Christopher Uckermann
França - Paris / 06:15 da Manhã.
Sinto a nicotina entrando em meus pulmões ao mesmo tempo que o vento do início daquela manhã de primavera invade minha pele. Mas o arrepio não veio. A temperatura estava armênia, ainda era o início de março, início da primavera, início do ano, início de tudo... mais uma vez. Já estava em Paris a muito mais tempo que pretendia, muito mais que o planejado. Mas os negócios foram melhores que o esperado ocupando muitos dias. Jeffrey ficaria feliz. Ah, sim. Como ficaria.
Ele era um ótimo amigo.
De fato era.
Encarando da sacada do meu quarto a voluptuosa e imponente Torre Eiffel lembro de tudo o que aconteceu e o que fiz para chegar exatamente aonde estou. Paris para muitos era cidade do amor, da luz, dos amantes e dos apaixonados, mas para mim, ela significava algo muito maior e sublime. Poder. Essa era a palavra. Um poder inabalável e sem chance de dúvidas grandioso. Não consigo conter uma risada sem humor. Uma risada fria e sarcástica na qual faz parte de mim há muitos anos.
Trago o cigarro e solto mais uma vez antes de apaga-lo e joga-lo num dos vasos com orquídeas da sacada, fito por alguns segundos a Torre Eiffel, daqui a algumas horas alguns turistas e casais idiotas estariam pelo gramado vivendo o momento que para muitos era de um sonho sendo realizado. Iam tirar fotos postando em suas redes sociais para que terceiros fiquem felizes com suas experiências novas ou até mesmo com inveja, a maioria seriam as típicas fotos de casais se beijando em frente a torre, criando lembranças e momentos que eles juram ser eternos, enquanto na verdade não passa de tolices.
Soltei um longo suspiro entendiado imaginando com detalhes as cenas que ocorreria daqui algumas pouquíssimas horas. Viro de costas para a torre e volto para dentro do quarto, em direção da mesa com bebidas, uma garrafa de whisky vazia, e mesmo assim, não tinha ficado bêbado. O álcool já fazia parte do meu DNA há anos e sinceramente duvidava que conseguiria algum dia ficar bêbado. Não como antes pelo menos.
Peguei o copo com a última dose do whisky e viro tudo, sem fechar os olhos ou fazer careta. O forte cheiro e gosto nem ao menos chegava a fazer cócegas enquanto descia pela minha garganta. Era como água para mim. Ouço um suspiro leve vindo da cama, meus olhos automaticamente vão em direção das três mulheres nuas adormecidas, as roupas espalhadas pelo chão e as incontáveis embalagens de camisinhas deixava claro o quanto me diverti a noite inteira. Presentes. Elas foram verdadeiros presentes para mim.
Deixei o copo de volta a mesa e vou atrás da minha mala em algum lugar do quarto. Assim que acho próximo do sofá, separo minha roupa e vou para uma ducha rápida, sem muito o que prolongar, me arrumo no banheiro, depois de colocar o relógio no pulso e passar perfume, me encaro no enorme espelho. Aparentava cansaço e estava cansado.
Fazia muitos anos que não sabia o que era dormir bem. Horas de sono. O máximo que conseguia dormir era de três a quatro horas. E o mínimo que uma pessoa precisa era de oito horas seguidas. Mas confesso, graças a essas horas faltando, minha conta bancária aumentava cada vez mais junto com os gominhos definidos do meu abdômen.
Voltei para o quarto e arrumei o resto das minhas coisas na mala, depois de tudo pronto, me aproximei da cômoda ao lado da cama pegando meu celular e olhando as três mulheres adormecidas, apesar de não precisar pagar já que foram presentes para mim, a pessoa que me enviou já as pagou, não pude deixar de abrir a carteira e deixar uma generosa cortesia para as três.
Fui muito generoso nas notas na cômoda. As três conseguiram me satisfazer muito bem.
A noite inteira.
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Love Is Love
RomanceSinopse Arrogante, Egoísta, Frio, Ambicioso e Mulherengo são apenas alguns dos adjetivos junto com a generosa conta bancária que fazem de Christopher Uckermann um dos homens mais influentes e famosos do país. Com quase trinta anos e com a vida extre...