-- Operação cúpido? -- questiono confusa -- que porcaria é essa?
-- Um grupo fundado para ajudar você e a Kara -- responde Sara -- ah... teu ex tá no grupo também, na verdade ele foi o mais assertivos nas ideias.
-- Espera aí, dês de quando esse grupo existe?
-- A mais ou menos 1 ano, fui eu que sugeriu o nome -- disse ela empolgada sorrindo -- adoro o filme, mesmo que eu não lembre bem do enrendo sendo sincera.
-- Por quê?
-- Porque vocês duas são lerdas demais e estávamos cansados de esperar que alguma de vocês tomasse uma atitude que parecia que nunca iria acontecer -- disse Sara -- e só pra saber rolava até uma aposta e eu sou a banca.
-- Me explica isso direito -- peço indignada.
-- Seu irmão faz isso. -- Quando ela disse isso o celular começa a tocar revelando o nome do meu irmão.
-- Me explica essa desgraça de grupo agora!!! -- exijo impaciente -- e que história é essa de aposta?
-- Em minha defesa eu apostei em você -- disse ele meio acanhado -- e fiz bem pelo o que vi.
-- Como assim?
-- Bem... o grupo existe pra reclamar da lerdeza das duas e discutimos em como poderíamos ajudá-las -- disse meu irmão ignorando minha pergunta.
-- Certo, agora me explica essa aposta.
-- Sara... -- resmunga Lex -- olha isso começou como uma brincadeira que acabou tomando grandes proporções.
-- O que vocês apostaram? -- questiono perdendo o pouco de paciência que me restava.
-- Quem tomaria a iniciativa -- responde ele amuado -- e devo dizer que boa parte apostou em você.
-- E quem não apostou?
-- A Nia, ela tava crente que a Kara que faria isso -- disse meu irmão -- mas como vimos ela perdeu feio.
-- Vimos?
-- Bem... você foi até a faculdade da Kara, então é óbvio que tomou a iniciativa.
Eu não havia engolido aquela desculpa, mas preferir não insistir por saber que não levaria a nada, ao fim da conversa que durou mais do que eu esperava vejo que o sol já estava no meio do céu e meu estômago começava a reclamar. -- Não se preocupe já iremos parar para comer alguma coisa -- disse Sara mantendo sua atenção na estrada quando seu celular começa a tocar ainda em minhas mãos e como não tinha como devolver naquela situação a vejo tocar num aparelho em seu ouvido -- seja breve estou ocupada... eu sei que não posso me atrasar... não precisa repetir eu ouvir da primeira vez só sou parcialmente surda de um ouvido não surda, mas gostaria que me desse uma meia hora para um cochilo... não, não é brincadeira tive que fazer uma viajem de última hora ontem e ainda não dormir... Laurel creio que deixei claro que tenho um atestado que comprova minha sanidade metal, está até emoldurado na sala da minha casa e por mais que esteja adorando a conversa preciso desligar, tchau. Se você se desculpar de novo eu juro que lhe deixo no meio da estrada.
-- Eu não disse nada -- digo levantando os braços em rendição.
Quanto mais tempo passava com a Sara mais curiosa ficava, essa mulher parece um mistério que fica mais difícil a medida que tentamos desvendá-lo, porém aquilo não era o meu maior interesse no momento. Ao paramos para comer Sara manteve a conversa em assuntos mais superficiais possível como se adivinhasse minha intenção de questioná-la o que era muito provável, quando terminamos voltamos para o trailer onde o silêncio é quebrado somente pela música na rádio num idioma que não conhecia e não me importava em perguntar, decidindo tirar um cochilo para que o tempo passasse mais rápido.
Sara: on
Já havia passado um tempo dês que saímos do restaurante e decido olhar pelo retrovisor querendo saber se a música incomodava, mas acabo notando que a Lena havia pegado no sono com isso sigo viagem chegando perto de sua casa poucos minutos do amanhecer vendo que seu irmão a esperava na calçada.
-- Lena acorda já chegamos -- disse tocando em seu ombro a vendo resmunga -- vamos o seu irmão está te esperando.
Com alguns resmungos ela levanta esfregando os olhos indo até onde o irmão estava falando bem baixinho antes de entrar na casa. -- Eu que dirigir e ela que está cansada -- disse encostando na porta de braços cruzados contendo um bocejo.
-- Obrigada por levá-la -- disse Lex com um olhar que dizia "conversamos mais tarde".
-- Sem problema mesmo que eu não a levasse ela iria de algum jeito -- disse dando de ombros não conseguindo mais conter o bocejo.
-- Ainda assim, obrigado.
-- Bem, já deu a minha hora, tchau -- disse subindo as escadas fechando a porta.
Verificando no relógio se daria tempo de ir para casa tomar um banho ou teria que fazer isso no próprio trailer, mas antes que pudesse pensar muito a respeito recebo uma mensagem da Laurel mandando me apresar, sem muita escolha vou em direção a empresa que trabalhava como vice-presidente.
Lena: on
Havia passado algumas semanas antes que fosse possível que eu e a Kara tivéssemos a tal conversa prometida e considerando tudo o que aconteceu entre nós, era mais que justo que fosse eu a procurá-la e aqui estava eu sentada no sofá do apartamento dela a vendo preparar um café para nós duas em total silencio.
-- Como foi a viagem? -- pergunta ela estendendo o copo em minha.
-- Menos estranha do que foi com a Sara -- respondo o pegando o deixando repousado sobre meu colo -- acredita que ela já levou um tiro e é parcialmente surda de um ouvido?
-- Tô sabendo disso agora -- disse Kara se sentando ao meu lado segurando seu próprio copo ficando alguns momentos em silencio antes de virar seu rosto em minha direção -- tem certeza que está apaixonada por mim?
-- Pensei ter deixado claro o que eu sentia quando lhe beijei -- disse apertando um pouco o copo entre meus dedos contendo a raiva pelo o que ouvira, pois entendia o porquê da pergunta.
-- Eu só quero ter certeza que isso não é algo... do momento -- confessa ela olhando para baixo respirando fundo -- sabe, o James terminou com você, eu fui embora...
-- Está querendo dizer que, talvez eu esteja confundindo carência com está apaixonada? -- pergunto vendo que ela já não me olhava.
-- Uma parte de mim acredita que esse seja o caso -- confirma Kara mantendo seu olhar longe de mim.
-- E a outra parte? -- questiono num tom calmo.
-- A outra parte é uma tola esperançosa que por anos tentei matar -- responde voltando a me olhar com um sorriso contido e meio triste.
-- E o que eu preciso fazer pra você acreditar nos meus sentimentos? -- pergunto me sentindo do mesmo jeito que ela.
-- Me dar um tempo -- pedi colocando o copo intocado na mesinha de centro -- na verdade, nós, dar um tempo, não acho uma boa ideia levamos isso pra frente, agora.
-- Não sei se consigo continuar sendo só a sua amiga -- confesso desanimada.
-- Não precisa -- disse Kara num tom leve -- vamos só devagar e sem rótulos, até descobrir em que pé estamos de verdade.
-- Então eu ainda posso lhe beijar? -- pergunto sorrindo.
-- Não vejo porque não.
Continua...
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Amigas, amigas, sentimento a parte (Supercorp)
Fanfiction- Quando você pretendia me contar o que sentia por mim? - perguntou Lena. - Pra ser sincera eu não pretendia contar - disse olhando para o lado vendo as meninas paradas na porta do banheiro e com isso sinalizo com a mão pra que elas nós deixei sozi...