Capítulo 29: É o melhor

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  -- Não tenho culpa que você sempre gastou toda a sua energia durante o dia, admita Lena você sempre foi mais ativa de dia do que de noite.

  -- É mesmo? -- questiona ela num tom meio malicioso antes de se inclinar em minha direção ficando muito perto do meu rosto -- tem certeza que quer duvidar?

  Naquele momento foi muito difícil me lembrar que aquilo não passava de uma piada, mas respiro fundo ciente que tudo mudaria dependendo do meu próximo movimento, por isso tomei a decisão mais segura no momento, ri. -- Não mesmo,  bêbados tem tendência a tomar decisões estúpidas -- disse com um sorriso de lado notando o olhar indignado que a outra me lançava o que me causara um sorriso ainda maior.

  -- Eu não estou bêbada, não mais -- disse Lena parecendo ofendida deitando a cabeça sobre os seus braços cruzados sobre o meu estômago me fazendo levar minha mãos aos seus cabelos iniciando um carinho.

  -- Um banho gelado não muda o teor de álcool no seu sangue, só lhe deixa mais sóbria do que estava -- disse vendo um bico se formar em seus lábios de um jeito infantil me causando um repentino desejo de junta-los aos meus a puxando pela nuca, mas felizmente conseguir o reprimir a tempo me limitando a passar levemente os dedos por aquele lugar.

  -- Tem certeza que está apaixonada por mim? -- questiona ela de olhos fechados apreciando meus carinhos, novamente reprimir o desejo de beija-la, usando todas as minhas já enfraquecidas forças para manter a minha mante focada apenas na conversa que estávamos tendo e não na posição que estávamos.

  -- Eu estar apaixonada não me impede de implicar com você -- disse acariciando agora seu rosto -- na verdade me incentiva a fazer mais vezes.

  -- Agora eu lembrei de uma coisa!!! -- disse Lena abrindo os olhos de repente, ficando um pouco vermelha.

  -- Você está corando muito hoje -- disse tocando em sua bochecha prendendo minha atenção naquele tom rubro que lhe cobria a pele -- estou começando a ficar com medo, isso é sem duvida um presságio do apocalipse.

  -- Palhaça -- disse ela dando um leve tapa no meu braço -- eu estava querendo dizer que teve uma noite que acordei sentindo algo duro atrás de mim, mas voltei a dormir não dando muita importância.

  Agora quem estava corada era eu, caramba esqueci que a Lena sempre vence nesse tipo de brincadeira. -- Adianta eu pedi desculpa? -- pergunto envergonhada escondendo meu rosto com as mãos.

  -- Não -- responde ela num tom de brincadeira claramente sorrindo.

  -- Sabe que isso é involuntário, né? -- questiono constrangida demais para olhá-la nos olhos.

  -- Sei -- confirma Lena, a sentindo se aproximar ainda mais ao ponto de sua respiração bater em minhas mãos que ainda estavam sobre meu rosto -- mas ainda quero saber de uma coisinha.

  -- Se for muito pessoal, não sou obrigada a responder -- disse ainda me recusando a olhá-la.

  -- É um pouquinho sim -- disse ela tirando as minhas mãos me fazendo vê-la -- por que eu?

  -- Não sei, apenas aconteceu -- respondo com um sorriso meio triste a sentindo descansar seu peso sobre meu corpo mantendo seu olhar no meu -- não conseguir evitar e olha que eu tentei, mas ele veio tão lento e gradual sem fazer qualquer alarde que quando dei por mim já estava num ponto sem volta.

  -- Foi antes ou depois que comecei a namorar o James? -- pergunta Lena fazendo pequenos círculos com o dedo na lateral de meu corpo.

  -- Antes -- disse a vendo se ajeitar em meu colo me permitindo sentar.

  -- Caramba, eu pedi a sua ajuda -- disse ela chocada -- e você ajudou.

  -- Claro, eu ser apaixonada por você não me dar o direito de interferir na sua vida amorosa -- disse começando a fazer um cafuné enquanto ela me abraçava -- afinal não sou sua dona, sou sua amiga, então deixei os meus sentimentos a parte e me concentrei nisso.

  -- E eu ainda lhe contei sobre a minha primeira vez -- disse Lena num tom estrangulado escondendo o seu rosto no meu ombro -- desculpa por isso.

  -- É esse dia foi realmente ruim -- disse suspirando amargamente ao lembrar -- eu até fiquei bêbada e eu mal bebo.

  -- Agora entendo onde a Sara entrou na historia -- disse ela não mostrando intenção de se soltar -- só não sei aonde a Alex e o meu irmão entram.

  -- Eu já disse, ele são enxeridos, mexeram nas minhas coisas pegaram no meu diário e leram -- disse cansada, e não são cegos.

  -- Você disse que não tinha um diário -- observa Lena voltando a encara-me.

  -- Eu disse que não tenho, não que não tinha -- corrijo continuando o meu carinho em sua cabeça a vendo soltar um suspiro -- eles acharam o da minha adolescência.

  -- E foi aí que a implicância do meu irmão começou -- disse ela com a voz sonolenta voltando a sua posição anterior.

  -- Mas ou menos -- confirmo sentindo sua respiração perto do meu pescoço me sentindo arrepiar com seus lábios rosarem minha pele -- ele ficou irritado porque não quis lhe contar sobre a faculdade.

  -- Estou gostando ainda mais do meu irmão agora -- disse Lena com os olhos fechados claramente tentando vencer o sono -- ah, ele sabe sobre...?

  -- A minha condição? -- sugiro também começando a sentir as minhas pálpebras pesarem me deitando com cuidado por minha amiga não me soltar -- sim, a tempo suficiente para me ajudar em algumas situações.

  Fico mais um pouco acordada esperando a sua próxima pergunta até que noto que ela pegara no sono, fazendo um sorriso aparecer em meu rosto sussurrando antes de também cair no sono: -- Parece que venci.

  No dia seguinte fui a primeira a acordar ainda sentindo a respiração de Lena do meu pescoço me causando um arrepio, acho que essa é uma das coisas que mais vou sentir falta quando for embora seria tão fácil continuar assim, era só ignorar o aperto em meu peito, mas isso é uma coisa que tenho que fazer para nós duas. -- Já acordou? -- pergunta ela abrindo os olhos enquanto se levantava um pouco.

  -- Sim -- confirmo me sentando na cama -- e é melhor eu começar a me arrumar.

  -- Tem razão -- disse Lena num tom triste.

Continua...

Amigas, amigas, sentimento a parte (Supercorp)Onde histórias criam vida. Descubra agora