2 - New City!

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⚠️ Nesse capítulo Contém ⚠️

invasão, vandalismo, sequestro, danos colaterais, Sangue, Artigo 121 e 251 do código penal.

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Allyssa

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O que está acontecendo? Porque eu não consigo mover os meus pés? O que eu escutei foi real? Será que estou sonhando? Quem era eles, porque estava me falando aquelas coisas?

Minha cabeça está cheia de dor, ainda estou processando o que acabou de acontecer.

Mas uma coisa que ele disse ecoa pela minha cabeça.

Pensei que estivesse morta, lindinha .

Eu não estou entendendo, estou completamente confusa.

Eu sou a pessoa que vai te levar para casa, para onde é o seu lugar

Qual lugar, porque isso está acontecendo?

Saio do transe e só assim percebo o que acabou de acontecer, meu sonho se tornou realidade, não era um sonho, era uma visão.

Começo a correr o mais rápido que posso. As perguntas vêm à minha cabeça como uma avalanche.

Tento correr o mais rápido que eu consigo, ainda faltam algumas ruas para chegar em casa. Assim que viro a esquina da igreja vejo as pessoas correndo para as suas casas, uma derrubando a outra. O festival.

Paro imediatamente sem saber o que realmente fazer, devo ir até em casa e rezar para que não me peguem ou me esconder. Procuro com os olhos pela multidão dona Rosa, mas não vejo em lugar algum corro em dispara para dentro da igreja, não há quase ninguém.

Pessoas tentam se esconder debaixo dos bancos mas o esconderijo é inútil, vejo umas das freiras e pergunto se viram Rosa, mas ela nega. Antes de sair ela segura o meu braço.

— Venha comigo, você vai ficar segura no sótão — ela me puxa mas eu agarro o seu pulso para que me solte.

— Me solte.

— Você não sabe o que está acontecendo, é apenas uma criança, pare de lutar e seja uma menina obediente –- com raiva reverberando dentro de mim eu mordo o seu braço e ela me solta, eu não sou uma criança.

Corro para fora, mas me arrependo assim que uma pequena multidão vem para cima de mim.

Movo os meus pés para passar por eles, preciso encontrar Rosa ou a minha mãe.

Perco o foco quando sinto alguém vim pra cima de mim e me derruba com tudo no chão. Minha mão é pisoteada e sou chutada, ninguém me ajuda a levantar, apenas passam por mim como se não fosse nada.

Pisam no meu cabelo e tornozelo, algumas pessoas tropeçam em mim e caem, mas não me ajudam. Me encolho e rezo para que não me matem desse jeito.

Abro os meus olhos quando escuto o alerta tocar na cidade inteira.

Corra para casa Celeste, corra o quanto puder e se esconda, se eu achar você nem Deus saberá o que irá acontecer.

Me levanto rapidamente, não olho para os meus ferimentos que tenho certeza que jaja ficaram roxos, apenas corro para minha casa.

Já na rua da minha moradia, não vejo o carro da minha mãe.

Não derrame lágrimas quando ver que eu matei os seus falsos pais.

Tabuleiro Negro | Black bloodOnde histórias criam vida. Descubra agora