PRÓLOGO

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27 de dezembro 1999

Michigan - Detroit

Em um lugar mais pobre de Detroit uma moça tentava correr mais rápido que um cavalo de corrida, seu coração batia freneticamente dentro do seu peito, o medo de ser pega novamente fazia os seus ossos tremerem e a sua respiração ficar desregulada pela tamanha força que usava para sugar o ar.

Ela não iria aguentar por muito tempo, as pernas já estavam ficando fraca o medo te corroía por dentro toda vez que olhava para trás verificando se alguém te seguia.

Já estava amanhecendo e as ruas estavam sendo tomadas por neblinas, fazendo tudo ficar misterioso e sinistro, não havia ninguém na rua a não ser ela e uma pequena criança que carregava em seus braços.

A moça olha para trás novamente verificando se alguém a seguia, ela para de correr e começa a andar vendo que não estava mais correndo tanto perigo. Sabendo que se continuar daquele jeito logo logo será pegar novamente ela decide parar e procurar um lugar pra se esconder, com os olhos atentos a qualquer movimento suspeito ela avista um beco escuro, cujo a única iluminação que havia alí era a que vinha de um poste e a do céu que estava começando a ser tomada por nuvens cinzas, indicando que teria uma tempestade a frente.

Com as mãos trêmulas e sangrentas, ela agarra a criança com força em seus braços para não deixá-la cair, ela observa a rua cuidadosamente antes de sair correndo em direção ao beco. Chegando perto ela observa se não tem perigo algum para se esconder ali.

— Ótimo, aqui não estaremos correndo perigo,... por enquanto — ela suspira nervosa e ajusta o bebê em seus braços para ver os seus olhinhos. Uma camada fina de água surge, ainda com os olhos presos na criança a sua mente a leva ao ocorrido a algumas horas atrás.

Duas horas atrás...

Com as mãos agarradas ao couro cabeludo ela puxava com tamanha brutalidade a fim de fazer as vozes em sua mente calarem a boca.

O que você vai fazer gatinha?? Fugir??..... Acha mesmo que pode fugir de mim ??

Uma voz se manifesta a fazendo se arrepiar dos pés a cabeça, e então surge outra.

Você é só minha, querida, é de mais ninguém.

E então vem outra.

Segure a minha mão, eu ajudo você.

Com as mãos trêmulas ela tenta zarpar o seus pensamentos, estava tentando focar em outra coisa quando a porta do seu quarto é aberta, e uma nova figura se apossa do quarto. Ela encara o rosto da pessoa e o seu coração se acalma um pouco ao reconhecer que era a sua melhor amiga, ainda aflita ela corre em direção da amiga e a puxa para dentro com tamanha brutalidade.

— O que você está fazendo aqui? Como saiu? O que aconteceu? — ela dizia nervosa pois já tinha tempo que não a via.

— Eu posso lhe contar depois, mais agora eu preciso que você me escute com muita atenção, ok — com a sobrancelha franzida ela estava preste a lhe fazer outra pergunta, mais a sua amiga foi mais rápida em falar — Vamos fugir hoje, consegui o mapeamento da casa e subornei alguns guardas — andando mais um pouco a frente ela estica o mapa sobre a cama, está preste a continuar o seu plano quando foi interrompida.

— Do quê está falando Miranda? Como vamos fugir daqui, tem muitos guardas lá fora, vamos ser pegas e torturadas, além do mais, se formos embora ele vai matá-la — diz se aproximando de Miranda que estava abaixada perto da cama.

— Por isso eu preciso que preste bastante atenção em mim, se ficarmos aqui vamos morrer do mesmo jeito é melhor ter tentado fazer alguma coisa do que ter ficado aqui e morre pelas mãos dele — ela pensa no que pode acontecer se forem pegas

Tabuleiro Negro | Black bloodOnde histórias criam vida. Descubra agora