ᴛᴀᴛᴛᴏ ─ sᴏᴜᴋᴏᴋᴜ

04

── CHUUYA?! ── Tachihara gritou, surpreso.

Viu o outro se levantar, ainda meio sonolento ── Qual é, Dazai, é domingo... ── virou o rosto para o outro ruivo a sua frente, e quando se acostumou com a luz repentina, uma feição perplexa se fez no rosto do Nakahara. ── TACHIHARA?! O QUE VOCÊ 'TÁ FAZENDO AQUI?!

── EU QUE TE PERGUNTO ISSO! O QUE VOCÊ TA FAZENDO AQUI?

A voz de Dazai ecoou longe dos dois ── Que gritaria é essa? É domingo, me deixem dormir... Ah, oi Michizou.

── Você quer me explicar o que é isso? ── Apontou para Chuuya.

── Ué, um ser humano? ── Dazai ainda estava muito sonolento para sarcasmo, então foi uma resposta genuína.

Limpou a garganta. ── Você quer me explicar o que o Chuuya 'tá fazendo aqui?

── Uma árvore caiu ontem, ele não conseguiu voltar pra casa.

Tachihara não respondeu, somente raciocinando as máquinas que se encontravam na frente do condomínio agora.

Chuuya intercalava o olhar entre os dois, e uma dúvida surgiu em sua cabeça ── Tachi, como você entrou aqui?

Dazai quem respondeu ── Ele... ── um bocejo ── ... Tem uma cópia da chave aqui de casa...

── Uma cópia?!

Tachihara se pronunciou ── É, uma cópia. Enfim, vamos comer alguma coisa? Tenho certeza de que estão com fome.

── Não vai rolar. ── O ruivo olhou para Dazai ── a cavala ali só tem macarrão instantâneo na dispensa.

── Eu tenho a porra de uma cópia da chave da casa do Dazai, Chuuya, você acha que eu não sei disso? Já comprei algo decente.

Chuuya se levantou, ajeitando a blusa que Tachihara notou que provavelmente era de Dazai por ser grande demais para o ruivo. Direcionou um olhar questionador ao moreno, que deu um sorrisinho malandro com um pingo de malícia (Mas deu para entender que eles não tinham feito nada.).

Chuuya quebrou o silêncio arrancando as sacolas do braço de Tachihara com o barulho do plástico entrando na pequena sala, e logo depois ligando a luz. ── Vamos logo comer alguma coisa, eu to com fome. ── começou a vasculhar ── Hum. Pães doces, tradicionais, manteiga, pão de queijo, café... Até que dá pro gasto.

Dazai só se sentou na cadeira, com um rosto tedioso e irritado por ter sido acordado em pleno domingo as sete e meia.

── Ei, Tachi, você deveria ter trago shampoo e condicionador pra cuidar desses barbantes que o Dazai tem na cabeça.

── Eu até lavo as vezes, mas não tem jeito. Da próxima vez que eu vier aqui, vamos lavar seu cabelo. Tá bom, Dazai?

── Ugh, eu odeio quando as pessoas querem cuidar da minha vida! ── Tentou soar irritado, mas o riso que se sucedeu depois da frase apenas contagiou os outros dois garotos presentes.

Comeram sem fazer muito barulho, da parte de Chuuya, pra variar. Tachihara e Dazai não paravam de tagarelar.

── Dazai, onde você deixou minhas roupas mesmo? Preciso ir pra casa logo. ── Perguntou Chuuya. Dazai respondeu simplista que estavam no quarto que não tinha funcionalidade. Não disse onde era e Chuuya foi procurar parecendo um explosivo pelo sangue que foi para sua cabeça, dando uma combinação exótica com o cabelo.

── Ei, Dazai. ── Chamou Tachihara ── O que o Chuuya tava fazendo com aquela blusa? Você tem um ciúmes imenso dela.

── Não achei outra mais pequena.