconteceu, mas a pequena parecia melhor do que qualquer criança normal o que me fez pensar que não era exatamente por Clear que ele estava indo pra casa amanhã e mesmo que eu não quisesse me senti feliz por isso.