Imagines - Horatio Caine (CSI Miami)

Você não precisa mais ter medo!

Capítulo abordando violência doméstica (que era um assunto até retratado em alguns episódios de CSI e inclusive eu cito um desses episódios, que é um da quarta temporada se não me engano.)
Ou seja se te acessa ou afeta de alguma maneira, não leia. Tentei ser o mais suave possível mas ainda assim não deixa de ser um tema delicado.

Sem mais delongas, vamos ao imagine:

S/N p.o.v

Eu renasci, fui mais que forte, eu fui resiliente. Por algum curto espaço de tempo eu achei que não conseguiria sobreviver mas eu sobrevivi...

Eu já me senti a escória, tive medo, andava insegura e a maior parte do tempo, eu estava machucada, machucada fisicamente, emocionalmente e mentalmente.
Eu me reergui e hoje eu tenho a vida dos meus sonhos, alguém que me ama e respeita, minha carreira profissional consolidada, bons amigos, uma vida boa mas para uma vida dos sonhos se manter é preciso esconder os pesadelos muito bem escondidos e isso eu faço muito bem.

Horatio e eu chegamos para mais um dia e de cara já temos dois assassinatos, uma mulher que morreu aparentemente num acidente de carro mas que trazia em seu porta mala o corpo de um homem morto.

-Isso tá estranho, a direção do carro nos indica que ela estava indo para o norte mas testemunhas dizem que a nossa desconhecida estava na direção sul. - Horatio se aproxima de onde estou e tenta entender o contexto da cena, até então não me aproximei do carro para poder dá uma olhada nos cadáveres.

-Ela poderia estar fugindo e com o acidente pode ter havido uma derrapagem. - Calço minhas luvas e me aproximo do carro e nada me prepara para a surpresa que eu tenho ao ver quem era vítima, ao me aproximar me deparo com uma das mulheres que participam do programa de proteção a mulheres que sofreram ou sofrem violência doméstica.

-S/N tudo bem? - Horatio se aproxima de mim e me questiona. - Você conhece ela? Ficou estranha de repente.

-Horatio eu preciso que você siga aqui e me dê uma hora e então conversamos, pode ser? - Vejo-o franzir a testa mas concorda, sigo até o meu carro e volto para o laboratório, levo uns vinte minutos e chego, quando estou quase entrando no laboratório sou parada por alguém que me chama.

-S/N! - Me viro e dou de cara com o meu ex marido. - Achou que ia se livrar assim de mim?
Eu demorei mas eu voltei, o seu pior pesadelo te encontrou novamente. - O choque inicial de rever meu ex logo passa e dá espaço para o medo, pode passar o tempo que for mas eu sempre serei a mesma mulher assustada e quebrada perto dele.

-O que você quer aqui? Me deixa em paz de uma vez por todas. - Olho nervosa em volta mas está tudo praticamente deserto. Quando eu penso em correr para dentro do laboratório, ele puxa o meu braço e se aproxima mais de mim.

-Eu te falei uma vez e vou falar de novo, você não tem como escapar de mim, você pode tentar mas eu sempre vou te achar. - Ele me aperta e o seu aperto começa a machucar.

-Chega, me deixa em paz por favor, eu mudei minha vida e você não pode voltar depois de tanto tempo com a intenção de me destruir novamente, esse seu amor é doentio e destrutivo. - Tento fazer com que ele me solte mas só o deixo mais nervoso, ele então me puxa pra ele e começa a me levar na direção do estacionamento. - Chega Túlio, me esqueça pois eu construi minha vida longe de você e hoje eu sou imensamente feliz com alguém que me ama de verdade.

-Ah sua vadia desgraçada, você me traiu e vai pagar por isso. - Ele começa a apertar meu pescoço e eu começo perder as esperanças que alguém me ajude, não há quase ninguém na rua e estamos entre os carros no estacionamento, eu tento me desvencilhar dele mas ele me puxa novamente e dá um tapa no meu rosto, caio no chão e ele vem com uma sequência de socos e chutes, já sem forças para tentar me defender, ele sobe em cima de mim e volta a apertar meu pescoço, me debato e tento bater e arranhar seus braços mas nada parece surtir efeito, a falta de ar começa a se fazer presente e é quando eu sinto ele ser arrancado de cima de mim, quando eu consigo me restabelecer eu percebo que quem o tirou de cima de mim foi o Horatio.