meu erro

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suas palavras me afrontava

sua mão presa em meu corpo, me atiçava

seu toque, por vez, me controlava

eu tentei ser seu

e você, não tentei ser minha.


de que maneira devo me apaixonar por ti novamente?

de qual forma devo dedicar minhas palavras para ti?

de qual jeito devo engolir suas falas secas e mentirosas?

qual a forma de parecer especial a ti?


não posso olhar plantas duas vezes ao dia

não posso deixar secar em um dia,

algo me dizia que eu era a flor de seu jardim

mal sabia eu, que você regava outras flores,

por que outros e não para mim?


minha boca se costurou diante de sua presença

meus dedos se entortaram tentando alcançar o seu,

não tenho medo de sua escuridão pois estou cego

e sim, tenho fome de sua paixão tolerada.


ver seus braços dando voltas no pescoço dele, me matou

ver sua mão tocando o rosto dele, me despedaçou

te ver na ponta dos pés, para alcançá-lo, me fez fugir

meus passos de desconsolo, fizeram você me ver.


queria que tu fosse meu erro

queria que tu fosse meu fim no infinito do universo,

queria que tu fosse o farol do meu vasto oceano

queria que tu fosse meu ar para respirar.


fique agarrada em outros abraços,

leve meu beijo para outros falsos amores,

falsifique o seu olhar apreensivo,

segure-se em corpos frios lembrando do meu calor,

acredite em palavras escrupulosas.


o som da noite me fez ter medo

a luz da lua, desapareceu;

o seu brilho radiante sumiu

quando via-te em outro abraço.

no abraço, que não era meu.

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