VI

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“Ele a trouxe para cá, para Keith!” Abaddon foi até a janela apontando para uma torre altíssima. “Vê?! Vê esta torre? A propriedade tem várias delas, mas esta era a maior! Foi aí que a srta. Linton foi trancafiada. Lá, um quarto pequeno, mas confortável. Com vários livros, os que ela mais gostava! Era como se fosse o seu quarto. Aterrorizada, gritou até ficar rouca. Com a esperança de que alguém a ouvisse, mas ninguém ouviu. Pela a manhã, a governanta entrou e a alimentou, era uma humana; vampiros têm o costume de mandar humanos como criados. Depois, Lilian foi confinada à solidão entre as refeições até a noite. Quando o vampiro chegou, ele praguejou, lamentou e disse que a amava muito.

‘Se me ama, pode me dizer seu nome?’ srta. Linton perguntou.

‘Tudo por você, querida. Meu nome é Edgar.’

Todas as noites, ele a visitava e se declarava mais uma vez, a cada dia mais sua obsessão aumentava. A jovem passou a sentir compaixão e pena pelo rapaz, sabia que se não se casasse com ele, o pobrezinho enlouqueceria. Sabendo sobre sua loucura, ele atearia fogo naquela torre, para que os dois morressem juntos como amantes, se fosse o caso de não poder tê-la.

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