Apolo & Petúnia

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História dedicada ao meu corazón chrispires26

(...)

Victoriano Santos não tinha um dia de paz quando se tratava da vizinha e melhor amiga de infância Inês Huerta, ela era o diabo, uma mulher implacável e cheia de manias. Quase todos os dias tinha que buscar o garanhão da fazenda luz de luna em seu estábulo rondando sua égua.
A mulher chegava montando o cavalo sem sela, o animal de grande porte era um enorme puro sangue que obedecia todos os seus comandos sem pestanejar. Além disso Inês  ficava linda quando encarava seus olhos, e ele babava na beleza da morena quando aparecia desse jeito mexia com a cabeça dele.

Inês - Olha quem eu peguei novamente rondando a minha Petúnia _ acariciou a crina do bicho que relinchou e abaixou a cabeça _ não acho prudente ele tá perto da minha menina.

Victoriano - O Apolo ama sua Petúnia senhora Huerta _ ele sorria ainda na sacada _ vai ficar pra um café?

Inês - Desde quando eu tomo café com um pagaré? _ beijou a crina do cavalo e desceu do animal entregando pra um dos peões da fazenda _ temos que falar daquela cerca no final da fazenda.

Victoriano - Tem que ser agora? Vamos comer e conversamos com mais tranquilidade, o que acha?

Inês - Que não vai dar, eu tenho que ir embora, já demorei muito aqui _ sua vontade era de ficar todo dia com ele, mas tinha muitos compromissos na fazenda pra se dar esse luxo.

Victoriano - Não acredito nisso, tem aquele bolo de milho que gosta, além do leite recém ordenhado por mim _ pós a mão na cintura e sorriu _ além disso eu sei que vai querer uma carona, mas se tá com pressa eu vou só pegar a chave da caminhonete e tô de volta.

Inês - Não preciso de carona, o Jorge veio me buscar, sabe que meu irmão te odeia né? _ riu e foi virando de costas pra ele, mas parou e olhou em seus olhos _ amarra bem o Apolo, não acho que vá querer filhos dele com a Petúnia verdade pangaré?

Victoriano - Não Inês, eu dispenso qualquer laço com sua pessoa _ disse sem deixar de sorrir _ já basta sermos amigos desde a infância.

Inês - Ótimo, faça valer todos esses anos de amizade pangaré, eu sei que não quer problemas comigo _ mostrou seu revolver e sorriu pícara _ e não quero problemas com você, já sabe que minha paciência é curta.

Victoriano - Vem jantar comigo hoje, e daí conversamos sobre todos esses problemas que nos cercam mulher _ arrumou o chapéu e piscou pra ela _ mas essa arma aí não é brincadeira limãozinho.

Inês nada disse, mostrou sua superioridade e saiu como sempre provocando com seu rebolado, sua calça apertada e as botas preta de couro mexia com a mente dos homens da região. Assim que chegou no carro seu irmão estava com cara de poucos amigos, de longe conseguia ver a cara de Victoriano e todos os sorrisinhos que dava pra ela. Entrou no carro e deu de cara com o irmão de péssimo humor e de cara feia, sentou e colocou o cinto ainda calada.

Jorge - Ficou muito tempo com aquele idiota _ deu partida na caminhonete e começou a dar ré e olhou rapidamente pra ela _ me disse que era algo rápido.

Inês - Aí por favor me poupe Jorge Alfredo, eu sou a sua irmã mais velha se lembra? _ colocou a mão por trás da cabeça e se esticou na cadeira _ me respeita seu insolente.

Jorge - Se de ao respeito e pare de vir devolver o cavalo daquele maldito _ apertou com raiva o volante _ por mim matava aquele bicho maldito.

Inês - Você vive no bordel e já transou com todas as putas da região Jorge, quem aqui não se dá ao respeito? _ atacou sem pena _ e se tocar no Apolo eu te deixo na miséria total me entendeu?

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