Capítulo 35: Reunião

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Alex: on

  -- Você fez o quê? -- questiono quase pulando em seu pescoço, só não o fiz pois a mesa da cafeteria atrapalhava e porque estávamos num lugar publico -- Sara você realmente quer ajudar aquelas duas idiotas?

  -- Claro que quero -- confirma a mais velha inclinada na mesa com uma das mãos sobre o queixo parecendo totalmente calma com a situação me deixando ainda mais irritada.

  -- Pois não parece -- disse Lídia tão irritada quanto eu, só que mais contida -- por acaso não aprendeu nada com a minha situação?

  -- O que acabou de fazer foi uma péssima ideia -- disse irritada a vendo retirar um notebook de sua bolsa e liga-lo em cima da mesa não dando a menor atenção as nossas reclamações, essa atitude já estava me dando nos nervos -- Sara!!

  -- Calma Alex ficar irritada não vai ajudar -- disse Lex me segurando quando ia me jogar em sua direção.

  -- Bater nela também não seria bem visto nesse lugar -- disse James olhando um pouco confuso na direção da barmen, afinal fora ela que nós chamou.

  -- Sei que não, mas vai fazer eu me sentir tão bem -- disse com a minha raiva sendo ainda mais alimentada pela pouca atenção que a outra dava a situação.

  -- A outras formas de se sentir bem comigo Alex e nenhuma delas envolve me dar um soco -- disse Sara olhando brevemente em minha direção com um brilho de divertimento no olhar, porém sem qualquer malicia real -- mas posso listar isso mais trade no momento gostaria de apresenta-los a uma pessoa.

  Com isso a barmen vira o seu notebook em nossa direção mostrando que estava numa vídeo chamada com uma morena. -- Nia pessoa, pessoal Nia -- disse Sara apontando para a tela e logo depois para nós -- pessoal essa é o meu trunfo pra ajudar as idiotas das nossas amigas.

  -- Explica essa historia direito, você não estava ajudando a Kara a ficar com a tal Diana lá? -- questiono desconfiada voltando a me sentar.

  -- Gente vocês realmente acham que essas duas estejam prontas para esse relacionamento? -- pergunta Sara num tom sério -- porque eu não acho isso.

  -- E por que acha isso? -- pergunta Lídia.

  -- Sério isso? A Lena precisa se descobrir como um individuo separado da Kara, ou seja, ela precisa se descobrir como uma pessoa independente e se descobrir como pessoa num núcleo mais intimo, duvido que ela sequer parou para pensar se é hetero ou não e estou bem curiosa para saber se ela vai sair desse armário sozinha ou alguém vai quebra-lo por ela, confesso que estou torcendo pela primeira opção -- argumenta Sara entrelaçando seus dedos embaixo de seu queixo -- já no caso da Kara ela precisa se divertir, pois já passou da fase do descobrimento, o que ela precisa é entender que não é só uma coisa ou outra, mas pode equilibrar e vamos combinar ela vai acabar se matando se continuar agindo desse jeito, usando a faculdade para não pensar na Lena, ela está tentando esquecer o que senti, não superar e isso tá longe de ser o ideal.

  -- Eu concordo com a maluquinha aí -- disse Nia apontando em sua direção -- só não entendo o meu papel nisso tudo.

  -- Eu também não -- disse não querendo engolir aquela explicação por mais logica que soasse.

  -- Você vai ficar de olho na Kara por nós -- disse Kara de forma simples -- e garantir que ela aprenda que a vida é muito mais do que a faculdade e principalmente mais do que a Lena, e não estou pedindo para que ela namore aquela deusa grega, mas sim que ganhe um pouco mais de alto estima e confiança, até eu sei que não é saudável pra nenhuma das duas começar um relacionamento agora e já que ninguém parece me entender aqui eu vou explicar melhor, eu. não. quero que a Kara comece a namorar, nem mesmo quero força-la a isso, só quero que ela veja que existe essa opção e infelizmente a Kara tá tão fundo na bolha que criou que me sinto obrigada a tirá-la a força.

