Destino ou coincidência?

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-Mara? Mara? Acorda!

-Hãn? Oque? Que horas são?

-Já tá na hora de ir embora idiota. Resmungava Felipe, enquanto me empurrava desesperado para ir embora daquele lugar.

Mal conseguia acreditar que eu tinha pulado o primeiro dia de aula, aquilo me alegrou.
Fui caminhando à passos rápidos, descendo degrau por degrau com cuidado para não cair igual uma goiaba que cai do pé misteriosa e espontaneamente.
Chegando quase perto da saída daquele inferno sinto um impacto em minhas costas e sou empurrada ao chão.

-Ai! Grito assustada

-Meu Deus, me desculpa!

Aquele garoto não me era estranho, sinto que já vi ele antes

-Você tá bem moça?

-Sim... Nós ainda nos encontrávamos no chão olhando para a cara um do outro sem saber o que dizer (o desconforto era nítido) enquanto algumas pessoas em volta nos encaravam estranho.

-Eu juro que não te vi me desculpa... aliás, eu te conheço?

Essa menina não me é estranha, eu já vi ela antes? Ela é tão... Bonita...

-Não, tudo bem, foi um acidente, não precisa se desculpar. Ri sem graça para amenizar a vergonha que sentíamos.

-Você é aluna nova?

-Não, porque?

-A, não é nada, deixa pra lá... PORQUE EU FALEI EU SOU UM IDIOTA!

-A... Tudo bem então, tchau. Peguei minha mochila e sai de lá sem esperar uma resposta dele, talvez eu tenha sido meio babaca, mas e daí? Quem liga?

Ela saiu de lá como uma deusa que saia dos céus e descia em seus belíssimos trajes e vinha planando com seus curtos cabelos cor de fogo.

-Meu Deus, como ela é linda. Peguei minha mochila e andei em direção a saída pensando se veria aquela deusa dos cabelos cor de fogo novamente, eu realmente queria encontrar ela de novo? Mas Porque?

Daniel, um metro e noventa e dois, dezoito anos, cabelos negros curtos, corpo atlético, usava preto na maior parte do tempo. Seu estilo variava entre gótico punk e all black, ele realmente gostava de usar preto. Porém, a vida não é um morango, e sim, até um homem "perfeito" como Daniel tinha inseguranças, se até ele tem porque eu não posso ter? Por ter um pai muito bem sucedido na vida, ele carregava consigo o legado da família mais rica e influente da cidade, logo, ele não poderia sair dos trilhos, caso contrário, o nome da família seria manchado não é mesmo?
Sempre, desde os 7 anos Daniel era forçado a sempre ser o melhor no que fazia, desde os campeonatos no clube de futebol, no basquete, em suas notas escolares, na beleza, na altura, em tudo! Ele sempre tinha que ser o melhor em tudo, e isso tudo por causa de seu pai, Jonas. Ninguém sabia ao certo o que Daniel passava nas mãos daquele velho, mas, á olhos leigos da sociedade, eles se davam muito bem, o famoso pai e filho, uma dupla inseparável, será mesmo?


Daniel era a definição do sonho de qualquer garota naquela escola, todas, sem exceção se tivessem uma chance não a desperdiçariam. Mas para a infelicidade das mulheres o coração de Daniel já tinha dona:

Rafaela, um metro e setenta, cabelos castanho claros curtos, cintura fina, seios pequenos mas que marcavam presença, unhas um pouco compridas, um delineado pequeno e gloss brilhante. O estilo dela variava entre um soft ou até um simples cropped, um shorts jeans e um all star, dispensava apresentações, além de sua beleza estonteante.

Mara no país das tristezas e incertezasOnde histórias criam vida. Descubra agora