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Depois da brincadeira, um silêncio invadiu o quarto, cada uma se perdeu dentro de si por causa de seus próprios comentários.

— Acho que quando eu voltar para Seul, vou espalhar pela empresa que a toda poderosa editora chefe adora um cafuné de manhã — Jisoo começou dizendo com seriedade. — Vou dizer que ela fica toda manhosa e que nem parece que é capaz de acabar com a vida de alguém só com o olhar.

— Você não se atreva, Jisoo — Jennie a olhou com os olhos semicerrados.

— Vou falar que tive que ficar segurando na mão dela para ela andar de barco, pois estava tremendo de medo — continuou com seu devaneio.

— Jisoo...

— Vou dizer também que eu acabei com a pose dela de durona — usando um pouco mais de força que usou das outras vezes, Jennie empurrou Jisoo e isso a fez deslizar pelo colchão caindo no chão. A gargalhada de Jisoo ecoou pelo ambiente. — Tudo bem. Já entendi. Não direi nada sobre a minha chefe.

Por toda a parte a da manhã elas conversaram muitas coisas aleatórias e riam uma da outra a cada coisa nova que descobriam. Pela primeira vez na vida desde que seus pais faleceram, Jennie se sentiu ouvida por alguém, por mais besta que fosse o assunto. Jisoo escutava tudo atentamente e algumas vezes fazia algumas perguntas mostrando seu interesse pelo assunto.

A festa já tinha começado quando Jisoo desceu do quarto arrumada. No ambiente tocava uma música chata e tranquila enquanto os convidados conversavam entre si. Ao ver mais de trinta pessoas perambulando pela casa, a loira sentiu o nervosismo tomar conta de seu ser. Se o que ela estava sentindo fosse similar com o que noivos e noivas sentiam ao pedir seus companheiros em casamento, ela definitivamente não queria casar.

Depois de conversar com sua mãe e com sua avó, Jisoo sentiu um cutucão vindo de Irene que estava ao seu lado.

— Se você perder essa mulher, primeiro eu te bato e depois eu invisto — uma ruga nasceu na testa da loira sem entender o comentário e então Bae apontou para a escada. — Você tirou a sorte grande, prima.

Com um impulso e um sorriso desajeitado do rosto, Jisoo foi até a morena ajudá-la a descer os últimos degraus. Sem se conter, ela a olhou de cima a baixo e sorriu mais largo quando seus olhos se encontraram.

Não era nenhuma surpresa ver Jennie vestida impecavelmente, mas para Jisoo, ela tinha extrapolado seu próprio nível de beleza. A morena usava um vestido vermelho de mangas cumpridas justo ao corpo, seu costumeiro salto, um batom vermelho passado de forma perfeita e cabelos soltos.

Quando se deu conta que avaliava demais sua chefe, Jisoo soltou o ar do pulmão com um nervosismo impressionante.

Foi bem ali no meio de tantas pessoas, diante de sua família e no aniversário de sua avó que Jisoo percebeu que estava rendida pelos encantos de Jennie. De mãos dadas, a loira a encaminhava para perto de Lisa, Rosé e Irene, mas então foi parada no meio do caminho.

— Jisoo! — uma senhora veio de encontro a ela, a abraçando. — Quanto tempo!

— Bastante tempo mesmo — sorriu nervosa. — Essa é Jennie — apresentou a morena ao seu lado que apenas deu um sorriso.

— Como vai a vida em Seul? — perguntou curiosa.

— Bem. Muito bem.

— Sua mãe sempre fala de você e que você é uma editora de livros. Eu sempre quis saber o que um editor de livros faz.

— Jisoo não é editora de livros — a voz de GD apareceu na conversa. — Jennie é a editora, Jisoo é assistente dela. Por que não nos diz exatamente o que um editor de livros faz além de levar escritores para comer e beber em restaurantes caros?

A Proposta - JensooOnde histórias criam vida. Descubra agora