50 tons de cinza - livro 5 - Versão Christian Grey

Capítulo 14 - Minha vida ..

Aconchego Ana em meus braços, e assim derivamos para um sono bom. Abro meus olhos e não vejo Ana deitada, a casa está coberta por uma névoa densa e escura e um frio passa por minha espinha. Sinto que algo de mal está por vir. Saio da cama e são apenas 03:27 da manhã. Visto minha calça do pijama e saio á procura de minha Ana. Ouço então o choro de meu bebê e corro em direção ao seu quarto, mas chegando lá, não consigo achá-lo. Ele não está em seu berço.

" Ted! Ana! Cadê você meu filho!"

Escuto uma risada sombria e faz minha espinha se ouriçar.

" Vou tirar a piranha de você, bebê passarinho! E esse seu moleque ridículo, eu vou matar!"

Ai meu Deus! Caio de joelhos no chão e sinto lágrimas escorrerem por meus olhos! Conheço essas vozes! É a voz de Jack Hyde e do cafetão! Não acredito! Como eles me acharam? Me sinto como um menininho novamente, perdido, sem ter o que fazer!

" Buááááá.." Escuto então o choro de meu bebê. Eu preciso me levantar por ele. Começo a correr pela casa e sinto um cheiro de ferro e seu choro apenas aumenta. Meu Deus! Proteja meu filho! Chego então perto do escritório e tenho certeza que ele está lá! Empurro a porta e a visão me faz cair! Ana está toda ensanguentada no chão e nosso bebê ao lado chorando muito!

Corro, com dificuldade até minha Ana, meu amor, minha vida! Tento achar seu pulso, mas ela não reage!

" Anaaaaaaaa! Anaaaaaa, meu amor! Me responde, Anaaa!"

Grito e choro descontroladamente, vejo uma mão pegar meu filho e sumir!"

" Nãããããããão, Teeeeed!"

Grito e acordo encharcado no meio da noite. Estou ofegante! Ana continua achegada a meu peito, dormindo suavemente. Que porra foi essa? Caralho! Porque estou com esse mal pressentimento?

Saio da cama com cuidado, vou a cozinha e me sirvo com um copo duplo de wisky com gelo. Não sei porque sonhar com essa porra agora, depois dessas últimas semanas de pura felicidade, e a noite de ontem com minha mulher, foi ótima! Meu coração está apertado, só preciso do meu filho aqui nos meus braços, agora! É bom tomar aquele wisky. Sentir aquele líquido queimando enquanto desce me relaxa. Termino o copo e vou em direção as escadas, tentando perceber cada movimento. Que é claro que é inexistente. Subo as escadas e vou para o quarto de Ted. Me aproximo com cuidado e abro a porta.

O quartinho todo está escuro e apenas o pequeno abajur que está ao lado do berço, é que está iluminando o local. Me aproximo cuidadosamente, e vejo meu anjinho. Nessa hora sai como se fosse um peso de minhas costas. Ele dorme tão profundamente, tão lindo, tão sereno, tão perfeito! Meu menininho... Ele se mexe em seu berço. E eu calmamente o pego no colo para sentir seu calorzinho, preciso disso. Eu cheiro sua cabeça e me sento em uma poltrona no quarto. Acaricio sua cabeça e agradeço a Deus, por tudo não passar de uma merda de um pesadelo. Chego sua cabeça próxima a minha e sinto sua respirações profundas próximas a meu pescoço e isso me relaxa e aquieta meu coração. Passo muitos minutos com meu bebê no colo, tendo certeza de seu bem estar. Ele então começa a despertar e o abaixo novamente para olhar para seu rostinho lindo. Ele então me encara e agarra meu dedinho, então começa a choramingar bem fraquinho.

" Já até sei né filho. Está com fominha né? Vamos na mamãe?"

Me levanto com cuidado da poltrona e seguimos em direção ao meu quarto. Abro a porta devagar e não vejo Ana na cama.

" Baby, cadê você?"

" Estou no banheiro, Amor! Já vou!"

Ana, sai do banheiro e fica me olhando de longe.