Casamento forçado (Kiaz/Robbyguel)- Concluído

Capítulo trinta e cinco

Com o último ano dos adolescentes mais velhos finalmente chegando ao fim, Robby e Miguel decidiram comemorar os poucos meses de casados viajando para o México com Hector pagando tudo os gastos de ambos. Robby aprendeu espanhol com o sensei, marido e professor particular de espanhol e estava se virando bem no país, mais precisamente eles estavam no estado de San Miguel de Allende, na cidade de Guanajuato.

Eles iam passar o mês lá e Robby estava amando o estado que foi fundado em 1542, com ruas estreitas de pedrinhas irregulares que conduzem para um cenário de casas pintadas em tom fortes de tijolo rosa e amarelo, jardins de Bouganvilles, ateliês e jardins secretos escondidos nas partes internas dos edifícios coloniais, e até uma incrível catedral neogótica por mais que Robby não tenha gostado muito dessa parte.

Lá também fica o museu de todo o estado onde é muito famoso usar a tão conhecida caveira mexicana como obras principais, também tem rota para a praia e uma fábrica têxtil desativada que hoje é ocupada por 50 galerias onde tem de tudo, dentre essas galerias tem obras de artistas contemporâneos, quinquilharias, jóias artesanais e outros tipos de artes.

E para completar, a 14 Km do Centro de San Miguel, rumo as montanhas esconde-se um lindo santuário Atotonilco que foi erguido em 1700 e hoje é cercado por um plácido vilarejo de casas do mesmo estilo que San Miguel, ou seja: Robby está no céu nesse momento, ele finamente achou o lugar perfeito, pena que ele não pode se mudar para lá pelo resto da vida dele, pois se tivesse chance se mudava fácil nem que para isso precisasse largar a família, amigos, marido, a vida toda nele no Valley.

Essa noite Miguel e Robby foram jantar num restaurante com comidas típicas do lugar, Robby se surpreendeu com o fato de que até a comida de lá o deixou encantado, mais encantado do que ele já estava. Ele com certeza vai voltar para lá quando ficar fluente em espanhol e iria sobreviver sozinho, nem que isso demore anos, mas vai acontecer.

Mas a maior surpresa deles foi quando eles sairam do restaurante e um menininho de 6/7 anos tentou roubar o celular do Keene, obviamente não conseguiu mas o coração de gelo do Robby não aguentou quando viu que o garotinho de cabelos loiros claros bagunçados e olhos verdes escuros usava roupas velhas e rasgadas e era muito magro, o que fez Robby pensar se esse garoto tem pais e sem tem onde eles estão e como tem coragem de deixar o garoto nesse estado?!

Ninguém em sã consciência levaria alguém que tentou o roubar para casa mas Robby acabou levando o garoto para o apartamento que ele e Miguel estão passando o mês, alimentaram o garoto que descobriram se chamar Juan, de início Robby achou que o nome dele é Ruan mas daí Miguel o explicou que na pronuncia em espanhol o "j" fica com som de "r" mas ele também explicou que essa regra vale mais do para nomes de pessoas e não para outros casos, isso depende muito da palavra a ser pronunciada. E também o deixaram dormir em paz por essa noite usando uma camiseta de Miguel que ficou nos pés dele de tão grande, mas pelo menos ia o deixar quentinho e confortável.

[...]

De manhã, Robby com ajuda de Miguel fazia algumas perguntas ao garoto para tentar descobrir um pouco mais sobre eles, tem certas frases em espanhol que Juan respondia e Robby não entendia nada, Miguel traduzia para ele e também perguntava certas frases ao loiro.

Após uma secção de perguntas descobriram que ele tem mesmo 7 anos e seus pais morreram num acidente de carro quando ele tinha 6 anos e ele fugiu do orfanato porquê os adultos faziam mal para ele quando ele estava lá e já faz uns 4 meses que ele morava na rua.

Não precisava nem falar que na hora que Robby ouviu isso tudo e olhou com cara de "quero adotar ele!" e se Miguel falasse que também não pensou nisso iria mentir, mas a adoção é um processo complicado que pode levar meses para dar certo, por sorte para os Salazar não à regras, Miguel ligou para o pai e explicou tudo e pediu ajuda do pai para agilizar isso.

