𝐈𝐕. 𝐑𝐀𝐁𝐈𝐒𝐂𝐎𝐒

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"Tenho uma lista de nomes e o seu está em vermelho, sublinhado
Eu o marco uma vez, e aí marco duas"

- Taylor Swift, Look what you me do

─━━━「⊱✠⊰」━━━─

Horas antes do ocorrido.....

Em casa, Sofia verifica seus documentos com os negócios cumpridos e pendentes do mês. Ficar o dia todo sentada assinando e anotando dados é bastante cansativo mas fazia parte de sua vida como uma Falcone.

Depois de terminar, Sofia chama quatro servos de vez para se reunirem à sua mesa. O que é bastante comum de acontecer pois ela tinha muitos compromissos fora de casa e por isso era necessário tudo estiver em ordem em sua ausência. Porém, para os servos, isso é um momento assustador porque sabem que se houver falhas em seus afazeres, a patroa escolhe os seus destinos: demissão ou morte.

Todos os quatro servos faziam fila e o primeiro a ser chamado é Donald, encarregado de receber todas as correspondências da casa.

― Chegou bem na hora, Donald, pode vir.

O homem do pequeno bigode se aproxima da mesa e põe as cartas. Analisando cada uma e percebendo que todas estavam registradas de acordo com a data, Sofia olha para o servo com um sorriso.

― Muito bem, Donald, fez tudo certinho como imaginei.

A moça acaricia o queixo do rapaz, que fica um pouco assustado e sai do local. Em seguida, Rosália é a segunda a ir. Além de ser a comandante do grupo, ela tem a responsabilidade de arrumar a casa como também de preparar as coisas pessoais de Sofia.

Diferente dos outros, Rosália é a única que não tem medo de sua patroa pois cuida dela desde criança e muitas vezes, consegue se defender dos ataques e surtos.

Com um vestido vermelho em suas mãos, a serva expõe a peça a pedido de Sofia, que analisa com cuidado cada detalhe.

― Ela está muito bem lavada e passada, senhorita Falcone. Todas as moças trabalharam bastante nisso. ― Rosália fala seriamente.

Sabendo que nunca conseguiria intimidar a mulher loira, Sofia fixa seu olhar mortal para o dela.

― Não precisa me explicar, eu sei perfeitamente o que fazem. ― A morena alisa a roupa com seu dedo indicador e, ao mesmo tempo, sorri sem os dentes ― Está ótimo. Agora põe na minha cama.

Rosália obedece sua ordem e se retira para o quarto. Depois, Sofia chama Anthony para preparar a mesa pra refeição que viria a seguir.

Logo, o último servo a ser chamado é Luiz que, além de ser um de seus motoristas, faz suas refeições. Ele se aproxima com um prato de sopa de legumes e iria sair dali se Sofia não o chamasse.

― Luiz. ― A moça mexe o líquido com a colher, expondo seu desconforto. ― Que isso aqui?

Luiz engole seco ao perceber um pouco de raiva aparecer na voz de sua patroa.

― Olha, foi uma semana bem difícil então.....tive que usar as sobras.

Suspirando fundo para manter a calma, Sofia fuzila o olhar do cozinheiro.

― Escuta, Luiz, eu tô morrendo de fome e eu preciso muito de carne. Você sabe o que acontece comigo quando eu fico faminta, né?!

Quando ele ia falar, Sofia bate sua mão na mesa causando um estrondo.

― JÁ FAZ CINCO DIAS QUE SÓ COMO ESSAS SOBRAS E EU ESPERO QUE SE VOCÊ NÃO ARRANJAR COMIDA DE VERDADE, EU VOU..... ― A morena se levanta da mesa e é interrompida por Rosália, que avisa sobre a hora da festa que iria. ― Certo. Luiz, eu quero você se esforce na próxima vez porque sabe o que vai acontecer com sua vidinha, né?

Com uma arma apontada em seu queixo, Luiz concorda com receio. Assim, Sofia sorri e, em seguida, caminha até seu quarto para se arrumar.

Já pronta, Sofia é levada para a festa de um cliente que a devia há 2 semanas e sempre dava desculpa para pagar depois. Chegando na entrada, vê pessoas saindo do local e começa a estranhar que não haveria festa. Ao entender que foi enganada, o ódio nascia em suas entranhas e depois pega o telefone para chamar o motorista.

No ponto de espera, Sofia sente a presença de alguém que a observa. Imediatamente pega uma arma de sua bolsa, virando para trás e aponta o objeto.

― Tenha calma, querida. ― Escondido na escuridão, é possível reconhecer uma voz masculina.

― Quem é você?! E não sou sua querida. ― Sofia guarda a arma mas não tira seu olhar do desconhecido.

― Poxa.....mas a diversão está acontecendo agora. E você, minha querida, está nessa. ― Uma mão é estendida com uma pasta e Sofia pega. Ao se aproximar mais da luz do poste, a moça abre o arquivo que contém um papel escrito e, logo, começa a ler.

"Pσʂʂσ σƈυραɾ υɱα ʂαʅα συ αρҽɳαʂ υɱ ƈσɾαçãσ. Oυƚɾσʂ ρσԃҽɱ ɱҽ ƚҽɾ, ɱαʂ ɳãσ ρσʂʂσ ʂҽɾ ԃιʋιԃιԃσ.
O ϙυҽ ҽυ ʂσυ?"

Sofia se surpreende ao descobrir que era uma charada e vendo do outro lado da pasta, estavam fotos suas rabiscadas com caneta vermelha e todas elas possuíam o mesmo símbolo: a interrogação. ( ? )

― Grr, eu já sei quem é o responsável!

Não durou 5 minutos e Jared, o motorista, chega e para em sua frente. O homem recebe o mandato de sua chefe e a leva para seu destino.

Chegando lá, ela sai do carro já sacando sua arma e indo para uma enorme mansão protegida por guardas.

― Ei, moça, não pode entrar assim.... ― O segurança é interrompido com um soco em seu nariz e o outro é afastado com um empurrão.

Sofia chuta a porta com o pé e vai para a sala principal onde estava o casal Edward e Oswald com Martin. E esses se assustam com a barbaridade da mulher.

― Muito bem.....ONDE ELE ESTÁ?!

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𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐒 𝐋𝐈𝐊𝐄 𝐘𝐎𝐔 | Nygmafalcone Onde histórias criam vida. Descubra agora