Sussurrando para a Lua - Lucien e Azriel

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AVISO: descrição de agressão física, psicológica.

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Azriel e Lucien só se separaram daquele abraço na varanda quando Azriel foi chamado por Rhysand, desta vez ele hesitou ainda mais para ir, toda aquela sensação de equilíbrio poderia se ruir mas ele conseguiu dar ouvidos a razão e sufocou temporariamente a insegurança, e se atravessou, depois que o ruivo carinhosamente soltou sua asa.

Ainda assim, Azriel precisou de uma "parada de emergência" para acalmar os ânimos e se concentrar após ter tido o carinho na asa, não se tocou apenas porque ainda tinha afazeres. Quando conseguiu se recompor, ele atravessou para a primaveril, jogando a máscara fria de espião sobre tudo que sentia e usando as sombras para mascarar o cheiro de Lucien.

Rhysand não se convenceu com a utilização das sombras, mas estava aprendendo a se abster de comentários, ainda mais por seu irmão ficar tão volátil com tudo ao seu redor em razão dos seus interesses sexuais. Azriel deu um único passo fora do limite e quase fez Rhys repensar tudo, ambos queriam a morte de Tamlin mas ele é Grão Senhor, portanto vital para uma certa ordem na ilha, uma guerra ainda deixava marcas em todas as cortes e principalmente em sua parceira. Mas isso não impediu que Rhysand usasse força bruta, não o bastante para matar, mas algo como uma seguridade que aquilo era suficiente, não era, qualquer um sabia disso e Rhysand ainda voltaria para cobrar o dano causado, mas apenas depois que Nyx nascesse e estivesse seguro, junto a Feyre.

De alguma forma idiota, nenhum dos irmãos conseguia crer que Tamlin realmente cogitou que Rhysand lidaria com aquilo somente com uma simples surra. Rhys iria acabar com o restante da medíocre vida de Tamlin.

Azriel reprimiu a raiva que sentia do macho, ele ainda sentia as cicatrizes de Lucien em contato com as suas e aquilo lhe corroia a um ponto quase enlouquecedor,, tanto que desta vez agradeceu quando Rhysand o dispensou novamente para ir dali para encontrar Rainn, quem Tamlin havia entregado como culpado por todo o assunto de cicuta, nele Azriel soube que poderia focar tanta raiva quando quisesse.

Cassian não havia começado nada por ordens do Grão Senhor, mas Azriel não sabia e estava pronto para questioná-lo assim que entrou na sala. Sua atenção agora estava em uma unica pessoa: o macho de cabelos negros e olhos claros, ele estava na cadeira de metal, que era o único móvel na sala fria de pedra, seu braço era um membro inútil e totalmente mole ao lado do corpo, e aquele sorriso convencido havia sumido, deixando claro que ele sabia com quem lidaria.

Cassian percebeu o cheiro quando Azriel se livrou das sombras preparando-se para começar, mas não questionou, julgando pelo que Tamlin tinha dito não achava impossível que Azriel se sentisse atraído por Lucien, na verdade o general até achava algo razoável. Rhysand por mais que tivesse várias coisas que achasse que precisava pontuar sobre, as reservou e deixou o mesmo que ele tinha visto na mente de Rainn ecoar na de Azriel.

Sua fúria era indescritível, de modo que não desejou simplesmente matar o outro com as próprias mãos, mas fazer aquilo durar, como os desejos sádicos que Rhysand o mostrou, replicaria tudo totalmente intensificado. Ele queria aquilo, não por ser seu trabalho, mas por sentir um desejo puro de causar dor no macho à sua frente.

Tudo que ouviu antes que se mergulhasse no ódio foi a porta batendo quando Cassian se retirou.

Rainn sentiu um arrepio na espinha e começou a duvidar ainda mais do que ele havia se metido, se estava ali sabia que Tamlin o tinha entregado e isso por si só era péssimo, agora parecia óbvio que aconteceria mas ele preferia ter que enfrentar o general das tropas illryianas do que o torturador de Rhysand.

Conhecia a fama de cada um dos que tinha visto mas o mestre espião sempre foi um misterio, ninguém sabia como ele fazia ou como conseguia as informações, ainda mais com mãos marcadas por tortura, que todos achavam que prejudicavam sua ação com facas por exemplo.