𝐓𝐡𝐞 𝐈𝐧𝐞𝐟𝐟𝐚𝐛𝐥𝐞 𝐇𝐮𝐬𝐛𝐚𝐧𝐝𝐬 🥂

Ineffable

- Crowley querido, você não sabe o quão importante é isso para mim, desde aquele dia eu não sabia de mais nada da terra, eu jurava que não te encontraria se conseguisse sair de lá - a serpente do Éden escutava atentamente, mesmo querendo muito deixar as palavras de lado - Desde o princípio eu te amei, desde sempre eu neguei o que sentia, até aquele maldito dia na igreja, você seu bentido pequeno milagre demônio, tudo para salvar aqueles livros para mim - Az suspirou levemente e levou uma de suas mãos a bochecha do demônio - eu poderia ficar milênios citando cada minúsculo detalhe seu que me encanta, seu maldito sorriso de lado, suas falas sarcásticas e auto confiantes, seus olhos que tanto me fascinam, demônio idiota, como eu pude demorar tanto para lhe dizer que eu te amo!?

Não precisou de mais nenhuma palavra para que os dois unissem seus lábios em um beijo afoito e demorado, depois de tanta espera, depois de tantas dúvidas, medos, desacertos e acertos, a primeira parte do plano inefável de Deus estava completo. E o Todo Poderoso assistia tal cena tão aguardada de camarote do céu, enquanto Gabriel e os anjos que lhe ajudaram a interferir no plano inefável, eram forçados a assistirem a felicidade daqueles dois que matavam a vontade incansável de ter um ao outro para si.

Crowley separou o beijo por alguns instantes, para apenas descer os selares ao pescoço de Aziraphale, que mesmo com um pouco de vergonha, ansiava por aquele momento a anos.
O demônio beijava e mordiscava aquela área que prevalecia o cheiro doce e suave de seu anjo, tratando de levar as mãos, até então nos braços alheio, para as llterais do paletó bege, o retirando não com muita presa, para caso Aziraphale decidice parar, fosse impedido, mas isso não aconteceria aquela noite.

O de cabelos ruivos após o paletó, fora direto nos botões do colete e da blusa, os desfazendo com certa presa. O anjo fazia o mesmo com o colete de seu demônio, ambos queriam sentir o calor da pele um do outro o mais rápido possível. O primeiro a conseguir fora Crowley, que deslizou as mãos lentamente pelos ombros e costas do anjo, sentindo a textura macia e quentinha daquele que tanto amava, era quase surreal poder finalmente tocá-lo daquela forma.

Aziraphale logo deslizava os dedos gordinhos pelo peitoral de Crowley, sentindo cada pedacinho de extensão daquela pele morena que tanto almejava, aqueles toques rendiam suspiros e arfares de ambos, dando mais um estopim para voltarem a se beijar, dessa vez de forma mais desesperada e profunda, procuravam o máximo de contato possível. O que não fora tão demorado, ja que o demônio puxou o corpo de Az pela barra da calça marrom dele, assim colando pele com pele, gerando um arrepio gostoso de cima a baixo.

Crowley espalmou suas mãos nas costas de Aziraphale, o apertando gostosamente contra si, caminhando de costas para seu quarto sem desfazer tal contato. Az por sua vez, se deleitava naqueles lábios finos, fazendo um pequeno milagre para que sapatos e meias não estivessem mais em seus obstáculos para uma possível noite inesquecível.

O demônio com um estalar de dedos ligou a vitrola que ficava na sala, começando a tocar Heaven's On Fire do KISS de forma baixa e agradável para o momento.

"I look at you and my blood boils hot"
(Eu olho para você e meu sangue ferve)

O anjo presente sorriu ao ouvir a música e aproveitou a oportunidade para ir um pouco além de seu costume, levando Crowley para beira da cama e lhe jogando com um pouco de delicadeza no colchão, o que arrancou um olhar surpreso e um sorriso malicioso do demônio.

"I feel my temperature rise"
(Eu sinto a minha temperatura subir)

Crowley tinha uma ideia do que Aziraphale queria, conseguia enxergar nos brilhos de desejo dos olhos azuis que tanto lhe fitavam

- Assim você vai me deixar louco, anjo - Pronunciou em meio a uma risada soprada, notando o outro molhar os próprios lábios com a língua.

- Essa é a intenção, querido - Az sorriu de canto e não perdeu mais um segundo longe de seu demônio, ficando por cima e se sentando no colo do outro, que levou as mãos a cintura gordinha que tanto admirava.