Anahí HerreraEstava na sala assistindo um desenho com as crianças. Azul e Alonso dividiam o mesmo balde de pipoca e Pietro comia um balde sozinho. Daqui alguns minutos Alfonso chegaria. E então, todos íamos jantar juntos em família.
Zoraida e Karla tinham saído mais cedo do trabalho para viajarem até Cozumel, iam passar a semana lá. As duas iam comemorar o aniversário de casamento na praia. Já tem alguns anos que elas casaram, mas ainda não tinha me acostumado com as duas juntas.
O que só prova o quanto o "ódio" as vezes pode ser no fundo amor.
Na adolescência, em nossa turminha, Zoraida namorava Eddy e Karla namorava um outro colega nosso. E as duas se "odiavam", era até irritante quando saíamos ou fazíamos algum trabalho quando as duas estavam juntas. Brigavam e discutiam por tudo.
O tempo inteiro.
Formos para a faculdade e Eddy terminou com Zoraida, foi para Havard e ela fez faculdade aqui, comigo, Poncho e Karla. O namorado de Karla trocou ela por uma outra. Ainda na faculdade, mas agora solteiras, as duas continuavam discutindo, foi quando Poncho algemou as duas num final de semana que formos para a praia de um colega de faculdade. As duas passaram o final de semana inteira algemadas. Fizeram tudo algemadas, até que quando foi na hora de irmos para casa e Poncho foi tirar as algemas, elas já não discutiam.
Respiramos aliviados.
Disseram que estavam tentando ser amigas. O tempo passou e as duas não se desgrudavam. Comecei a desconfiar quando uma lançava olhares diferentes para a outra. E quando numa festa do
Campus, peguei as duas de amassos, fiquei de boca aberta.O pavor delas foi engraçado.
Com o tempo me acostumei que minhas duas amigas se amavam. Só achava estranho o "ódio" que as duas sentiam pela outra durante anos. Era um belo casal. Poncho e eu formos testemunhas do casamento delas. E não via a hora delas terem um bebê.
Só faltava isso.
Sorri.
A porta se abriu e meu marido, vossa excelência entrou na sala jogando o terno no primeiro sofá. E a pasta preta em outro sofá. Ele sorriu ao olhar em nossa direção. As crianças ainda não tinha percebido a presença dele.
— Ninguém vai me dar um beijo? - se aproximou fingindo uma seriedade que não existia quando estava com nossa família.
— PAPAI - Pietro gritou largando o balde de pipoca e correndo para os braços do pai que o pegou no colo - Como senti sua falta papai. - sorriu.
— Papai. - Azul sorriu e levantou junto com o irmão indo em direção ao pai.
— Demorou hoje pai. - Alonso reclamou.
— Desculpe filho. - mesmo com Pietro no colo, abraçou e se inclinou para beijar nossos gêmeos — A audiência demorou muito mais que o previsto.
— Quantos anos? - não consegui me conter ainda jogada no sofá. Alfonso me encarou e balançou a cabeça a cabeça. — Vinte..? - chutei.
— Vinte e seis. - respondeu. — Não tive como aumentar mais. A promotoria ficou em cima. E...
— Aiii não pai - Azul cruzou os braços - Papo de tribunal não. - reclamou.
Alfonso e eu rimos.
— Ok princesa. - deixou Pietro ao chão — Verifiquem se Rosa já terminou o jantar, só vou tomar um banho. - fitou as vasilhas de pipoca — Comendo besteira antes de jantar? Any? - me olhou esperando uma explicação.
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Love Is Love
RomansSinopse Arrogante, Egoísta, Frio, Ambicioso e Mulherengo são apenas alguns dos adjetivos junto com a generosa conta bancária que fazem de Christopher Uckermann um dos homens mais influentes e famosos do país. Com quase trinta anos e com a vida extre...