𝐓𝐡𝐞 𝐈𝐧𝐞𝐟𝐟𝐚𝐛𝐥𝐞 𝐇𝐮𝐬𝐛𝐚𝐧𝐝𝐬 🥂

Dream, chaos, pain...

Já haviam se passado um pouco mais de um mês do quase Armagedom, Crowley e Aziraphale ainda se falavam, mais do que antes, o que para eles não era um problema.

Aziraphale no exato momento se encontrava em sua livraria lendo um de seus livros raros, enquanto inesperadamente tocava You're My Best Friend do Queen, o que para o anjo era um novo hábito sempre que estava sozinho lendo, ja que era algo que seu (secreto) amado amava escutar enquanto dirigia.

Enquanto isso em seu apartamento meio bagunçado e cheio de garrafas de bebidas, se encontrava Crowley deitado no sofá, inesperadamente para ele, lendo um dos livros que Aziraphale mais comentava consigo.

Sim, ambos estavam fazendo coisas inesperadas para si, tudo pelo simples motivo de querer fazer algo que lembra-se um ao outro enquanto estavam sozinhos em suas devidas casas.

Crowley fora o primeiro a dormir naquela noite fria de inverno, com o livro que lia aberto em seu peito, e como era um demônio, normalmente quando dormia tinha pesadelos, e para variar, estava tendo mais um para sua coleção de pesadelos, mas por algum motivo esse era mais uma lembrança modificada do que havia acontecido a tempos atrás.

Seu pesadelo se consistia na livraria de Aziraphale pegando fogo e o demônio adentrando o local em chamas, o diferencial da vez era que em vez do local estar apenas em chamas, havia o corpo de Aziraphale no meio da livraria sem vida, suas adoráveis asas alvas estavam aberta, completamente bagunçadas e feridas por furos causados por possíveis lanças ou flechas, suas roupas manchadas de sangue em diversos pontos, onde se podia ver cortes profundos e resquícios de fogo infernal. Haviam atacado seu anjo e colocado fogo na livraria.

Atrás de si fora possível ouvir risadas vindo do outro lado da rua, onde estava Gabriel, Uriel, Miguel, Bellzebu, Hastur e Ligur, que logo desapareceram, assim Crowley gritou:

- VOCÊS MATARAM MEU MELHOR AMIGOS, SEUS BASTARDOS!

Assim retornou seu olhar ao corpo de Aziraphale e passou a chamá-lo diversas vezes, sem resultado algum, sentia lágrimas quentes descendo por suas bochechas, não podia estar acontecendo isso, era Aziraphale, o anjo mais puro que conhecia, não podiam ter feito isso com ele, ja não bastava tudo que ele passava e aguentava no céu? Então voltou a chamar o nome do anjo em meio as lágrimas, mesmo sabendo que não adiantaria de nada, que Az tinha deixado esse mundo para sempre.

Então acordou em um susto, gritando o nome de seu anjo, seu rosto se encontrava molhado por lágrimas. Não sabia por qual motivo tinha sonhado com aquilo, mas estava com uma angústia forte em seu peito, então pegou seu telefone e discou o número tão conhecido por si.

- Vamos atende, atende anjo - o tom do mesmo era desesperado e trêmulo, mas não demorou muito para que forçasse um tom normal, já que o anjo havia atendido. - Oi Anjo

- Crowley? Aconteceu alguma coisa? São 3h da manhã, essa hora você não estaria dormindo? - O Anjo lhe encheu de perguntas, já que realmente estava tarde da noite e a essas horas Corwley estaria a dormir.

- Não, não aconteceu nada, só perdi o sono e liguei para saber como você está - Falou o mais natural que podia, mesmo que sua garganta ainda doía pelo choro recente

- Estou bem querido, estava lendo aquela saga que chegou recentemente, estou quase terminando

- Oh...isso é bom... - o demônio não sabia mais o que falar, não queria contar o pesadelo que teve, mesmo que eles dividiam tudo que acontecia um com o outro.

O anjo não era tão inocente assim, sabia que algo incomodava o demônio, até porque ele não ligaria tão tarde da noite somente para saber como o mesmo estava.