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Depois da hora do almoço, Jennie obrigou Jisoo ir com ela até o departamento de imigração. A loira mal se aguentava em pé de tanto nervoso que passou naquela manhã. Por causa disso, nem conseguiu desfrutar de seus bolinhos em seu tempo livre, pois sua cabeça fervilhava com a possibilidade de se casar com a mulher que destruía sua vida só por ser sua chefe.

Não ter apetite era uma coisa muito rara para a assistente. As vezes que isso aconteceu foi algo relacionado a suas emoções, já que tinha certa dificuldade de lidar com elas. E ser arrastada para uma mentira que poderia por em jogo sua liberdade, sua reputação e sua carreira, era algo que ela não estava conseguindo lidar de nenhuma maneira.

Ainda que estivesse tentando manter a calma, sentia suas mãos suando, sua garganta seca e uma de suas pálpebras tremerem. Jennie a havia levado a um nível tão alto de estresse com aquela história, que sentia que a qualquer momento iria desmaiar. O que, se pensasse bem, não seria uma má ideia. Se desmaiasse, iria parar no hospital e, quem sabe assim, a morena não tirasse da cabeça essa ideia ridícula? Se bem que, se tratando de Jennie , ela era capaz de levar um juiz de paz em seu leito de hospital só para se casarem.

Olhando pela janela do carro que as levaria ao departamento, a loira estava pensando seriamente em abrir a porta para se jogar no meio da avenida. Ao raciocinar direito e perceber que poderia ser machucar feio com aquele ato, Jisoo deixou um suspiro exausto e pesado escapar por seus lábios. Ela sabia que estava muito ferrada. Estava ferrada de uma maneira que só Jennie conseguiria a ferrar. Além de bruxa é sem noção, pensava sem parar — pena que as palavras não ficaram só em sua mente.

— Eu ouvi isso, Jisoo — Jennie falou em seu melhor tom de seriedade enquanto olhava para a tela de seu celular.

— Que bom.

— Qual é o seu problema? — colocou o seu celular em seu colo fitando a loira que continuava virada para janela. — A ideia de casar comigo é tão ruim assim?

— É bem ruim — Jisoo a encarou sacudindo a cabeça em afirmativa. — Por que foi fazer isso logo comigo? Vários funcionários naquela editora, e você faz isso comigo. Você não tem... sei lá... uma amiga ou amigo para entrar nessa roubada com você? Por que logo eu?

As duas se olharam nos olhos por alguns instantes. Jisoo queria realmente saber porque ela foi o bilhete premiado para fazer parte daquele ato criminoso, mas para Jennie, ela não precisava dar nenhuma satisfação.

— Anda logo — levou as mãos até a trava do carro para abrir a porta. — Quero resolver isso rápido.

— Aarrrrg! — Jisoo olhou para o teto do veículo questionando aos céus o porque havia recebido aquele castigo. — Eu preciso de respostas, Jennie — desceu rapidamente e começou a segui-la para dentro do prédio. — Se quer que eu compactue com isso, eu preciso saber o porquê.

Já irritada com aqueles inúmeros questionamentos vindos da loira, Jennie parou para a encarar. Jisoo soube naquele momento que não teria a resposta que queria antes mesmo da editora abrir a boca para respondê-la.

— Porque sim — respondeu com arrogância antes de voltar a caminhar.

O curto trajeto até o quinto andar do prédio foi feito em silêncio. A assistente continuava suspirando e resmungando consigo mesma enquanto Jennie revirava os olhos quando conseguia entender alguma palavra.

Assim que desceram no andar, havia uma fila consideravelmente grande de pessoas. Como já estava acostumada que para quase tudo na vida precisaria enfrentar uma fila, Jisoo parou atrás de um senhor. Mas, quando olhou para o lado, percebeu que Jennie  não estava ali. A procurando em volta, a visualizou indo diretamente ao balcão de atendimento.

A Proposta - JensooOnde histórias criam vida. Descubra agora