06. Coringa

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E aí galerinha, sentiram saudades??
Devo confessar que quase pausei essa fic após um surto que eu tive, porém, tudo está resolvido! Bem, aproveitem o capítulo de hoje porque daqui pra frente é só pra trás!
Boa leitura amores ❤️
Até dia 20!


    Ver Pablo daquela forma me machucou, novamente o garoto estava ferido, não se passou um dia direito, ele precisa de ajuda, talvez aquela senhorinha estivesse certa

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    Ver Pablo daquela forma me machucou, novamente o garoto estava ferido, não se passou um dia direito, ele precisa de ajuda, talvez aquela senhorinha estivesse certa. Ao pegar em sua mão senti uma faísca de eletricidade, sua mão comparada a minha é pequena e fofa. Pude também perceber algumas marcas em seu punho, possivelmente aquilo eram marcas de uma briga recente. Aquelas mãozinhas sabem brigar então.

    De canto de olho pude perceber o olhar perdido do garoto, não estava acontecendo nada na rua, nem mesmo um carro passando, possivelmente ele apenas quer se distrair.

    - Por que seu cachorro se chama Pepi?- pergunto trazendo sua atenção até mim, pude observar seu rosto de perto, seus olhos atentos, sua boca bem desenhada em bico simples, talvez pensativo, é inacreditável para mim que aquele garoto é o mesmo que estava sobre efeito de LSD.

    - Tem dois significados - Pablo começou, eu tinha minha atenção total a sua explicação. Continuamos caminhando em direção a minha casa, faltava apenas uma quadra. - O primeiro é por causa do pelo dele, que brilha como pepitas de ouro e bem, ele é meu garoto de ouro - Sorri simples, Pablo havia formado um pequeno bico ao pronunciar sua última palavra, talvez tímido com sua fala, eu realmente não sei como esse garoto consegue ter tanta influência sobre meu humor e ações - E o outro significado, minha irmã me chamava de Pepino, principalmente por conta do meu uniforme do Betis, quando eu era criança eu joguei lá e acabou que o nome do Pepi virou Pepi, por causa desses dois motivos. - Ele está sorrindo, seus dentes quase não aparecem, é um sorriso mínimo, mas lindo.

    — Eu tenho um gatinho chamado Martín — continuo nossa conversa sobre os animais, percebo que logo a frente está a porta de minha casa, havíamos chegado.

    — Eu vi no seu Instagram — Pablo murmurou tímido, parecia estar com vergonha, possivelmente por ter revelado que havia visto meu Instagram — Meu segundo nome é Martín — o garoto comentou, não pude deixar de olhar-lo surpreso, aquela era uma baita conhecidencia — Mas, por que você deu esse nome para o gatinho? — o garoto parecia curioso em relação a minha resposta, sorri de forma simples por sua ingenuidade ao perguntar aquilo.

    A rua de minha casa é estreita, podemos dizer que minha casa se encontra no inicio do bairro de classe média de Barcelona. Sinto falta de Tegueste, porém nossa casa não é ruim, é simples mas é um lar. Pude perceber os olhos admirados de Pablo assim que abri a porta de casa recebendo a sala bem organizada, desde sempre minha mãe ensinou a mim e meu irmão a deixar tudo em ordem.

    — Aqui está meu pequeno guerreiro — Disse sorridente ao ver Martín se aproximando de forma arisca, afinal, não era comum a entrada de visitas dentro de nossa casa — Eu dei esse nome a ele por que quando o encontrei ele estava completamente machucado, perdido e na chuva e Martín significa guerreiro. — Peguei o pequeno gatinho no colo, Pablo parecia atento a cada detalhe da história enquanto alternava parte da sua atenção na decoração da casa — Naquele dia eu perdi uma prova importante, mas meu melhor amigo me adotou — sorrio brincalhão enquanto observo o menor se aproximando lentamente de mim e de Martín que aparentemente havia se acostumado com a visita.

Meia noite- GadriOnde histórias criam vida. Descubra agora