𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐒 𝐋𝐈𝐊𝐄 𝐘𝐎𝐔 | Nygmafalcone

𝐗𝐈. 𝐀 𝐂𝐎𝐁𝐑𝐀𝐍𝐂𝐀

"É tão brutal esta opção
E irreal querer perdão
Você quem fez, você quem paga"

- Fluxos Opostos, Cobranças

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Em seus pensamentos, Sofia acredita que o assassino seja um de seus "clientes" que quer confrontar-la, assim matando pessoas que a conhecia. Esses clientes, na verdade, são líderes de grupos criminosos que pagavam à família Falcone em troca de proteção, para não serem presos ou acusados pela polícia. E quando um desses não cumpre o acordo, Sofia é quem vai atrás para exigir, usando seus métodos desagradáveis.

Depois de um tempinho pensando, Sofia resolveu ir atrás de cada um dos clientes "atrasados" para confirmar sua teoria. Ordena ao motorista Austin dirigir no local escolhido enquanto verifica os nomes dos cinco sujeitos.

Logo, se encontrou com os três primeiros em seus becos e fez o que tinha que ser feito. Sabendo que ela não é uma pessoa tranquila e compreensiva, os homens não se queixaram e pagavam de vez as suas dívidas para que ninguém se machucasse com armas inusitadas que a moça carregava consigo. Eram ferros quentes, chicotes, martelos, estacas, tudo o que é prejudicial para a pele.

O quarto da lista era Klaus Bachmann. De todos os caras, ele é o único a quem Sofia tem mais raiva. Pois ele sempre a enrolava todas semanas e dizia que iria pagar-la. Mas ela só não o matou de primeira pois Carmine tem uma boa relação com ele e a tiraria de Gotham se o desobedecesse.

― Pronto, senhorita, te esperarei antes do sol se pôr. ― Austin estaciona o carro em um terreno próximo ao bar de Klaus

― Não irei demorar, sou uma pessoa compromissada com o tempo.

A moça sai do veículo e caminha até o estabelecimento, onde bateu a porta e foi atendida rapidamente.

― Senhorita Falcone, não esperava sua presença. ― Assustado, um homem calvo e baixinho de olhos verdes a cumprimenta

― Onde está o seu chefe? Ele deveria estar sabendo. Argh, homens.

― Só um minuto que irei o chamar. Mas pode entrar, fique a vontade. ― Ele permite a passagem de Sofia ― Aceita alguma coisa? Bebida? Petisco?

― Só quero água. E traga o Klaus imediatamente, estou sem paciência para esperar.

O rapaz assente com a cabeça e sai.

Enquanto isso, Sofia olha ao redor e faz a maior cara de nojo o possível. Mesmo que trabalha rodeada de homens para servir-la mas nunca gostou de estar num ambiente em que os homens estão se divertindo. Para ela, eles são pensam em festas. E quando são casados, não valorizam a família. Sempre fez questão de dizer ao pai sobre o que pensa e esse a repreendia e a castigava diversas vezes.

Na mesma hora que seu copo de água foi entregue em sua mesa, o dono do bar aparece e caminha até a morena.

― Senhorita Falcone, mais que surpresa...

― Se for pra dar mais suas desculpas, pode esquecer porque hoje é sua última chance. ― Bebe um gole da água.

― Ah, senhorita, eu já imagino. Eu só queria dizer uma coisa em relação à isso. ― Klaus limpa o suor da testa com a manga de seu casaco.

― Ah não...não me diga que...

Enfurecida, Sofia pega a sua bolsa e retira dela uma pequena garrafa cheia e um isqueiro. Isso deixou Klaus confuso.

― Mas o que é isso?

― Isso, meu querido Klaus, é a consequência de sua irresponsabilidade e de sua ignorância sobre com quem está se metendo.

― Espera, vai incendiar meu local? Não pode, eu comprei isso tudo com meus 14 anos.

Sofia bate na mesa furiosamente.

― NÃO IMPORTA O QUÃO TRABALHOSO FOI LUCRAR COM ESSA PORCARIA AQUI! MAS SIM A SUA PARTE CUMPRIDA COMIGO E COM MINHA FAMÍLIA! OU VOCÊ ME PAGA AGORA OU EU QUEIMO TUDO ISSO AQUI!

Todos que escutaram a fala de Sofia ficaram apavorados e saíram correndo do estabelecimento, derrubando tudo. Até os garçons foram pisoteados.

― Bom, pela primeira vez os homens estão sendo inteligentes.

― Mas, senhorita, eu.....

― NÃO QUERO SABER SE VOCÊ GASTOU COM BEBIDA, REMÉDIO OU COM MULHERES! ME DÊ TUDO O QUE TIVER AÍ

― Senhorita.....

― CALA A BOCA!

― Eu já tô com o dinheiro. ― Klaus fala de uma forma calma após ter sido humilhado de diversas formas.

Aquela frase surpreendeu Sofia, que olhou torto para o homem.

― Sim, eu....vou pagar. Estive economizando uma parte durante todos esses dias e semanas para finalmente cumprir o que eu prometi. Me perdoa, senhorita.

Klaus chama o homem que atendeu a Sofia mais cedo e em suas mãos, carregava um saco grande. E, em seguida, ele entrega para Sofia, que abriu ligeiramente o objeto e sentiu as moedas em maior quantidade.

― Bem, não fez mais que a obrigação. Já estou me retirando pois irei cobrar de mais um idiota. Parabéns.

Klaus sorri eufórico e aperta na mão de Sofia com a intenção de cumprimentar-la.

― Muito obrigado, senhorita. Diz a seu pai que agradeço muito pelo o que ele fez por mim. E vocês são muito bem vindos aqui.

Com um sorriso forçado, a morena retribui a ação e sai do estabelecimento guardando o saco em sua bolsa.

Ao chegar no espaço, viu que o veículo não estava lá. Austin a avisaria se precisaria trocar o carro de lugar e por isso, Sofia pega seu celular para o telefonar. Porém, ele não atendeu nenhuma chamada.

Irritada, Sofia procura o contato de Luiz para chamar-lo e assim, ele a buscaria sem problemas. Mas havia algo que a incomoda naquele exato momento. Parecia que alguém a observava.

Olhou para os lados e não viu nada além de uma rua deserta. Porém sentiu uma mão tapar sua boca, assim abafando seu grito, e a outra segurando-a por trás. A última coisa que ela viu foi uma figura desconhecida pondo um saco em sua cabeça.

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• Saudades de ler um capítulo novo né, minha filha? Pois aqui está :)

• Consegui achar uma música ideal para o capítulo e realmente combinou muito kkkk

• Enfim, espero que tenham gostado. Até o próximo capítulo, bye bye!