Chamo a felicidade

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Chamo a felicidade,
Mas ela rejeita falar comigo.
Afasta-se.
Diz que ainda tenho um longo caminho.

Disse-me para abraçar minhas sombras,
como quem abraça um falcão,
para depois libertá-lo.
Disse-me para ser infiel a elas.
Usá-las para conseguir conquistar a tão bela e desejada, felicidade.

Será que ela vale isso tudo?
Será assim tão prazerosa?
Devo continuar com as minhas angústias, com quem já tenho uma longa história e casar-me?
Depois, viver o resto da vida nessa minha tão dita zona de conforto?

Vou experimentar ser infiel.
Porque com a felicidade,
com as suas exigências,
nunca me encontrarei confortável.

Se a felicidade não vier,
pelo menos terei tentado.
Mas se ela vier, enfim,
saberei que valeu a pena ter esperado.

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