Capítulo 7: Deus me ajude

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  Por mais que eu estivesse planejando estudar um pouco após Lena cair no sono, não conseguir pois também acabei dormindo, não que tivesse notado já que no estado que me encontrava poderia até cair um meteoro do meu lado que eu nem veria, só percebi que havia dormido quando acordei de madrugada por causa de um movimento na cama que era Lena colocando sua perna sobre a minha cintura deixando as nossas intimidades perigosamente próximas e para piorar eu me encontrava com uma maldita ereção. Se a situação já não estresse ruim pro meu lado ficou pior quando tentei me afastar ela começou a dar sinais que acordaria, mas voltou a dormir quando parei de me mexer.

  -- Por que essas coisas só acontecem comigo?

  Vamos Kara pensa num jeito de sair dessa porque se ela acordar nesse momento você tá frita -- penso gritando internamente tentando me manter o mais imóvel possível -- eu poderia pensar em coisas broxantes por enquanto.

  Mas como a sorte não vai com a minha cara, assim que pensei nisso a sinto me puxar para mais perto, juro que ouvir a minha ideia se quebrar em milhões de pedacinhos quando os nossos rostos ficaram a centímetros de distância. É hoje que eu morro, por que ainda deixo ela fazer essas coisas?

  Porque eu sou uma trouxa apaixonada que não sabe dizer não ou se preservar minimamente.

  -- Deus, por favor eu nunca lhe pedi nada só faz a Lena virar pro outro lado e me soltar -- imploro baixinho e como se fosse milagre ela faz exatamente isso, mas antes que eu pudesse agradecer a Deus vejo que Lena começara a acordar, com isso corro rapidamente pro banheiro.

  -- Kara você tá bem? -- pergunta ela com uma voz roca devido ao sono.

  -- Sim estou, não precisa se preocupar -- respondo tentando me acalmar para não transmitir meu nervosismo na voz, respirando fundo sentindo o meu coração martelar furioso no meu peito, porém não sabia se era por causa da corrida até o banheiro ou pela adrenalina por quase ser pega.

  -- Então, por que saiu correndo pro banheiro? -- questiona Lena claramente desconfiada ou meramente confusa por minha ação.

  -- Eu estou com um pouco de dor de barriga -- disse a primeira coisa que me veio na cabeça olhando brevemente para baixo querendo saber se o susto levara o meu problema embora xingando mentalmente quando vir que não.

  -- Quer que eu pegue um remédio? -- pergunta ela preocupada.

  -- Não precisa já tem um aqui no banheiro -- respondo rapidamente um pouco manhosa devido a frustração.

  -- Vai demorar muito? -- pergunta Lena num tom sonolento.

  -- Por que a pergunta? -- Quem sabe se eu me concentrar na conversa o meu amigo volta ao normal?

  -- É que eu quero voltar a dormir.

  -- Não tem o meu travesseiro?

  -- Tem -- confirma confusa.

  -- Então dorme abraçada com ele que eu vou estudar assim que sair daqui -- digo -- porque acho que vai demorar um pouquinho para eu conseguir sair daqui.

  -- Ok, só melhora tá?

  Será que a Lena acorda se eu tomar um banho? Pensando bem, melhor não fazer isso, mas como que vou me livrar dessa maldita ereção? Não pera ela já já foi embora.  -- Não deixo mais a Lena dormir no meu quarto -- digo num tom decidido -- como se eu fosse fazer isso.

  Depois de esperar mais um pouco para sair só por precaução finalmente arrumo coragem para sair do banheiro encontrando a minha amiga dormindo tranquilamente me fazendo suspirar aliviada e já que eu estava acordada decidir fazer aquilo que havia dito, então pego os meus livros indo em seguida para a mesa do quarto aonde tinha um abajur que ligo começando a estudar só parando quando noto que o quarto estava muito claro, então me esticando um pouco na cadeira levanto pegando a minha toalha e uma muda de roupas que deixava por aqui devido a outras vezes que o mesmo aconteceu, me dirijo para o banheiro do corredor tomando um banho rápido para tirar a sensação de cansaço me vestindo ali mesmo para logo depois voltar para o quarto onde minha amiga estava.

  -- Bom dia Kara -- disse Lena ficando sentada na cama esfregando um de seus olhos enquanto bocejava ainda abraçada ao travesseiro.

  -- Bom dia Lena -- digo enquanto colocava a toalha de volta ao seu lugar -- vai querer o que pro café da manhã?

  -- Panquecas -- disse ela eufórica como se fosse uma criança me fazendo sorrir balançando a cabeça negativamente.

  -- Ok, panquecas então -- digo pegando uma muda de roupa e uma toalha antes de ir até a cama -- mas primeiro você tem que tomar um banho enquanto eu faço as panquecas.

  -- Só se você me prometer que eu posso ajudar -- disse Lena pegando o que lhe entreguei.

  Meu Rao como é manhosa.

  -- Quer que eu espere pra começar?

  -- Sim, por favor.

  -- Ok, agora vá logo que a minha paciência tem limite -- digo a vendo se levantar num pulo sorrindo antes de ir em direção ao banheiro do quarto.

  -- Eu sei, o céu é o limite -- disse Lena dentro do banheiro.

  Com esse comentário vou para a cozinha começando a arrumar os ingredientes em cima da mesa para fazemos as panquecas pouco tempo depois sinto o aroma do meu shampoo se espalhar pelo ambiente. -- Pronta pra começar a cozinhar? -- pergunto me virando para ela sorrindo.

  -- Eu já nasci pronta -- responde lena chegando na cozinha se sentando no banquinho do balcão.

  -- Então pegue o avental que vamos começar e não quero limpar as evidencias depois na roupa -- digo indicando com a cabeça aonde estava enquanto pegava a frigideira.

  -- Posso fazer a cobertura? -- pergunta colocando o avental se aproximando.

  -- Só se você me prometer que vai fazer tudo exatamente do jeito que eu disser pra não acabar como da última vez -- respondo -- porque vamos admitir aquilo era tudo menos comestível.

  -- Pior que é verdade -- disse Lena envergonhada -- tudo bem, eu prometo.

Continua...

Amigas, amigas, sentimento a parte (Supercorp)Onde histórias criam vida. Descubra agora