Assim que perceberam que o local iria terminar de cair, tentaram rapidamente sair, até pensaram que não iria dar tempo, mas conseguiram sair segundos antes de tudo ir abaixo, e ficar totalmente impossível de entrar de novo.
Todos olharam para o que havia restado do hipermercado, respiraram fundo aliviados, passado o susto, Sofia disse:
—Essa foi por muito pouco.
—Todos estão bem? -Perguntou Leandro
Todos confirmaram, e então Marcos perguntou:
—Eai Luiz, seu grupo conseguiu muita coisa?
—Até que sim, mas não conseguimos nenhum antibiótico, e o seu grupo?
—Conseguimos muita coisa também, acho melhor a gente ir.
Eles foram andando para ir onde estavam Daniel e Nicolle, pois haviam combinado, que quando saíssem, eles iriam até onde eles estavam, e nesse tempo os dois os dariam cobertura, para depois seguirem todos juntos de volta ao acampamento.
Enquanto eles iam andando Cleiton comentou:
—Acreditam que nesse hipermercado, eu achei até uma boia em formato de celular na prateleira, mas não achei meu pai.
—Cleitin, não me faz rir de uns negócios desse não cara. -Respondeu Eduardo rindo.
Marcos ao lado de Bryan, comentou com ele:
—Cleitin é um cara que todo mundo do quartel gosta, ele sempre faz a alegria de todos, é um cara muito gente boa.
Lohan respondeu:
—Gente boa, ao contrário do Harrysson.
—Ei Lohan, não acho que isso é algo bom de se dizer... afinal não é difícil ser mais legal que o Harrysson. -Disse Sofia
—Verdade, até uma pedra é melhor que o Harrysson. -Respondeu Eduardo.
—Gente, o que tem esse cara, para vocês não gostarem dele? -perguntou Luiz
—Então Luiz, o problema é que o Harrysson...
Ia Falando Leandro quando de repente.
*TIROS*
—SE ABRIGUEM E ATIREM. -gritou Marcos
Eles correram para tentar se abrigar, e também começaram a atirar, em pouco tempo tinham vários terroristas, e se iniciou um grande tiroteio, o grupo estava bem separado, vários terroristas começaram a cair, os sobreviventes estavam conseguindo revidar, Daniel e Nicolle de longe conseguiam atingir muitos, Bryan realmente tinha uma ótima mira, e Luan igualmente, assim como Luiz e os militares. Podiam sentir as balas passando raspando, e seus corações a mil.
Os disparos estavam diminuindo à medida que os terroristas eram atingidos, em certo momento Bryan escutou um disparo vindo de trás dele, em seguida um peso nas costas e logo após outros dois disparos, quando ele se virou, se deparou com Leandro sangrando em cima dele, Lohan e um terrorista caídos logo atrás.
Enquanto isso Luiz que estava um pouco separado, tentava atingir outro terrorista que atirava na direção dele, em certo momento, o terrorista correu em direção dele, antes que Luiz notasse, estava prestes a ser baleado, mas no momento, Sofia se jogou, levando o tiro no lugar dele, no mesmo momento Luiz iria apertar o gatilho, mas antes que pudesse, outros disparos atingiram o terrorista, Luiz sem saber de onde tinham vindo os tiros que acabaram de o salvar, olhou rapidamente para o lado, e viu dois terroristas apontando para aquele lugar, tinham sido eles que o salvou, assim que perceberam que foram notados, fugiram se escondendo em meio aos escombros, a única coisa diferente que Luiz conseguiu notar neles, foi que cada um deles tinha uma correntinha de prata com pingentes iguais, presas nos cintos deles.
E então todos os terroristas que os atacaram já haviam sido abatidos, Luiz foi tentar socorrer Sofia, mas ela já havia morrido, era uma situação complicada, mas não era hora de lamentar, ele precisava ver se mais alguém tinha sido baleado, ele correu procurando os outros, encontrou com Eduardo, Cleiton e Luan, em seguida achou Marcos, e eles então acharam o local em que Bryan, Leandro e Lohan estavam.
Leandro estava com o ombro sangrando, ele e Bryan estavam ao lado de Lohan, correram para lá, ele ainda estava vivo, Luiz foi tentar ajudar, mas Lohan disse:
—Esquece Luiz, eu sei que o fim da linha chegou para mim.
—Cala a boca, me deixa ver isso primeiro antes de falar bobage... -Dizia Luiz, enquanto abria a jaqueta e cortava a camisa de Lohan, até que quando pode ver o estrago, olhou e parou de falar-
—Tá vendo, pela sua cara eu estou certo.
—Me desculpe, eu sozinho, sem grandes recursos, não posso fazer nada com um ferimento tão grave.
—Tá tudo bem, não precisa se desculpar, estou feliz por ter conseguido salvar meus companheiros, sempre vivi minha vida tentando não ter arrependimentos, mas me restou um arrependimento, não poder ver meu irmãozinho pela última vez, queria ter dito que o amava antes de sair de casa, espero que ele fique bem.
Logo em seguida ele parou de responder, e se foi.
Antes de poderem começar a se lamentar, Luiz notou Leandro sangrando e foi ajudá-lo, tirou a jaqueta dele e cortou uma parte da camiseta, vendo que ele havia sido baleado no ombro, Luiz então, pegou algumas coisas na mochila e foi fazendo curativo rápido e simples, para poderem sair dali o mais rápido possível, e ver melhor o ferimento quando estivessem no acampamento.
Enquanto Luiz fazia o curativo, Eduardo olhou em volta desesperado e perguntou:
—Ei cadê a Sofia?
Luiz olhou com um olhar muito triste, fechou os olhos, e balançou a cabeça.
—Ei, não me diz que ela... assim como o Lohan... também... não, não pode ser.
Cleiton o abraçou e disse:
—Sinto muito.
Luiz terminou o curativo, eles se levantaram, pegaram os corpos de Lohan e Sofia, e foram até onde Daniel e Nicolle estavam, chegaram lá sem dizer nada, Nicolle olhou para baixo chorando e ajoelhou no chão, e Daniel olhou para o grupo e com lágrimas nos olhos disse:
—Então eles?! Que droga, desculpa pessoal, desculpa Edu, desculpa tenente, se eu tivesse notado eles chegando antes, mas eles vieram tão sorrateiros, que eu e a Nicolle não conseguimo... não cons... não... não... -Daniel também se ajoelhou no chão-
Marcos sem dizer nada ajoelhou, colocou as mãos nos ombros de Daniel e Nicolle, os dois olharam, e o grupo olhava de volta calados, porém com um olhar que dizia "não se culpem, não foi culpa de vocês", eles entenderam na hora a mensagem, se levantaram e recolheram suas armas.
Todos eles voltaram em absoluto silêncio para o acampamento, nenhuma palavra, nenhum comentário da Nicolle sobre ficção científica, nenhuma piada do Cleiton, nada, apenas o barulho de seus próprios passos.
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Apenas uma esperança 1 (DEGUSTAÇÃO)
General FictionCinco adolescentes querendo novas experiencias vão fazer intercambio em um pequeno país chamado Ganaribi. Em uma noite o país é completamente destruído, deixando o mundo em pânico sem saber o que aconteceu. Militares enviados para ajudar são atacado...