Akaashi Keiji E Seus Divertidamentes - BokuAka.

Ansiedade.

Estava me preparando para esperar meu noivo no altar, andando até a entrada do local. Uns dez passos antes da porta, ouvi um "VADIA!" sendo gritado a plenos pulmões. Porra, Akinori.

— Bokuto, sua vadia! — chamou-me, fazendo-me virar. Ele estava ofegante, se apoiando nos joelhos assim que chegou perto o suficiente. Suspirei, sem paciência.

— Caralho, Konoha, o que foi dessa vez? — perguntei, irritado.

— A vadia do teu esposo tá surtando no camarim! Pelo amor de Jesus agnóstico em que eu acredito, acode ele, por favor! — Seu tom era arrogante e desdenhoso como de costume, mas eu conseguia ver a preocupação em seus olhos. Do jeito que ele estava, já devia ter feito de tudo. Do jeito que ele ama o Keiji como um filho, eu não desconfio que ele quase surtou junto.

Corri até o camarim dele, abrindo a porta com um chute e vendo Kozume tentando enxugar suas lágrimas, mas com uma expressão tão preocupada quanto a de Konoha. Dei uma olhada para ele, fazendo-o assentir e sair da sala. Andei alguns passos até Keiji, ajoelhando-me na frente dele e vendo seus olhos oliva agora vermelhos e inchados. Pus a mão em sua coxa, apertando-a levemente para chamar sua atenção.

— Keiji. Ei. Sou eu, estou aqui... — Estiquei a mão, tocando seu rosto e limpando algumas lágrimas de sua bochecha. — Meu amor, o que está acontecendo?

Keiji fungou, olhando para o meu rosto. Não parecia querer falar, acho que nem pretendia. Mas eu insisti.

— Kei, meu bem. — Agora minha mão estava em suas mechas morenas. — Eu sou seu noivo, daqui a pouco seu marido. Pode me dizer tudo, sabe?

Ele desviou o olhar, engolindo seco.

— Estou com medo. Dessa vez não é de trovões. — Fungou, pondo a mão em meu ombro. — Eu estava pensando: e se você disser não?

— Como? — perguntei, confuso. — O quê?

— Eu estava pensando. — Keiji ajustou a postura, desconfortável. — Tipo, e se você mudar de ideia? Eu nem sei como a gente namorou por quatro anos! E se você simplesmente decidir que cansou e...

Ele parou no meio da frase, já que minha risada ficou mais alta que sua voz.

— Oh, meu amor. — Abracei sua postura, deitando a cabeça em seu colo. Ele claramente não entendia, mas eu ainda ria. — Veja bem...

Comecei quando consegui cessar as risadas. Levantei a cabeça, vendo-o confuso. Peguei seu rosto e enxuguei as bochechas, tirando todos os resquícios de lágrimas restantes. Sorria para ele, olhando fundo nos orbes oliva, encarando sua alma. Logo depois, segurei suas mãos, apertando-as forte e me apoiando em um joelho só.

— Como eu te diria não se fui eu quem te pediu em casamento? E nem namoro?

— Mas é que...

— Sem mais, Keiji! — cortei sorridente, logo depois soltando outra gargalhada alta. — Ei. Eu vou me casar contigo. Chegando no altar, eu vou gritar "sim". Sabe por quê? Porque eu te amei, eu te amo e eu te amarei pelo resto da nossa história. Eu te escolheria nesta vida, em outra vida e em todas as outras.

Keiji ficou imóvel, algumas sequelas de choro estremeciam seu corpo. Beijei suas mãos, fazendo-o relaxar.

— Eu vou dizer sim, ok? Você que não pode dizer não.

Ele riu, finalmente.

— Tá bom. Agora que eu lembrei... — Keiji se inclinou um pouco, encostando sua testa na minha. — Não dá azar ver o noivo antes do casamento?

— Isso só funciona com héteros e, como diria o Konoha, eu sou uma vadia padrão e você uma vadia twink.

Fiz Keiji gargalhar, não me segurando também. Uma de suas mãos se desvinculou da minha, tocando meu cabelo, acariciando minhas mechas platinadas. Fechei os olhos, segurando para não chorar e molhar seu smoking branco.

— Eu te amo, amor.

— Eu também te amo, vida.

Respondendo à pergunta: sim. Eu disse "sim", ele também, e o casamento foi lindo. O melhor dia da minha vida – melhor até que o dia em que conheci o Tiba.

Não sei bem dizer como lido com a ansiedade do meu Keiji. Eu só sei que, amando-o, consigo fazer o dia dele ser ensolarado, assim como ele faz comigo.

Fim

Fiz so pq divertidamente 2 lançou e essa fanfic começou a ter muitos votos