"Com a liberdade, livros, flores e a lua, quem poderia não ser feliz?"
Queridos leitores...Creio ser assim, que se inicia uma boa carta, certo?
Para muitos, esse universo presente do lado de cá parece ser loucura, mas de bom e louco cada um tem um...
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S/N Adams p.o.v
Eu sou uma advogada criminal. Sempre estive à frente das pessoas da minha idade; na escola, meus professores me consideravam uma aluna prodígio. Por isso, aos dezessete anos, ingressei na faculdade e, aos vinte e dois, me formei com mérito. Após seis meses, passei na prova da ordem e obtive minha carteirinha para advogar. Iniciei minha carreira e logo construí meu caminho de sucesso. Três anos após consolidar minha carreira, iniciei meu doutorado em DC - Washington. Dediquei quatro anos ao meu doutorado de PhD em Direito Penal e Criminal.
Ao retornar a Miami, meu escritório estava inundado de casos. Foi nesse momento que expandi meus escritórios e conheci Horatio Caine. Ele contratou meus serviços para defender a causa de um homem preso injustamente. Nos conhecemos, nos apaixonamos. Ele soube me conquistar e elevar minha autoestima e beleza intelectual como ninguém jamais soube fazer.
Iniciamos um verdadeiro conto de fadas. Ele me pediu em casamento seis meses após o início do nosso namoro, e eu aceitei. A minha vida, antes centrada nos meus escritórios e carreira, começava e terminava naquele homem. Eu desejava amá-lo e fazê-lo feliz, mas então o nosso conto de fadas chegou ao fim. Fui eu quem saiu destroçada desse relacionamento; o amor não foi gentil comigo e me destruiu por completo. Agora, tudo o que quero e preciso é que a justiça seja feita. Aqueles que causaram a desgraça na minha vida devem enfrentar, pelo menos, metade da dor que eu senti. Não me importo que chamem isso de vingança; para mim, é justiça prestes a ser feita.
Dezessete anos antes:
-O júri chegou a uma conclusão? - Escuto a voz do juiz e encaro o corpo de jurados.
Segundos parecem eternos; é o meu destino sendo definido aqui. Talvez este seja o fim de uma carreira gloriosa de mais de dez anos. O pior é que será um fim proveniente de algo que eu não fiz. Encaro Horatio, e ele está sério, incapaz de me encarar. Calleigh, Speedle e Eric estão logo atrás dele, como fiéis escudeiros, e Rebeca sorri vitoriosa, pronta para me tirar de cena, ansiosa por ter todos os holofotes e Horatio para ela.
-Sim, meritíssimo. - Uma das juradas responde séria, e meu coração acelera. - Diante das provas apresentadas pelo laboratório de criminalística e a acusação, chegamos à conclusão de que a ré, S/N Adams, é culpada pelo assassinato do professor Franco Martínez. - Sinto meu coração apertar, e tudo ao meu redor parece parar. Minha vida acabou por uma falsa acusação. Encaro o juiz com lágrimas nos olhos, as quais eu impeço de cair, recusando-me a chorar diante dos meus acusadores.
-Sendo assim, condeno a réu a vinte anos de reclusão por homicídio qualificado em regime fechado, sem chance de redução ou regime aberto. - Ele bate o martelo, afirmando minha condenação. - Declaro esta audiência encerrada. - Os policiais se aproximam de mim e me algemam.
-Vocês estão cometendo uma injustiça. - Digo, conformada, mas com ódio pulsando em cada poro. - Haverá um dia em que todos se arrependerão do que fizeram hoje, mas será tarde demais. - Encaro Horatio, mas ele é incapaz de enfrentar meu olhar.