O processo de adoção do garoto demorou duas semanas e durante essas duas semanas, Hector conseguiu o privilégio do garoto passar essas duas semanas com o filho e o genro para ele se acostumar com os dois e agora Juan é oficialmente filho deles.

Para início foi estranho para o garoto se acostumar com o fato de dois homens serem casados porquê desde que ele aprendeu a falar e ter certas funções cognitivas sempre foi ensinado pelo pais e adultos ao redor dele que o certo é só homem e mulher e o resto é errado, mas se acostumou com isso e agora tem dois pais atenciosos que realmente cuidam e se importam com ele.

Infelizmente o mês de férias deles tinha acabado e agora era hora de voltar para o Valley, Robby só tem um medo nesse momento, do garoto não se acostumar com San Fernando Valley mas eles iam se esforçar para fazer o garoto não se sentir estranho lá. Mas para isso o menino precisa aprender inglês antes, por sorte nessas 3 semanas o garoto já aprendeu o suficiente para se comunicar e o resto Robby e Miguel vão o ensinar, nenhum dos dois pretende fazer faculdade mesmo (eles já estavam planejando isso há tempos pois queriam trabalhar e não ir direto para a faculdade) e agora Robby pretende dedicar o tempo com o filho e Miguel está trabalhando com o pai.

Seus amigos quando descobriram sobre o garoto, queriam muito o conhecer, mas os dois aconselharam que eles esperassem um pouco até ele saber se comunicar bem sozinho, sem Miguel precisar refletir a pergunta em espanhol para o filho.

[...]

Quase 2 meses se passaram desde os últimos acontecimentos, Juan já estava se dando bem no inglês e já estava até querendo começar a escola, Miguel achou isso ótimo, já Robby estava dando uma de pai protetor e estava inseguro sobre isso e estava no processo de que isso era melhor para o garoto, mesmo Robby falando que não estava na hora dele ir para a escola, quando Robby colocava algo na cabeça era um sacrifício para fazer ele mudar de idéia, por sorte Miguel com muito esforço conseguiu convencer o marido que essa é a melhor opção do que esperar 1 ano igual Robby planejava para colocar o garoto numa escola.

O garoto conseguiu fazer uma amizade com Brandon, Anthony e Kenny, principalmente com Brandon que é o único que está quase igual na faixa etária de idade dele, ele ainda não consegue entender muito bem certos assuntos que os dois mais velhos falam.

O novo membro da família Keene Salazar tem um relacionamento diferente com cada um dos amigos e familiares de seus pais.

Com Johnny e Shannon ele prefere não falar e nem ver muito, isso se dá pelo fato de que uma vez ou outra quando ele está sem sono escuta algumas conversas dos pais, mais precisamente conversas de Robby ao Miguel sobre Johnny e Shannon e o pouco que escutou já pegou ranço dos dois.

Hector é o avô preferido dele por ser um avô atencioso que ama mimar o neto e ele gosta de relembrar um pouco de sua cidade natal por Hector já ter morado onde ele morava. Ele nunca conheceu Carmen e Rosa mas o pouco que Miguel falou delas para o filho ele as acha legal.

Ele é muito apegado ao Shawn, Tory, Demetri e Moon, apegado ao ponto de não querer ficar longe deles quando os 4 vão os visitar. Ele gosta da Sam, mas não é apegado a ela, mas em compensação ele também gosta de Daniel e Amanda, mas não é apegado a eles. Hawk é o único que ele não gosta e nem é apegado, ele só liga o foda-se para Hawk e ainda tem a ousadia de revirar os olhos quando Hawk fala e até até bate nele quando o mesmo solta um comentário que o irrita que é "A cada dia que passa ele vira um mini Robby" o que não é mentira pois Robby também revira os olhos e tem vontade de bater naquela cacatua quando ele solta esse comentário ridículo.

Mas enfim, isso são problemas que podem ser resolvidos futuramente, o mais importante é que agora Robby se sentia tão feliz com a vida que tinha que não largaria ela tão cedo.