2 O Primeiro passo para a salvação

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Estava inquieta dentro da carruagem. Nunca havia andado em uma, estar fechada em uma caixa que balançava quase toda hora, me deixava ansiosa, isso e estar indo em direção a residência Gazer. Respirei fundo relaxando no assento. Pelo que me lembre, a ultima vez que Daphnne, Eu, falei com a personagem principal, foi quando éramos crianças e eu joguei chá quente em Leah. Isso me deixa ansiosa pensando no que eu vou falar. De repente a carruagem para.

-chegamos senhorita.

A porta se abre e vejo cabelos avermelhados de um cavaleiro de cabeça baixa.

-uh?

-vosso pai me pediu para a acompanhar até a residência Gazer já que a senhorita pode não estar totalmente recuperada de seu mal estar.

Ele era lindo e doce. Era uma pessoa que eu havia gostado, eu tinha a sensação que o conhecia a muitos anos, e que poderíamos nos dar muito bem um com o outro. Será que era um personagem do livro no qual eu gostava?. Mas havia uma coisa nele que me deixava extremamente desconfortável. Ele sempre tinha que andar com aquela espada na cintura? Respirei fundo e tentei descer da carruagem, segurei na mesma enquanto tentava descer com dificuldade por conta do vestido, esse vestido é realmente muito desconfortável e incomodo, e de repente eu estava caindo por pisar no vestido novamente, minhas mãos estavam no ar tentando segurar a porta desesperadamente enquanto meu corpo tombava para trás. Senti mãos fortes segurar firmemente meus pulsos e me puxa para frente, por um momento me senti flutuar no ar antes de meus pés alcançarem o chão. Quando percebi minha cabeça já estava em seu peito, eu estava abraçando sua cintura, quase que como se tivesse intenção de o agarrar, meu rosto reagiu antes da minha mente, ficando tão vermelho quanto um pimentão. Sei o que parecia, mas não poderia soltar o senhor cavaleiro agora, pois todos veriam meu rosto vermelho.

-Lady Daphnne, não é improprio abraçar desse jeito outro homem em frente ao seu noivo?

A voz do homem me fez soltar rapidamente o senhor cavaleiro, quase como se eu fosse uma ladra pega em flagrante. Droga, certamente pareceu que eu estava fazendo algo de errado. Olhei para o lado e vi o rosto dele, estava tão vermelho quanto o meu, quase sorri vendo-o envergonhado, foi quando ele se curvou rapidamente

-Duque Rykel.

Olhei rapidamente para frente vendo um homem mais velho de cabelos negros e com a aparência elegante, ao seu lado havia um jovem da minha idade mais ou menos, com cabelos negros macios e lisos, uma franja caia sob o olho esquerdo, mas ainda assim o violeta de seus olhos pareciam brilhar como luzes de neon. Um momento. Duque ? olhos violetas ? Duque Theron Rykel !

-D-Duque Rykel.

Me curvei demorando para levantar minha cabeça, não queria ter que olhar para ele, era assustador estar em sua presença, por sorte logo ele se foi sem me dirigir a palavra.

-Senhorita, devemos nos apressar.

Eu ouvia claramente as palavras do senhor cavaleiro, mas eu estava atordoada demais e meu rosto ainda estava vermelho, com certeza devia estar com um rosto estranho, o que só me fez ficar ainda mais nervosa e sem vontade alguma de levantar minha cabeça. Mas eu precisava já que queria sobreviver, e pra sobreviver eu tinha que ir em frente. Levantei meu rosto e andei como se tivessem puxado uma cordinha me fazendo andar como um brinquedo, nem sequer olhei para o rosto dele.

[ Na Carruagem do Duque ]

Meu semblante estava pensativo enquanto a carruagem se movimentava.

-Senhor Rykel?

-Ah, Desculpe, o que dizia Kallien ?

-o Jovem duque se sente bem?

Na verdade apenas escutava Kallien me chamando ao longe, como um eco fraco de uma caverna

 A Noiva é a vilã ?Onde histórias criam vida. Descubra agora