Nojinho.

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Finalmente o casamento.

Era lindo, muitas pessoas conhecidas, as mesas arrumadíssimas.

Tulípa que só uma porra.

Nossa valência, que o Kenma tomou antialérgico não-colateral antes de ir.

Estávamos em uma mesa onde havia Hinata, Kageyama, Lev, Yaku, Atsumo, Sakusa, e uma pessoa não tão conhecida assim.

Era uma amiga de trabalho do Kuroo, não sabia o nome dela, então resolvi não interagir com ela.

O único problema é que...

Como posso dizer...

Ela...

Ela exalava rapariga.

Piriguete, em outras línguas.

Roupa de rapariga, perfume de rapariga, papo de rapariga e tudo que há de piriguete, havia nela.

Ela se jogava pra cima de mim. Se escorando, tentando puxar papo comigo, pior, me abraçando sem intimidade.

Me deixa no meu espacinho, porra.

Akaashi não era uma pessoa fresca, para comida. Mas para pessoas, se ele pudesse, exterminaria todos que não descem a ele.

A vizinha do pastor alemão, o entregador da pizzaria que mais pede, a treinadora da academia a dois quarteirões, o cara das flores.

Agora, imagine ele com essa pessoa em questão.

Ele também não é muito expressivo, mas quando era nojo, eu sei muito bem os sinais.

Cara um pouco mais fechada que o normal, o sorriso forçado, narinas se abrindo a cada palavra da garota e entre muitos outros gestos que venho estudando no Kaashi.

Aquilo não era ciúmes em questão, eu sei muito bem como o meu marido é com ciúmes.

Não era só ele, muitos de lá estavam também muito desconfortáveis com a presença da menina.

— Vou ao banheiro, com licença. — Akaashi suspirou e saiu.

— Vai indo. — Sorriu (insuportavelmente) para o homem. — Seu amigo é simpático, Bokuto-kun. — Ela não sabia que o meu "amigo" é meu marido. Mas eu sei muito bem o'que fazer.

Me segurei pra não mandar ela ir tomar no cês sabem onde nesse meio tempo que o Keiji foi ao banheiro.

Quando o avistei chegando perto me levantei rapidamente.

— Meu amor! — Segurei suas mãos. — Vem aqui, preciso te mostrar um negócio. — O puxei de lá, sentindo o olhar da rapariga esfaqueando minhas costas.

Nos levei até um lugar perto do buffet e longe o suficiente para a outra não conseguir nos achar.

— O'que queria me mostrar Koutarou? — Se virou pra mim, me olhando inocentemente.

— Nada. Sei que não estava gostando dalí então te tirei de lá. — Sorri naturalmente.

— Mas você não quer ficar lá? Seus amigos estão ali, não posso te-

— Kaashi, não. Você é mais importante, e também, não gostei muito de uma certa presença. — Pisquei.

Ele riu e me deu um selinho.

Quando a nojinho do Akaashi estiver no comando, é só tirar ele do lugar desagradável e deixar ele o mais agradável possível.

Akaashi Keiji E Seus Divertidamentes - BokuAka.Onde histórias criam vida. Descubra agora