Capitulo Quatro: Domingo

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Como eu já lhes disse foi a partir de um domingo que eu entrei na vida daqueles dois, eu os encontrei as 09h45min, mas ambos acordaram bem mais cedo, para ficar mais fácil de entender chamei dois amigos meus que estavam com eles dês de quando eles acordaram.

"- Pooh Amor, eu não quero contar nada cara, conta você eu acabei de te contar tudo que eu sabia"

"– Deixe de ser chata Dor, conta logo como Isabelle te chamou"

"- Aff, ok eu conto."                                

                A primeira coisa que Isabelle sentiu quando acordou naquela manha de domingo foi minha presença, acordamos juntos, com um grito vindo da cozinha. Ainda com sono e assustados corremos pelas escadas abaixo seguindo os gritos.

- Teatro? É isso que minha filha quer fazer? Isso é coisa de mulher da vida, de promiscua, minha filha nunca vai fazer isto, não enquanto eu estiver vivo.

- Você não pode escolher o destino dela – respondeu chorando uma senhora que deduzo ser a mãe de Isabelle – ela tem a vida dela, as escolhas dela.

- Não ela não tem, eu vou subir para falar com ela, quero ver aquela degenerada dizer isto na minha frente.

                  Eu e Isabelle estávamos invisíveis ali, atrás da porta, ouvindo tudo, ah infelizmente eu não leio mentes como o Amor, mas nem era preciso ter tal dom, nos olhos dela eu percebi por isto eu estava ali, e então Isabelle também notou que eu estava ali, com ela, a pequena chorou baixinho, ela me sentia, ela sentia a dor, eu não gosto de provocar agonia em quem me chama, mas é meu legado, minha sina, meu dever eu não tenho culpa.

                Confesso que não sei o que houve com os pais dela, a gente saiu de la correndo, ela subiu para o quarto, vestiu uma calça Jens surrada a primeira que viu uma blusa qualquer se abaixou e calçou o primeiro calçado que ela vira uma sapatilha rosa com um laçinho dourado encima no bolso da blusa ela sentiu que carregava os fones de ouvido só puxou o celular do carregador e correu, saímos da casa pela porta da frente, os fones já ligados não me deixaram ouvir nada vindo da cozinha, e la fora aquele vento frio de uma manha de domingo sem sol, apenas grandes nuvens do que poderia ser mais tarde uma grande tempestade, uma manha fria, uma garota sem destino, sentindo uma das piores coisas do mundo, a dor. Eu não sei para onde ela queria ir, já disse não leio mentes, só sei que corremos sem paradeiro até onde eu a acompanhei, só havia lagrimas no inocente rosto de Isabelle.

"- Meu, tu contou o fato melhor do que eu faria parceirinha"

"- Me erra Amor, continua tua história ae, fui."

"- Até amiga, espero que demore para nosso próximo reencontro, sabe como é né, nada pessoal só que todas as vezes que nos vemos alguém se fode"

"- É isso é verdade, bay e fui."

              Os caminhos já estavam sendo traçados, faltava pouco para eu me encontrar com os dois.

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