Era sábado de manhã e eu estava abraçado com o vaso sanitário com Louis fazendo carinho nas minhas costas. Fazia pelo menos dez minutos que eu estava botando todo o jantar para fora e parecia que não ia acabar nunca. Eu estava suado e me sentindo cada vez mais enjoado. Eu gemi de agonia e Louis me massageou nos ombros e deu um beijo na minha cabeça, prometendo que passaria logo, o que eu sabia que era mentira, mas, ele era tão bonzinho, meu Louis, mesmo que eu quisesse xingá-lo por me engravidar.
Era fácil esquecer que eu amava estar grávido quando eu estava quase mergulhando na privada.
— Bebê, não seja malvado com o papai, por favor — Louis falou, passando a mão no pequeno volume na minha barriga.
— Não chame o bebê de malvado, amor, eu já estou melhor — Eu disse antes de vomitar novamente — Nunca mais vou te defender, pinguinho.
— O quanto você me odeia por ter colocado esse monstrinho em você?
— Nesse momento? — Eu perguntei, dando descarga pela milésima vez — Quase o mesmo tanto que te amo.
— Uau, eu estou ferrado.
Eu ri, fechei a tampa do vaso e deitei minha cabeça cansada nela.
— Acho que agora acabou, vou escovar meus dentes e tentar tomar café da manhã com o Freddinho.
— Odeio esse apelido.
— A gente não está nem aí pra você — Eu falei, me referindo ao outro Harry e eu, que colocamos esse apelido em Freddie.
Gemi de exaustão e dor na garganta, sentindo meu estômago vazio reclamar e Louis me olhou preocupado, se abaixando novamente para acariciar as minhas costas.
— Baby, você vai ficar bem sozinho? Seus enjoos estão me assustando.Você tem certeza que isso é normal?
Era uma quantidade de vômito que eu não sabia que poderia sair de um ser humano só, não era a toa o quão assustado ele estava. Eu também estava, mas a doutora Miller — indicação de Jennifer Connelly, especialista em gravidez de homens trans e intersexo — disse que estava tudo bem e que muitos pacientes dela vomitavam mais vezes ao dia do que eu e em maior quantidade. Deus abençõe suas almas.
— Eu estou super grávido, amor, aproveite os enjoos, você vai odiar os desejos.
— Meg me fez buscar um miojo no mercado para ela comer com geleia de uva e abacaxi.
— Eu vou vomitar de novo.
— Desculpa, desculpa — Ele pediu, desesperado.
Eu ri debochado e ele revirou os olhos.
— Vai ser tão divertido encher seu saco nesses nove meses.
— Eu ganho um bebêzinho no final, dê-me seu pior.
— Eu te amo — Ergui a cabeça e fiz um biquinho e Louis deu um passo para trás com uma careta.
— Você não vai me beijar agora, eu vi o que saiu daí.
Louis e Meg iam dar uma olhada em alguns apartamentos para ela perto do prédio onde ela iria trabalhar com um agente imobiliário que eu indiquei. Minha intenção era ir junto com eles, mas depois de passar a semana toda correndo para o banheiro, decidi que era melhor ficar em casa com minha estrelinha assistindo desenhos na televisão. Eu estava no meu terceiro mês de gravidez e até agora a pior parte eram os enjôos e o fato de que só Louis e eu sabiamos.do bebê. Como eu estava apavorado do risco de aborto espontâneo, eu queria passar pelos três primeiros meses e então dar a noticia para nossa família e nossos amigos. Na minha última consulta, a doutora Miller garantiu que meu bebezinho estava mais seguro agora e crescendo como deveria, eu estava mais aliviado.
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The story of my love for you | Larry Stylinson
Hayran KurguHarry é dono de uma livraria-café chamada Sweet Carolina e escreve nas horas vagas. Seu estabelecimento é conhecido pela sensação de aconchego e plenitude, embora o dono sinta que falta algo para que ele sinta o mesmo. Um dia, Louis e seu filho Fred...