Era um domingo quando Meg voltou ao trabalho, ela ficou uma semana em Londres e Freddie a arrastou para todos os lugares possíveis. Ele estava tão alegre e empolgado, eu queria que pudesse ser sempre dessa forma. Ela foi embora desolada por não poder estar em dois lugares ao mesmo tempo, mas, conversou com seus superiores para conseguir uma semana de folga uma vez por mês para ficar com seu filho. A gente esperava que ela conseguisse. Apesar de ter chorado no aeroporto, Freddie estava bem, dormindo direitinho e sendo o pequeno tagarela que me encantou desde o primeiro dia. Eu estava aliviado. Louis também.
Algumas pessoas me pegaram de surpresa perguntando se ele era meu filho, mesmo que Freddie fosse a mistura perfeita de Louis e Meg. Ele sempre estava no café a essa altura, era como um mascote, fazia amizade com os adultos e com as crianças — Ele era o neto postiço da Senhora Minick, mesmo que ela sempre negasse ler para ele quando ele pedia, afinal, ela gostava de coisas apimentadas demais para a idade dele — até mesmo pediu para Louis trazer o outro Harry e ele para passar uma tarde.
O outro Harry, o pequeno, ruivo e com sardinhas, gastou sua mesada da semana com o "melhor bolo de chocolate do mundo", disse que achava que eu era a bruxa de João e Maria e eu tentei não me ofender, a bruxa tinha uma casa inteira de doces deliciosos. A mãe dele flertou comigo quando veio buscá-lo, mas, fiquei sabendo que Freddie gentilmente a informou que eu era "um príncipe destinado a outro príncipe" e ela entendeu que meu time era outro. Embora, isso tenha deixado uma interrogação na minha cabeça, ele disse outro príncipe simplesmente por causa da minha sexualidade ou ele também achava que Louis e eu deveríamos ficar juntos? Louis disse algo? Bom, Freddie era uma criança muito esperta, talvez fosse apenas muito observador também.
Assim como a mãe do outro Harry, Louis começou a flertar. Nesse caso, o flerte era bem-vindo, não importava o quanto eu tentasse negar, era sutil, galanteador e me deixava com o peito prestes a explodir em fogos de artifício coloridos. De maneira natural, eu correspondia. Eu precisava parar de escrever tanto sobre ele e agir, eu sabia disso, mas ainda estava meio assustado. Felizmente, cada dia um pouco menos. Passos de bebê.
No início da semana do terceiro mês desde que nos conhecemos, Louis passou no café-livraria cedo, depois de deixar Freddie na escolinha, e fez seu pedido de café da manhã para comer na sala dos professores na escola onde lecionava. Ele sempre variava seus pedidos, o que me incentivava a criar opções diferentes só para ver seus olhos crescendo de curiosidade pela manhã. Ele escolheu um sanduíche de frango, cream cheese e geleia de pimenta e um frappuccino de baunilha. Eu podia sentir seus olhos sobre mim enquanto eu embalava tudo. Eu deveria estar acostumado, mas, não, sempre me sentia tímido, lisonjeado e com borboletas no estômago, como um pré-adolescente vivendo seu primeiro crush.
— Talvez eu me case com você um dia — Louis comentou, aleatoriamente, com seu sorrisinho charmoso de canto — Você sabe, por causa das delícias que você faz.
Ri pelo nariz, tentando conter um sorriso bobo de crescer em meus lábios, peguei uma florzinha amarela do vasinho do balcão, atravessei a minicozinha e fiquei de frente ao homem, quase colando as costas dele contra o balcão. Em um movimento um pouco ousado, coloquei a flor atrás de sua orelha e sorri, tentando parecer igualmente charmoso, mesmo que por dentro eu estivesse sentindo todos os meus órgãos meio chacoalhados.
— Bom, uma das flores do meu buquê está no seu cabelo agora, talvez você só precise fazer a pergunta, hm? — Respondi, dando de ombros.
Louis travou seu olhar no meu por um segundo, tirou a flor do cabelo e beijou o centro dela, antes de colocá-la em mim. Eu suspirei, de uma forma vergonhosamente audível, eu só queria beijá-lo, sentir o sabor e a temperatura do frappuccino em seus lábios finos.
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The story of my love for you | Larry Stylinson
FanficHarry é dono de uma livraria-café chamada Sweet Carolina e escreve nas horas vagas. Seu estabelecimento é conhecido pela sensação de aconchego e plenitude, embora o dono sinta que falta algo para que ele sinta o mesmo. Um dia, Louis e seu filho Fred...