  -- Sara se uma das duas lhe pedisse para ajudá-la, você ajudaria? -- questiona Lex num tom calmo -- mesmo que nem uma atinja as, suas, metas?

  -- Sem pensar duas vezes, afinal quero que fiquem juntas, mas admito que uma parte minha se arrependeria disso depois -- confessa a barman suspirando se jogando para trás enquanto passava a mão pelos cabelos -- entendam que eu só quero que as coisas não sejam apressadas e aconteçam no tempo certo e, eu sei que não é o meu, mas não quero que seja movido por uma ação impulsiva e que estejam certas que querem isso, para que dessa vez eu não me arrependa tanto depois.

  A última frase fora dita num tom quase inaudível, porém eu conseguir ouvir, mas fora dito de forma tão triste que não tive coragem de mostrar que escutei.

  -- Sabe que não é muito fácil de te entender, né? -- pergunto mais calma.

  -- Escuto muito isso -- disse a mais velha não parecia nem um pouco ofendida, porém o brilho do seu sorriso não chegava aos seus olhos -- e só pra reforçar, a única coisa que quero é que elas se entendam do melhor jeito possível, mas que não abram mão de quem realmente são, afinal amar uma pessoa não é abdicar de quem é e de quem foi, mas saber o tipo de pessoa que é sem essa pessoa e ainda assim escolher ser a pessoa que é com ela, afinal o amor não é uma necessidade é uma escolha, podemos viver sem o amor não precisamos de outra pessoa para nós sentimos completos e mesmo assim tem que escolha amar, que escolhe todo dia, toda semana, todo ano, por toda uma vida amar um única pessoa, mesmo com a dor, a dificuldade, com a certeza que não está mais feliz do que sozinha, mas tendo certeza também que não faria uma escolha diferente e descobris que estava certa.

  -- Por essa eu não esperava -- disse surpresa com o que ouvira.

  -- O quê? Eu também posso profunda -- disse Sara dando de ombros olhando momentaneamente para o lado como se visse alguma coisa -- afinal eu meio que vivo disso e já deu minha hora.

  -- Pera aí, a gente ainda não acabou.

  -- Mas eu sim, porque tenho hora no trabalho, ah... Nia vou lhe pôr no grupo "operação cupido" -- disse a barman encerrando a vídeo chamada sem dar chance para garota responder -- e se vocês quiserem eu vejo como a Kara está se sentindo sobre deusa lá quando eu for para aqueles lados daqui á uma semana.

  Antes que qualquer um de nós entendesse o que aconteceu a Sara some de nossas vistas sendo seguida por uma loira que chamava o seu nome, mas prontamente sendo ignorada. -- Tá, mais alguém acha que a Sara está mais estranha que o normal? -- questiono vendo todos ali concordando em silencio -- Lídia explica.

  -- Por que eu? -- pergunta a outra tão confusa quanto todos.

  -- Porque você é a única pessoa nessa mesa que conhece a Sara a mais tempo -- responde James.

  -- E por acaso isso é um pré-requisito para entender aquela lá?

  -- Isso significa que você não sabe o que está acontecendo? -- pergunto.

  -- Olha eu até sei de uma coisa, mas não sei se posso falar, ou se é isso.

  -- Pode -- dissemos ao mesmo tempo.

  -- Não contem que fui eu -- disse Lídia apontando pro grupo -- bem, uns três anos atrás a melhor amiga da Sara parou de falar com ela, não perguntem o porquê, não sei os detalhes exatos, só sei que isso afetou muito a Sara que se tornou essa pessoa que vocês conhecem, mas também tava rolando um processo contra a nossa barmen preferida.

Continua...

Amigas, amigas, sentimento a parte (Supercorp)Onde histórias criam vida. Descubra agora