Capítulo - 007.

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Dulce Maria


Alguns dias depois...



Angel já tinha se mudado para minha casa, fizemos algumas compras necessárias de casa no shopping e também algumas roupas, ela estava adorando morar comigo, mesmo nós poucos dias que se passaram e claro, eu também estava feliz de morar com ela. Como ela era médica, não passava muito tempo em casa, já eu, como trabalhava e estudava tudo pela internet, não saia de casa para quase nada.

Amanhã era sábado.

O jantar do reencontro.

Quando recebi o convite, confesso que não fiquei nervosa, contudo, agora que falta poucas horas para o jantar, comecei a ficar nervosa. Afinal, são dez anos que não nós víamos. E se ninguém gostasse mas de mim? E se me tratassem mal? E se ninguém quisesse minha presença naquela noite?

Eram tantas perguntas e minha ansiedade estava começando atacar. Respirei fundo fechando o notebook terminando de trabalhar e encarei a vista pela janela, estava na mesa da sala de jantar. Olhei as horas no meu celular e me surpreendi que já passava das quatro da tarde. Fiquei tão envolvida trabalhando assim que acordei, que esqueci de tomar o café e almoçar.

Por extinto levei minhas mãos até a barriga.

Se Angel soubesse, ela ia querer me matar.

Soltei um sorrisinho.

Ela realmente deveria está muito ocupada, porque hoje ela não ligou e nem mandou nenhuma mensagem me lembrando de comer "adequadamente". Meu celular tocou, o nome "Mãe" apareceu na tela, por alguns segundos hesitei em atender, mas resolvi atenda-la de uma vez. Afinal, desde que cheguei no país, não falo com ela.

— Oii... Mãe. - murmurei.

— Finalmente! - a voz dela estava séria — Se não fosse Angelique, não saberia se minha única filha estava viva.

— Quanto drama. Estive muito ocupada.

— Tão ocupada que não pôde nem atender sua própria mãe? Quanta mentira...

— Não é mentira. Realmente estava muito ocupada. E eu soube que Mariza morreu. - soltei um suspiro triste — Você sabia, não é? Por quê não me contou? Por quê deixou que eu soubesse assim? - falei magoada.

— Desculpa filha. Não quis magoa-la, não queria destruir o pouco de felicidade que você tinha, Mariza me ligou alguns dias antes de...partir. Ela me fez prometer que não ia falar nada para você, ela não queria que você sofresse ou chorasse por ela, você conhecia sua madrinha, não? Os médicos já não podiam fazer mas nada, ela se foi sem dor e sem sofrimento. Ela se foi dormindo.

Meus olhos encheram de lágrimas.

— Mesmo assim, eu tinha o direito de saber mãe. Queria ao menos ter me despedido dela. Tiraram esse direito de mim. - as lágrimas começaram a descer.

— Mariza fez um vídeo se despedindo de você, ela me pediu para enviar quando você soubesse de tudo. Que ela não estava mais aqui, vou mandar para você. Só por favor, não fique com raiva de mim por ter escondido isso. Mesmo não concordando com ela sobre isso, fiz o último pedido da minha amiga de infância.

— Vou está aguardando. Preciso desligar. - não esperei resposta e desliguei a chamada.

Alguns segundos depois, minha mãe enviou o vídeo, peguei meu celular e respirando fundo dei o play no vídeo.






Christopher Uckemann


22:00


Cheguei no meu apartamento depois de sair mais uma vez do hotel. O dia passou rápido, Lauren e eu ficamos o dia inteiro trancados na minha sala lendo e relendo documentos japoneses, ela traduzia tudo para mim. As 18:00 sai do trabalho e fui para o quarto do hotel com mais uma maleta, era a última. Taylor esperava tudo acabar no hall do hotel. Enquanto o elevador subia diretamente para minha cobertura, minha mente voo para meia hora atrás. Pouquíssimos minutos atrás.



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