3- Transição

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*Barulho de despertador*

-Aí minha cabeça, parece que eu fui atropelado por um caminhão, eu não lembro de muita coisa na verdade, minha visão tá turva tá tudo girando.

Eu levantei e fui em direção ao banheiro, caminhando cambaleando pelo piso de madeira, que rangia em tábuas específicas, me esgueirando nas paredes floridas do corredor, me esbarrando em estantes com quadros da família, ao chegar no banheiro velho, e com azulejos que me lembravam um hospital. Ligo a torneira para lavar o rosto e... nada, a água acabou de novo

- MÃE, ACABOU A AGUA. gritei do banheiro no fim do corredor. Após algums segundos de silêncio ouço uma resposta vindo da cozinha pequena e ecoando pelas paredes da casa;

- EU NÃO PAGUEI A CONTA. Gritou minha mãe da cozinha no fim do corredor.

- E EU FAÇO COMO???

- VAI NA CASA DA LYRA

- MÃE A CASA DA LYRA É A 40 MINUTOS DAQUI

- SE VIRA JASON, O PROBLEMA NÃO É MEU.

Eu saio do banheiro com olhos mórbidos de uma noite mal dormida, caminho em direção ao meu quarto, que está bagunçado,acho que faz sentido, não tenho arrumado ele a três dias, mas também não vou arrumar agora, faço isso depois, vou para meu guarda roupa velho de madeira que pertencia aos meus avós, pego uma muda de roupa simples, uma camisa preta com a logo de uma hq que eu gosto muito, "Ortus Veritatis." Peguei uma calça jeans, uma toalha, meu celular e minha mochila de couro simples, peguei meu celular, é por volta de umas 8:30, eu abro a lista de contatos é ligo para a Lyra, não sei se deveria fazer isso São 8:00 de um sábado.

*Chamando, Chamando*

- Alô? Oi Jason, você tá bem? Disse Lyra com uma voz sonolenta, eu claramente tinha acordado ela.

- A, Oi Lyra, Bom dia... Desculpa te incomodar tão cedo, rsrsrsrs, e que, acabou a água aqui em casa, então tem algum problema eu ir tomar banho aí?

- Claro que não, Você é basicamente de Casa já. Disse Lyra com um tom de voz animado.

- Sério? Muito Obrigado, e desculpa incomodar, to arrumando umas coisas é quando terminar vou pra ai.

- Tudo bem, vou estar te esperando, Até daqui a pouco

- Ate.

Após isso coloco minhas roupas e minha toalha na mochila, e fui pegar minha máscara... que mascara?
Nunca usei uma mascara, antes de sair dou uma última olhada no quarto, com a coberta no chão, os travesseiros caídos, roupas espelhadas, provavelmente minha mãe vai me xingar, mas eu cuido disso depois. Corri em direção a sala onde meu pai estava, sentado, e jogando no sofá, provavelmente o time dele ganhou, já que dormiu no sofá de tanto beber, desligo a televisão e vou pro corredor de entrada.

- TO SAINDO MÃE. Gritei eu enquanto colocava um tênis, ouvi minha mãe caminhando até mim, seus olhos estavam cansados, seus cabelos desarrumados e com fios grisalhos, sua aparência era de alguém que trabalhou até tarde, se eu me lembro ela tinha uma reunião de professores ontem.

- Quano chegar me avisa tá? Por favor avise.

- Tá mãe, assim que chegar eu te mando uma mensagem. Eu conheço a Lyra a quase um ano, mas sinto como se ela fosse a pessoa mais importante pra mim, pelo menos desde que meu irmão morreu. Passei pela porta da frente em direção a garagem, peguei minha bicicleta velha é meio enferrujada em algumas partes, e comecei a pedalar em direção a casa da Lyra, as ruas estavam até que bem movimentadas, em algums jardins tinhas crianças fazendo guerra de Bixiga de água, outras brincando de pega pega, os Burkins estavam fazendo um churrasco.

A Face de JasonOnde histórias criam vida. Descubra agora