(Meses depois...) ( Capítulo com linguagem sensível)S/n estava na parte de trás de sua casa, ele segurava uma taça de vinho enquanto aproveitava a brisa da noite. O vento soprava as folhas das árvores, produzindo um som relaxante, e a lua refletia uma luz branca que iluminava fracamente a grama verde do seu quintal.
S/n levou a taça a boca, saboreando o gosto amargo de seu vinho, enquanto olhava para a fogueira a sua frente, sentindo o calor das chamas que queimam a Madeira lentamente. S/n soltou um suspiro de cansado. Ele estava preso aos seus pensamentos. Alguns passos leves e suaves, mas firmes, podiam ser ouvidos atrás dele, até que uma mão encostou rapidamente nas costas de S/n, o assustando.
— Buu! — Morte o assustou.
S/n com o susto cuspiu o vinho diretamente no fogo, fazendo as chamas se aumentarem.
— Mas o que?
— Não se preocupe, sou só eu! — Disse o lobo com uma voz calma.
— Precisava me assustar assim?
— É divertido! — Ele brinca.— Você tem que estar mais alerta!
— É, eu estou tentando. desde que eu conheci certo alguém, eu estou tentando melhorar nesse ponto.
S/n jogou um pouco mais de lenha no fogo, fazendo as brasas já queimadas soltarem partículas pelo ar, que logo se apagavam. Lobo sentou-se ao lado de S/n.
— Então... Pegou muitas Almas hoje?
— Na verdade não! Quase peguei a alma de um senhorzinho que havia falecido, mas conseguiram ressuscitar ele com massagem cardíaca!
— Hehe, entendo. Mentira, não entendo não, não consigo me imaginar fazendo esse trabalho.
— A propósito, eu lhe trouxe isto!
Morte dá para S/n a mesma espada que eles lutaram alguns meses atrás.
— Essa é... aquela espada que nós dois lutamos alguns meses atrás?
— Ela mesma! Quero que fique com ela, não tenho motivos para guarda-la!
— Obrigada lobo!
— Sabe, eu estava passando por aí, e vi um velho cartaz seu de procurado. Qual o Motivo?
— Bem, isso foi a oito anos, quando eu estava treinando esgrima com meu pai. Até o momento em que meu pai quis que eu lutasse com ele com espadas de verdade. - Ele diz sem tirar os olhos do fogo a sua frente.
—Mas isso você já sabe! É que tem outras coisas que envolvem isso...
( 8 Anos Atrás)
— Vamos lá filho, você consegue!
— Não sei não pai, e se algo der errado?
— (O meu medo era óbvio naquele momento. Eu tinha medo de me empolgar e acabar machucando o meu pai.)
— Não se preocupa, esse treino vai te fazer bem. Você vai ver! Você vai conseguir se defender daqui pra frente!
— Err, tá bom!
— (Me defender, me defender do que? Eu não arrumava encrenca, quase não saia de casa, o crime naquela época não era tão grande. Eu não entendia o por quê do meu pai fazer aquilo comigo.)
— (Depois disso, começamos a lutar. Golpe após Golpe. Parecia que nada adiantava, eu sempre via o olhar de decepção do meu pai para mim.)
— Mas o que é isso? Está com medo? Eu não criei um covarde! Anda logo, mais uma vez!
— (Eu percebi que meu pai estava me cobrando mais do que poderia entregar. Ele estava me treinando por ele, não por mim! Era algum motivo pessoal dele. Eu comecei a lutar para valer. Eu coloquei toda a minha raiva naquela espada. Quando fui ver, já tinha acertado o braço do meu pai!)
— Argh Merda! Você tá bem pai?
— HeHe, Tô filho!
— Bem o caramba, você tá sangrando!
— Isso? Não é nada! Vai lá dentro e pega algumas bandagens!
— (Eu me lembro de sair correndo atrás dessas bandagens. Eu não sabia que tinha cortado uma veia importante do braço do meu pai, e que ele morreria de uma hemorragia. Nada do que eu fizesse adiantaria. Depois de um tempo eu voltei, mas meu pai já estava morto.)
— (Eu estava sem chão. Mas quando cheguei mais perto, vi que seu corpo estava com um ferimento do peito ao pescoço. Em pânico eu fugi de lá, deixando o corpo no quintal. Eu não tenho muitos detalhes da minha fuga patética.)
— (Depois fiquei foragido por duas semanas, até que depois de um longo julgamento, eu fui inocentado, porquê o que matou o meu pai, foi uma arma de lâmina arredondada, não minha espada.)
( Tempo Atual.)
— Depois disso, consegui organizar a minha vida. Isso até minha mãe morrer alguns meses atrás de uma doença forte, fiquei com os negócios da familia, além de uma divida grande. Mas aqui estou eu! Tenho amigos incríveis, sou amigo da própria Morte, e não poderia estar mais feliz.
— S/n, Eu, tem algo que eu queria te contar...
— Eu já sei Morte, você que Matou ele!
— Como Sabia disso?
— Foi uma foice que matou ele!
Lobo virou sua atenção para a fogueira a sua frente.
— Eu não disse nada, porque, não tinha motivos, é o seu trabalho; ele ia morrer de qualquer maneira, e por minha culpa! — S/n soltou uma lágrima de seu olho esquerdo.
O Lobo não diz nada. S/n se levantou, tomou seu último gole de vinho e se virou para ir para dentro de casa.
— Tenha uma boa noite, Morte! — Ele caminha para dentro de casa.
— Boa noite S/n...
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Sua Alma e Meu Coração (Morte x Leitor)
FanfikceA pequena história entre a Morte e o nosso querido leitor. Alguns capítulos contém conteúdo sensível não muito detalhado. Bem vindos a mais uma história horrível.