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Vindos do fogo, nascidos na água, criados na terra. Ele e ela. Aqueles que trarão a guerra ainda não nasceram.
Maella estava deitada na grama, terminando o bordado que sua mãe havia começado para seu filho. Era um dragão branco de olhos azuis. Ela estava além dos muros do castelo, na grama da Colina de Rhaenys, onde sua mãe foi queimada.
Merax usava seu corpo como proteção para sua montadora. Maella estava apoiada na lateral de sua barriga, enquanto a dragão tapava o sol sobre ela com sua asa.
A princesa passava a linha pelo bordado, quase finalizando e criticando seu próprio trabalho. Seu traço era parecido com o de sua mãe, mas não idêntico. Ela deixou a tábua de lado e suspirou encostando a cabeça em Merax.
— Skorkydoso iksis aōha tubis? – Maella passou a mão pelas escamas avermelhadas que conforme se aproximavam da barriga da dragão iam ficando prateadas.
(Tradução: Como vai seu dia?)
Merax gorjeou feliz, fazendo sua montadora rir. Maella se levantou, deixando os tecidos e linhas sobre a bolsa que trouxe. Ela se aproximou do rosto de sua dragão e acariciou entre os chifres que cresciam nas laterais de seu rosto. Pequenos espetos prateados.
— Iksan biare bona iksā biare – ela disse olhando nos olhos da dragão e deu uma cabeçada gentil na princesa.
(Tradução: Fico feliz que esteja feliz)
Merax aninhou o focinho em sua montadora, soltando um suspiro quente sobre ela. A tranquilidade de Merax passou para sua princesa. Ela pôde sentir a tempestade que trovejava em seu peito, com raios, ventos fortes e nuvens pesadas. Merax inspirou fundo e foi que se tirasse tudo de ruim que havia em Maella.
Deixando a princesa mais leve. Maella encostou a cabeça no focinho de Merax e ficou alguns minutos assim, sentindo o suspiro quente sobre ela e apreciando a sensação de suas escadas em sua pele.
— Īlon jorrāelagon naejot jikagon arlī – A princesa se afastou e olhou nos olhos amarelos da besta alada. Merax concordou e começou a se esticar para voar.
(Tradução: Precisamos voltar)
A besta chacoalhou sua cauda espinhosa e esticou as asas, soltando um grunhido como um bocejo. E então se curvou para sua montadora subir sobre sua cela. Maella agarrou nas costas de Merax e passou a perna por cima da cela.
Sem precisar de comando, Merax pulou no ar e bateu suas asas, rumo ao Fosso dos Dragões.
Saindo do Septo, Rhaenyra e Alicent ouviram o rugido de Merax e olharam para o céu, antes de entrar na carruagem. Logo vendo a sombra do dragão passando acima delas e indo para o Fosso.
— Tem falado com ela? – Alicent perguntou para Rhaenyra, que acompanhava o trajeto de sua irmã com os olhos.
— Não – Rhaenyra disse com um ar de arrependimento. As duas entraram na carruagem e voltaram para o castelo.
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𝗕𝗹𝗼𝗼𝗱 𝗼𝗳 𝗢𝗹𝗱 𝗩𝗮𝗹𝘆𝗿𝗶𝗮 - 𝗛𝗼𝘂𝘀𝗲 𝗼𝗳 𝗧𝗵𝗲 𝗗𝗿𝗮𝗴𝗼𝗻
Fiksi PenggemarDeixe-me te contar uma história. A história sobre a Dança dos Dragões. Mas não a versão dos meistres, não! A real, a verdadeira. A versão em que os Negros ganham. Tudo começou com duas irmãs, duas princesas. E seu amor e desejo de proteção uma com a...