Thoma sempre foi muito prestativo e seu maior sonho é ter uma casa própria para cuidar. Mesmo que tenha dinheiro para pagar por uma, não pode deixar a comissão e o reino, na qual o recebeu de braços abertos após sair de Mondstadt, e estar pensando num plano para se demitir.
Agora é hora da leitura de Ayato e o loiro achou uma ótima oportunidade para colocar seu plano em prática.
Estava caminhando na pequena estrada feita de seixos quase invisíveis, enquanto empurrava o carrinho com o chá e algumas sobremesas que será servida ao seu mestre.
Adentrou a cúpula de vidro feita de presente pelos feitos de Ayato na guerra dos três diamantistas. As flores eram cultivadas por Thoma e os de cabelos azulados não se importava, já que só ligava para os livros geopolíticos.
Parou ao lado do jovem mestre e começou a pôr as coisas em cima da mesa decorada pelo tecido verde-lima e de renda branca.
- Mestre - colocou o conjunto do chá, sendo o bule com uma arte de pétalas, assim como o pire e a xícara - Posso pedir algo? Se não for incomodo.
- Estou ouvindo - passou mais uma página do livro "Arte da Guerra".
- Bem... - as tortas de framboesa e maracujá foram distribuídas entre a borda e o meio da mesa - Faz muito tempo que vim pra cá em busca de um emprego e nunca tirei férias por ser uma distração.
Encheu a xícara com o chá de flores de leite e do deserto de Sumeru. Uma cor leitosa, com aroma adocicado, mas cheia de acidez.
- Se quiser - pegou a orelha da porcelana e balançou o líquido aos poucos - posso aumentar alguns dias.
Abriu um pouco os lábios, deixando o líquido quente escorrer pela garganta alva, ameaçando queimar o esôfago alheio.
- Na verdade - ficou ao lado do azulado e entrelaçou as mãos em frente ao corpo, com a cabeça baixa - Quero me demitir.
Quando levantou o rosto, pode ver o livro de capa avermelhada caído no chão e o lorde sujo de chá.
- Senhor Ayato! - puxou o lenço do bolso do casaco flanela vermelho vivido, se aproximou e tentou limpar a roupa manchada, mas o jovem apenas se levantou - Me desculpa!
- Quem foi?! - agora foi sua vez de se aproximar de Thoma.
- O quê? Do que está falando? - tentou não encostar no garoto por medo de sua cabeça ser cortada.
- Mya! Chame o investigador! Alguém está tentando roubar o Thoma de nossa comissão! - jogou a cabeça por cima dos ombros e voltou o olhar ao loiro - Thoma - passou os dedos pelas mechas sedosas do cabelo alheio - Me diga quanto eles querem te pagar - se esgueirou até o ouvido do mesmo - Pagarei 100 vezes o valor.
- Mestre - se afastou - Não sei o que estar pensando, mas nunca abandonaria o senhor por outro nobre - coçou a nuca - Apenas quero me demitir e viver pacificamente, enquanto viajo pelo mundo.
- Não gosta daqui? Alguém te caluniou? Me diga os nomes e terei o prazer de puni-los com devido resultado de te insultar.
Antes de responder Ayato, a empregada voltou avisando que o investigador se encontrava em seu escritório. O mesmo tirou o colete, ficando só com a camisa preta de mangas longas e jogou a peça acima do ombro.
Thoma tentou se virar para limpar a mesa e a mancha do chá na toalha, mas Ayato o puxou pela cintura e fez um sinal para uma das jovens cuidarem daquilo.
Depois de alguns minutos, já estavam na frente do escritório e um dos guardas abriu a porta de madeira carvalho, os permitindo adentrar ao cômodo.
- Então - o homem de cabelos avermelhados se virou - Qual o problema?
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How I Became the Emperor's Bride
FanfictionThoma era um empregado terrível, além de não saber fazer nada, foi morto pelo futuro imperador, Ayato Kamisato, e rezava para ter uma segunda chance. Então os deuses atenderam seu pedido, fazendo-o voltar há cinco anos antes de sua morte e decidira...