D.D ▍❛por fim, um deleite mortífero manchou suas almas, eternamente❜
Daemon Targaryen abominava cada membro da casa Hightower, suas moralidades, costumes, comportamentos mas, existia uma única incoerência em seu inimigo de anos, Otto Hightower possu...
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( CAPÍTULO TRÊS )
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Espasmos arrancavam resmungos e um choramingo. Os calafrios percorrem sua espinha, arrepiam seus pequeninos pelos. Pequenas gotículas de suor pingavam de sua pele macia e pálida. As vestes brancas encharcadas, tornando-as transparentes. Cada pedaço de seu corpo em chamas, como se fogo habitasse em suas veias, cuspindo ardor. Forçando a ponta de seus dedos contra o piso gélido, arrastando-se com toda sua força para não colapsar em direção à banheira de gelo.
Athelyna temeu transformar-se em um dragão, em um monstro.
O pânico invadia seu coração com a ideia de ferir alguém, de emergir ainda mais em pecados com sua existência. Arrastando-se sobre o chão, esbarrando com espelho de mão no percurso, fitando-se no espelho, deparando-se com seus olhos, transformando-se, as íris amarelo âmbar, o risco em meio e a sensação de que o corpo estaria agitando-se, como se caso permitisse seu impulso, fosse ateada sobre o interior de seu instinto.
Reuniu suas forças, um grunhido doloroso escapou de seus lábios. Foi como se seus ossos estivessem partindo-se ao meio, de uma vez só. Mas, ateou seu corpo sobre a banheira repleta de gelo. A epiderme anteriormente fervente quanto o fogo dos dragões ardeu, como ricochetear gelo no fogo, como ter uma queimadura em carne viva, tão profunda que até sua respiração fora dilacerada.
Athelyna choramingou, como uma criancinha. Ela sentou-se sobre a banheira, o gelo de temperatura baixa, digno de uma nevasca — os servos costumavam guardar gelo desde sua infância —, o seu interior entra em ebulição. Quis escapar, mas segurou sobre as pontas de madeira da bacia servida como uma banheira particular, forçando seus olhos, suprimindo-os para controlar a dor.
Fechando os olhos, perguntou a si mesma se poderia lidar com aquilo. Jogando a cabeça para trás, a donzela respirou fundo, seu olhar cruzou com a janela aberta. Deparou-se com a escuridão, imensidão descomunal do abismo, do mar estrelado das esferas luminosas que habitavam os céus, suscitando memórias enterradas em sua mente, gravadas com zelo e amor.
