Capítulo 5

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Amália's POV

Sinto meu rosto esquentar e as minhas mãos começarem a tremer. Um pouco antes de finalizar a minha graduação, eu realizei uma prova e uma estrevista para concorrer à uma bolsa de mestrado, também na Universidade de Duisburg. Sempre tive vontade de seguir carreira acadêmica, ser cientista, pesquisadora, espalhar meu conhecimento e ajudar as pessoas de alguma forma.
Minha cabeça está a mil, eu simplesmente não sei como reagir, sinto que a minha vida inteira está nas "mãos" dessa carta. Eu sei que eu me esforço, sou inteligente e tudo, mas as vezes o medo e a insegurança de não conseguir prosperar, me assombra.
"Droga, eu não deveria ter te falado isso agora. ALGUÉM ME TRAZ UM COPO DE ÁGUA COM AÇUCAR, POR FAVOR. Não pensa nisso agora, vamos lá minha querida, puxa o ar e solta devagar. Uma carta não vai definir a sua vida, eu confio no seu potencial e sei que nem o céu é o limite parar ti", diz Lena.
Depois de tudo isso acharam que eu estava infartando, mas foi apenas uma crise de ansiedade e está tudo certo. Eu escolhi curtir a festa surpresa com as pessoas presentes e me preocupar com o resultado amanhã.
"HORA DO BEER PONG", grita a tia Helena, trazendo copos e uma garrafa de Vodka na mão. Essa mulher quer ne matar, não é possível.
"AEEEEEEE" a festa grita em coro.
"VOCÊ ENLOUQUECEU?" Grito, por conta da música alta e solto algumas risadas.
Depois de muitos shots de vodka, sinto que vou apagar a qualquer momento.
[...]

Merda, parece que eu bati a minha cabeça com tanta força na parede. Não sei nem se sou capaz de abrir os meus olhos.
"Bom dia, dorminhoca", ouço uma voz entrando no quarto e me obrigo a abrir os meus olhos.
"Que merda, você parece radiante, e bebeu tanto quanto eu, ontem", resmungo.
"O segredo é que já tomei tanto porre na minha vida que meu corpo nem reage mais, minha filha. Tô brincando, por incrível que pareça, eu não bebi o tanto que eu aguento, ontem.", responde Lena.
"Eu trouxe um café bem forte pra você acordar, algumas coisinhas pra comer e um engov para seu enjoo e suas dores de cabeça. Ah, eu já havia esquecendo. Também trouxe uma carta especial."
"Passa essa carta pra cá." Digo, me sentando na cama repentinamente. Parece que simplesmente pelo fato de ouvir esta palavra, carta, meu cérebro cérebro simplesmente esqueceu de toda a ressaca. Brincadeira, na verdade mimha cabeça ainda está latejando um pouco.
Respiro e abro a carta lentamente. Parece que quanto mais eu adiar para ler o resultado, menos dor eu vou sentir se não me aceitarem.
Em voz alta, começo a ler

"Cara senhorita Alvarez, é com muita honra que a Universidade de Duisburg anuncia que será um prazer ter a senhorita como aluna nosso programa de Mestrado. Solicitamos, que todos os documentos informados no verso desta carta sejam enviados pelo email informado também no verso da carta o quanto antes para que sua matrícula e sua bolsa do DAAD sejam deferidas. Depois que a matrícula for deferida, entraremos em contato para que a senhorita escolha seu orientador e o tema a ser trabalhado em seu mestrado.

Atenciosamente, Hannah Hoffman, Reitora da Universidade de Duisburg."

"PUTA QUE PARIU, EU PASSEI NESSA MERDA, PORRAAAAAAAAA."  Começo a gritar, ao finalizar, eufórica, a leitura da carta.
"EU SABIA, PORRAAAAAAA, EU SABIAAAAAAA" Lena grita e em seguida me acolhe em um abraço apertado.

(Oie pessoal, surtos e surtos e mais surtossss. Espero que estejam gostando!! Não esqueçam de votar. Até o próximo capítulo)

Effect | BEN CHILWELLOnde histórias criam vida. Descubra agora